A esquerda bem informada
A esquerda bem informada

Luciano Siqueira

Médico, membro do Comitê Central do PCdoB e secretário nacional de Relações Institucionais, Gestão e Políticas Públicas do partido, foi deputado estadual em Pernambuco e vice-prefeito do Recife.
PCdoB partícipe da cena política

Partidos têm a sua infância, a adolescência e a fase adulta, quando amadurecem e ganham consciência e habilidade para navegar em mar revolto e arrostar obstáculos na caminhada pelos seus objetivos – ensinava João Amazonas, cuja contribuição teórica e política marcante se fez decisiva na trajetória do PCdoB, sobretudo da reorganização, em 1962, em diante.

Saudade do glamour imaginário da infância

Não devia ter mais do que cento e cinquenta metros a distância entre a mercearia do meu pai, Renato, e a padaria Moderna, do seu Antenor, na Lagoa Seca, em Natal. Mas eu achava uma distância imensa! Questão de perspectiva, no olhar do menino de 9 anos apenas, numa época em que nessa idade se sabia muito menos do que meu neto Miguel, de 8 anos, sabe hoje. Ir comprar o pão para mim era uma aventura, me sentia Flash Gordon explorando o Universo.

O 13º Congresso e a consciência militante

Sou de uma geração que sentiu a chama da luta arder no peito a partir dos primeiros embates de rua e que buscou, sempre, alcançar a militância consciente, inspirada nos versos de Vandré “Vem, vamos embora/Que esperar não é saber/Quem sabe faz a hora/Não espera acontecer”.

Flávio Caça Rato na final da Copa

Claro que a ideia não vingará. Flávio Caça Rato é fenômeno pernambucano, longe da ribalta nacional. Além disso, a convocação dos 22 jogadores que formam a seleção brasileira é algo muito complexo, que exibe uma face pública, dissimulada; e uma face subterrânea, marcada pelo jogo de interesses que ultrapassa em muito a vontade dos cartolas e os humores das torcidas. A presença de determinados nomes na lista tem a ver com patrocínios milionários, envolvendo negociatas de todo tipo.

Pleito nacional, palanques estaduais

Em recente entrevista, o presidente nacional do PT, deputado Rui Falcão, admitiu que a presidenta Dilma, se candidata à reeleição, poderá frequentar quatro palanques distintos no Rio de Janeiro, liderados por postulantes ao governo do estado filiados a partidos que integram a coalizão nacional governista.

Temos projeto nacional de desenvolvimento?

Sim e não. Completo, não; em construção, sim. Dada assim de modo aparentemente simplista, a resposta na verdade pretende chamar a atenção para dois conceitos que permeiam nossa análise acerca do ciclo de transformações em curso no País a partir do primeiro governo Lula e que tem continuidade na atual gestão da presidenta Dilma. Refiro-me aos conceitos de transição e correlação de forças.

Quem transfere votos para quem?

Com a devida vênia dos especialistas em pesquisas eleitorais – que têm o meu respeito -, arrisco dizer que transferir voto no Brasil é coisa para poucos. Ou para ninguém.

Devagar com o andor que a situação é complexa

Passado o prazo limite para filiações partidárias tendo em vista o pleito de 2014, inicia-se a fase pré-eleitoral propriamente dita. Daqui até junho próximo (data das convenções partidárias), exatos oito meses, entram em cena, em ritmo ora acelerado, ora lento, mas progressivo, o conjunto das variáveis que conformarão o cenário da disputa presidencial e, nos estados, dos governos locais.

Partidos necessários: circunstanciais ou programáticos?

Questiona-se a ampliação do número de partidos legalmente constituídos no Brasil, sem entretanto ir às raízes da fragilidade do sistema partidário brasileiro e, assim, à necessidade de uma reforma política efetivamente democrática.

Desoneração fiscal: uma mão lava a outra

De Lula em diante, na década em curso, o Estado restabeleceu, em grande medida, o papel de indutor do crescimento econômico. De muitas formas, entre as quais manobras fiscais que, embora reduzida temporariamente a receita tributária, proporcionaram a manutenção das atividades econômicas em nível satisfatório – no ambiente de crise global – e taxa de desemprego equivalente ao pleno emprego. Uma mão lava a outra.

A força e o jeito

Em política, ter força é fundamental. Óbvio. Mas é preciso jeito para o bom uso da força. Vale para quem governa e para quem se coloca na oposição.

Dilma desce e sobe: duas visões

Recentemente, a presidenta Dilma sofreu queda significativa nas pesquisas – coincidindo com o surto de manifestações populares de junho. Agora, sondagens Vox Populi e CNI/MDA assinalam, ambas, retomada importante dos percentuais de regular, bom e ótimo. Ou seja, o saldo volta a ser positivo, num crescendo. Tanto a avaliação da presidenta, como a do governo e as possibilidades eleitorais.

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