Passado o pleito presidencial, multiplicam-se as queixas de que, sobretudo no segundo turno, “agressões” pessoais se sobrepuseram ao necessário e inexistente (sic) debate programático. É a conclusão a que chegam “analistas” da grande mídia e próceres das forças derrotadas. Será?
Eleição presidencial no Brasil jamais foi tranquila – mesmo quando se dava circunscrita aos membros do Estado Maior das Forças Armadas, na vigência do regime militar. A tensão é a marca. Afinal, nos tempos que correm, de exercício da democracia, trata-se de conquistar o apoio da maioria dos eleitores para legitimar determinado projeto de nação.
Eleição presidencial no Brasil jamais foi tranquila – mesmo quando se dava circunscrita aos membros do Estado Maior das Forças Armadas, na vigência do regime militar. A tensão é a marca. Afinal, nos tempos que correm, de exercício da democracia, trata-se de conquistar o apoio da maioria dos eleitores para legitimar determinado projeto de nação.
Uma claridade imensa e surpreendente iluminou o céu no Recife, ontem à noite, gerando perplexidade e apreensão. Um bólido da chuva de meteoros orionídeos, resquício da última passagem do Cometa Halley, que a cada 76 anos bordeja a Terra – explicam especialistas. Nada a temer.
Claro que toda opção, seja qual for a matéria em pauta, implica conflito.
Debater é preciso. Sempre. Em especial em tempo de eleições gerais, em que os destinos do país estão em causa.
Estávamos nos estertores do regime militar e se multiplicavam os debates em toda parte sobre temas da atualidade, aos quais nós do PCdoB comparecíamos com entusiasmo. Afinal, enfim se podia discutir os destinos do País e também o direito de existência legal dos partidos então proscritos.
A verdade dos fatos, no caso, está registrada em relatório da FAO intitulado “O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo”, em que o Brasil ganha destaque por haver erradicado a fome, conforme critérios internacionais de análise. Segundo o documento, isto é resultante da prioridade dada pelo governo federal ao problema, apoiado num conjunto de políticas públicas que propiciaram o aumento da renda da população mais pobre, o maior acesso a alimentos e a consolidação de uma rede de proteção social.
Há quem não goste por razões estéticas ou por ingenuidade, porém fortalece a democracia a polarização entre duas candidaturas presidenciais, que se distanciam das demais em intenção de votos, segundo as mais recentes pesquisas. Isto porque aos olhos do eleitor aos poucos vão clareando as diferenças essenciais entre as principais litigantes – no caso, Dilma, do PT x Marina, da Rede, alojada temporariamente na legenda do PSB.
A disputa presidencial alcança fase nova com o movimento de placas tectônicas que coloca Dilma Rousseff e Marina Silva como principais concorrentes, enquanto o tucano Aécio Neves desce ladeira abaixo. Toma corpo, então, o confronto entre dois projetos antagônicos – ainda que a grande mídia e os arautos da oposição procurem obscurecer, reduzindo o embate às aparências, bem ao estilo da candidata da Rede, para quem o jogo de palavras se converte em pedra de toque do seu discurso.
Um momento privilegiado da democracia, como costumam afirmar os candidatos participantes de debates, como o da Band, terça-feira última? Nem tanto, porque o formato que adotam serve para muitas coisas, menos para a clara explicitação do conteúdo dos programas de governo – o cerne da diferenciação entre os diversos postulantes.
Uma semana, a que passou, de consternação pela trágica e prematura morte de Eduardo Campos, sob o turbilhão de sensações, lembranças e impressões sobre o sentido da vida e da luta que travamos.