Cerca de um milhão de pessoas protestaram ontem em quase todas as capitais e muitas cidades do país contra a reforma previdenciária proposta pelo governo Temer.
Aconteceu há uns poucos anos atrás. Como de costume, oferto uma rosa vermelha às mulheres de casa e às que comigo batalham no dia a dia, no ambiente de trabalho. Para marcar a data, densa em significados, com afeto, cumplicidade e espírito guerreiro.
Parece ocioso dizer que só nos responsabilizamos por algo cuja importância e influência em nossas vidas nos parece compreensível e real.
Vovó Neném, católica fervorosa e conservadora até a medula, incluía em suas orações, que fazia em voz alta para que todos pudessem ouvir, o pedido do perdão divino para as mulheres que vestiam calças compridas.
"Com que roupa que eu vou/pro samba que você me convidou?", pergunta Noel em uma de sua deliciosas composições.
Reformas estruturais no Brasil, quando da vigência do regime democrático, historicamente caminham lentamente, sujeitas a avanços e a retrocessos, Ao invés de ruptura, evolução gradual.
– Por que envolver o PCdoB na eleição das mesas da Câmara e do Senado, se na complexa conjuntura atual não passam de um detalhe?, pergunta-me um companheiro de muitas lutas e comprovada lealdade.
Sinceridade é indispensável em tudo – na vida e na política, sobretudo, embora aí nem sempre aconteça.
Diante de mais uma onda recorrente de rebeliões sangrentas em presídios, a mídia tudo noticia com a falsa roupagem de novidade e o governo, entre a perplexidade e a desorientação, ensaia enganosas medidas de força.
Diz-se, com razão, que o maior desafio de um governante reeleito é fazer um segundo governo melhor do que o primeiro.
Não são poucos os analistas da atual situação do país, de um ponto de vista crítico aos atuais governantes, que revelam enorme impaciência, senão revolta, diante do que consideram "ignorância" da maioria dos brasileiros.
É da nossa tradição, as palavras fluem automaticamente: desejamos uns aos outros um Ano Novo rico em realizações e desejos alcançados. Mas este ano há um complemento indefectível: "Se for possível, né?"