Finda longa sequência de pequenas, mas penosas batalhas, mais uma mini reforma política se consuma. Entre mortos e feridos, um bom resultado.
1 – Por três votos a dois, o STF condenou o senador Aécio Neves a se afastar do mandato e limitou sua liberdade de ir e vir obrigando-o a permanecer em sua residência no horário noturno. Como bem assinalou o ex-deputado Haroldo Lima em artigo aqui no Vermelho, “um desrespeito aberto à Constituição e não pode ser aceita. Mostra o quanto certos setores do Judiciário, e inclusive do Supremo, estão exorbitando de suas funções, assumindo funções que não têm, usurpando funções.”
A decisão do STF de encaminhar à Câmara dos Deputados a segunda denúncia da Procuradoria Geral da República contra Temer e as declarações duras do deputado Rodrigo Maia, presidente em exercício, contra interferências do Planalto na disputa por parlamentares de direita ora alojados no PSB são a bola da vez no noticiário da crise.
Quando tudo conspira contra não é fácil identificar o problema principal. Assim ocorre agora com o ilegítimo governo Temer.
As intrigantes revelações a propósito do comportamento supostamente inadequado do procurador Marcelo Müller, que teria trabalhado simultaneamente dos dois lados do balcão no acordo de delação premiada dos irmãos Batista, da JBS, não apenas têm consequências corrosivas para Operação Lava Jato.
Refiro-me ao Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, que realizou no último fim de semana, em São Luis, com pleno êxito, o seminário ‘Desafios da Comunicação nas Administrações Públicas’.
A história recente registra tentativas recorrentes de privatização da CHESF – sempre com argumentos precários, segundo os quais o Estado seria inepto para gerir tamanho complexo energético.
Navegando no mar revolto da múltipla crise que aflige o país, pode parecer "ideológica" – em sentido pejorativo – a reafirmação de valores muito caros à militância revolucionária.
Na esteira da crise da teoria marxista pós derrocada da URSS, tem-se procurado compreender melhor a relação entre a realidade objetiva e as forças subjetivas no movimento transformador.
Um dos pilares do pensamento político do PCdoB — tratado com invulgar esmero, sobretudo a partir da 6ª. Conferência Nacional, em 1966, sob o regime militar —, a precisa consideração da correlação de forças permeia toda orientação partidária.
A crise segue seu cortejo dramático e patético, enquanto problemas de fundo que impedem o pleno desenvolvimento do país se agravam por iniciativa do atual governo.
Na complexa situação em que o país está mergulhado, há uma dissonância evidente entre a dimensão dos problemas (e a envergadura das medidas corretivas) e o discurso meramente imediatista.