Resultados de pesquisa recente realizada pela Fundação Perseu Abramo com foco em populações periféricas de São Paulo causam estranheza e inquietude. Mas não deviam surpreender, pois apenas revelam conhecido dado da realidade: a discrepância entre o discurso político dos segmentos mais avançados da sociedade e o nível de percepção da maioria da população.
O instante da vida nacional é, verdadeiramente, um dos mais graves da História – pleno de desafios, sobretudo no terreno teórico e político.
A última rodada de pesquisa Ibope aponta Temer como o presidente mais mal avaliado de todos os tempos, desde que se fazem pesquisas desse tipo no Brasil. Mas, reiteradas vezes, o governante usurpador tem dito que não o preocupa a impopularidade, e sim o cumprimento dos compromissos assumidos.
Como é próprio de tempos bicudos, reina na sociedade brasileira verdadeira Babel, tamanha a confusão de ideias na apreciação da realidade concreta e na busca de alternativas à crise.
O Partido Comunista do Brasil celebra neste 25 de março 95 anos de fundação e atividade ininterrupta.
Muito a comemorar.
Cerca de um milhão de pessoas protestaram ontem em quase todas as capitais e muitas cidades do país contra a reforma previdenciária proposta pelo governo Temer.
Aconteceu há uns poucos anos atrás. Como de costume, oferto uma rosa vermelha às mulheres de casa e às que comigo batalham no dia a dia, no ambiente de trabalho. Para marcar a data, densa em significados, com afeto, cumplicidade e espírito guerreiro.
Parece ocioso dizer que só nos responsabilizamos por algo cuja importância e influência em nossas vidas nos parece compreensível e real.
Vovó Neném, católica fervorosa e conservadora até a medula, incluía em suas orações, que fazia em voz alta para que todos pudessem ouvir, o pedido do perdão divino para as mulheres que vestiam calças compridas.
"Com que roupa que eu vou/pro samba que você me convidou?", pergunta Noel em uma de sua deliciosas composições.
Reformas estruturais no Brasil, quando da vigência do regime democrático, historicamente caminham lentamente, sujeitas a avanços e a retrocessos, Ao invés de ruptura, evolução gradual.
– Por que envolver o PCdoB na eleição das mesas da Câmara e do Senado, se na complexa conjuntura atual não passam de um detalhe?, pergunta-me um companheiro de muitas lutas e comprovada lealdade.