No ônibus que transporta os passageiros da pista do aeroporto à entrada do setor de desembarque, em Brasília, o jovem me oferece, respeitosamente, o assento. Recuso agradecido. Ele insiste. Volto a recusar. Ele então dispara o argumento definitivo: – Faço questão, senhor, sempre cedo o lugar aos idosos
Desde junho, há uma nova situação política no País. Eclodiram manifestações de rua de certa envergadura, que se desdobram em inúmeras lutas setoriais e localizadas; a oposição partidária e midiática se assanhou; setores conservadores da base governista passaram a ensaiar a dissensão. Ao que se acrescenta o desgaste momentâneo do governo e da presidenta Dilma, pondo em risco o resultado do pleito vindouro.
O modo de encarar a vida tem muito de subjetivo e, claro uma boa dose de realidade concreta. Feito o primo adolescente que respondeu a uma observação minha acerca do seu estado de espírito – “Você parece em dificuldades” – de modo a não deixar dúvidas: ”Pareço, não; estou!”
“- O fato social sempre se antecipa ao fato jurídico”, respondeu de pronto, com a convicção de quem trabalha com os pés no chão e visão de futuro, o vereador George Câmara (PCdoB), ao ser indagado pelo repórter Diógenes Dantas, da Rádio 96 FM, de Natal, sobre os possíveis resultados do seminário “Construindo a agenda metropolitana”.
Em debate a evolução do Brasil na última década, sob governos encabeçados pelo partido dos Trabalhadores – Lula e agora Dilma. Na oposição e mesmo entre as correntes aliadas, via de regra se tem cometido três equívocos.
Amiga querida, escrevo esse breve comentário tão somente porque a admiro e acredito em suas potencialidades; jamais para induzi-la a pensar igual a mim. Jamais! Ninguém faz a cabeça de ninguém, no máximo pode ajudar a refletir. Como ensina o poeta Rilke, “Para que duas criaturas se aconselhem, são necessários muitos encontros e muitas realizações”. Como já conversamos bastante várias vezes…
Em boca fechada não entra mosquito. Desde criança a gente ouve o adágio como expressão da sabedoria popular – e ao longo da vida, bem que cada um tem a chance de comprová-lo, nas boas ou más situações.
Amiga querida, escrevo esse breve comentário tão somente porque a admiro e acredito em suas potencialidades; jamais para induzi-la a pensar igual a mim. Jamais! Ninguém faz a cabeça de ninguém, no máximo pode ajudar a refletir. Como ensina o poeta Rilke, “para que duas criaturas se aconselhem, são necessários muitos encontros e muitas realizações”. Como já conversamos bastante várias vezes…
Nesta quinta-feira ocorre o Dia Nacional de Luta, organizado pelas entidades gerais mais representativas dos movimentos sociais e partidos de esquerda, com enraizamento em suas bases locais.
Um observador estrangeiro pouco afeito à cultura política brasileira, responderia de pronto que todos a querem – baseado em declarações reiteradas de líderes de todas as correntes, agora e sempre. Mas basta apurar a análise para chegar à conclusão oposta: se todos dizem que a querem, na prática a maioria a impede.
Uma imensa insatisfação com a qualidade dos serviços públicos e um sentimento de rejeição a tudo o que aparece como expressão da política tradicional – eis as duas pontas desse gigantesco iceberg que surge e se espraia pelas ruas do País através de manifestações de protesto.