À semelhança dos bons poetas, que são capazes de perceber o significado universal do simples desabrochar de uma flor, o militante há que compreender o valor estratégico de certas formas de organização – às vezes aparentemente burocráticas ou rotineiras.
Mais mulheres na luta política – por um Brasil soberano, democrático, socialmente justo. Eis a essência do manifesto aprovado no 3° Congresso Estadual da União Brasileira de Mulheres, realizado no Recife, sábado último.
Arregimentando forças para o embate eleitoral de outubro, na atual fase de pré-campanha, sob inspiração das diretrizes do 8° Encontro Nacional sobre Questões de Partido, os Comitês Municipais do PCdoB mapeiam a base militante, avaliam o grau em que as Organizações de Base estão constituídas e em funcionamento, no intuito de potencializar a conquista do voto de maneira planejada.
Qual o fio da meada? A pergunta cabe diante do conjunto das diretrizes adotadas no 8° Encontro Nacional sobre Questões de Partido, realizado pelo PCdoB, recentemente, em Brasília. A resposta é a conquista do voto – condição de êxito na batalha eleitoral de outubro, principal evento da luta política este ano.
Cá em plagas nordestinas, costumamos dizer (e viver) que o ano começa quando termina o carnaval. A pleno vapor, como se a folia nos purificasse, afastando dúvidas, inibições e receios; e alargando o horizonte das novas batalhas a travar.
Outro dia li que uma engenhoca eletrônica permitia sessões de psicanálise à distância, via internet. Pelo skipe. Analista e paciente dispensam o contato pessoal, direto, olhos nos olhos. Se dá certo, tenho cá minhas dúvidas – emoções via internet não é a mesma coisa. Isso acontece nos EUA, onde se pensa que a tecnologia tudo resolve. Inclusive as dores da alma.
Desde os tempos de criança aprendi a ver a quarta-feira de cinzas como algo solene, religioso e até mórbido. “A missa de cinzas é para tirar os pecados do carnaval”, dizia a avó Neném, contrita e ameaçadora. E aos meninos da casa aquilo naturalmente parecia estranho. Afinal, que pecados teríamos cometido levados ao corso pelo próprio pai, folião entusiasta?
Na canção de Marisa Monte, versos emocionados: "Esqueça… se ele não te ama/Esqueça… se ele não te quer" – conselho sensato para quem sofre de malquerença e se deixa abater.
(Da minha correspondência por e-mail) – Telma amiga, você se inquieta em relação ao tom "caleidoscópico" do debate político no Brasil. Tem razão. Não é só você que precisa se esforçar para identificar, em opiniões díspares sobre um mesmo tema, onde está exatamente a polêmica e onde, infelizmente, se expressa o jogo de palavras.
A paranóia não é bem na economia. O termo é usado pelo (insuspeito) ex-ministro Delfin Netto, em artigo no Valor Econômico, para caracterizar a artificial onda de pessimismo que contamina o ambiente econômico, em larga dissintonia com a realidade concreta.
A assertiva de Carl von Clausewitz de que "a guerra é a continuação da política por outros meios" – no sentido de que mesmo no confronto entre exércitos em campo de batalha é a orientação política que tem a primazia, bem que pode ser aplicada agora no Brasil quando no terreno da economia trava-se renhido combate cuja motivação essencial é precisamente a política. Com foco na eleição presidencial.
Brincadeira ingênua, que embora antiga só agora conheci (indesculpável ignorância). Sorteia-se entre os participantes os papéis de assassino, detetive e vítimas. Ao assassino cabe "matar" as vítimas com um discreto piscar de olhos, tão discreto quanto o necessário para driblar a vigilância do detetive. A este, na posição de policial implacável, cumpre descobrir quem do grupo é o assassino e, naturalmente, prendê-lo.