A esquerda bem informada
A esquerda bem informada

Luciano Siqueira

Médico, membro do Comitê Central do PCdoB e secretário nacional de Relações Institucionais, Gestão e Políticas Públicas do partido, foi deputado estadual em Pernambuco e vice-prefeito do Recife.
Temos projeto nacional de desenvolvimento?

Sim e não. Completo, não; em construção, sim. Dada assim de modo aparentemente simplista, a resposta na verdade pretende chamar a atenção para dois conceitos que permeiam nossa análise acerca do ciclo de transformações em curso no País a partir do primeiro governo Lula e que tem continuidade na atual gestão da presidenta Dilma. Refiro-me aos conceitos de transição e correlação de forças.

Quem transfere votos para quem?

Com a devida vênia dos especialistas em pesquisas eleitorais – que têm o meu respeito -, arrisco dizer que transferir voto no Brasil é coisa para poucos. Ou para ninguém.

Devagar com o andor que a situação é complexa

Passado o prazo limite para filiações partidárias tendo em vista o pleito de 2014, inicia-se a fase pré-eleitoral propriamente dita. Daqui até junho próximo (data das convenções partidárias), exatos oito meses, entram em cena, em ritmo ora acelerado, ora lento, mas progressivo, o conjunto das variáveis que conformarão o cenário da disputa presidencial e, nos estados, dos governos locais.

Partidos necessários: circunstanciais ou programáticos?

Questiona-se a ampliação do número de partidos legalmente constituídos no Brasil, sem entretanto ir às raízes da fragilidade do sistema partidário brasileiro e, assim, à necessidade de uma reforma política efetivamente democrática.

Desoneração fiscal: uma mão lava a outra

De Lula em diante, na década em curso, o Estado restabeleceu, em grande medida, o papel de indutor do crescimento econômico. De muitas formas, entre as quais manobras fiscais que, embora reduzida temporariamente a receita tributária, proporcionaram a manutenção das atividades econômicas em nível satisfatório – no ambiente de crise global – e taxa de desemprego equivalente ao pleno emprego. Uma mão lava a outra.

A força e o jeito

Em política, ter força é fundamental. Óbvio. Mas é preciso jeito para o bom uso da força. Vale para quem governa e para quem se coloca na oposição.

Dilma desce e sobe: duas visões

Recentemente, a presidenta Dilma sofreu queda significativa nas pesquisas – coincidindo com o surto de manifestações populares de junho. Agora, sondagens Vox Populi e CNI/MDA assinalam, ambas, retomada importante dos percentuais de regular, bom e ótimo. Ou seja, o saldo volta a ser positivo, num crescendo. Tanto a avaliação da presidenta, como a do governo e as possibilidades eleitorais.

Vivido e curtido para todos os efeitos

No ônibus que transporta os passageiros da pista do aeroporto à entrada do setor de desembarque, em Brasília, o jovem me oferece, respeitosamente, o assento. Recuso agradecido. Ele insiste. Volto a recusar. Ele então dispara o argumento definitivo: – Faço questão, senhor, sempre cedo o lugar aos idosos

Três movimentos na contra mão

Desde junho, há uma nova situação política no País. Eclodiram manifestações de rua de certa envergadura, que se desdobram em inúmeras lutas setoriais e localizadas; a oposição partidária e midiática se assanhou; setores conservadores da base governista passaram a ensaiar a dissensão. Ao que se acrescenta o desgaste momentâneo do governo e da presidenta Dilma, pondo em risco o resultado do pleito vindouro.

Estado de ânimo sob suspeita

O modo de encarar a vida tem muito de subjetivo e, claro uma boa dose de realidade concreta. Feito o primo adolescente que respondeu a uma observação minha acerca do seu estado de espírito – “Você parece em dificuldades” – de modo a não deixar dúvidas: ”Pareço, não; estou!”

Construindo a agenda metropolitana

“- O fato social sempre se antecipa ao fato jurídico”, respondeu de pronto, com a convicção de quem trabalha com os pés no chão e visão de futuro, o vereador George Câmara (PCdoB), ao ser indagado pelo repórter Diógenes Dantas, da Rádio 96 FM, de Natal, sobre os possíveis resultados do seminário “Construindo a agenda metropolitana”.

Três equívocos no balanço da década

Em debate a evolução do Brasil na última década, sob governos encabeçados pelo partido dos Trabalhadores – Lula e agora Dilma. Na oposição e mesmo entre as correntes aliadas, via de regra se tem cometido três equívocos.

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