Amiga querida, escrevo esse breve comentário tão somente porque a admiro e acredito em suas potencialidades; jamais para induzi-la a pensar igual a mim. Jamais! Ninguém faz a cabeça de ninguém, no máximo pode ajudar a refletir. Como ensina o poeta Rilke, “Para que duas criaturas se aconselhem, são necessários muitos encontros e muitas realizações”. Como já conversamos bastante várias vezes…
Em boca fechada não entra mosquito. Desde criança a gente ouve o adágio como expressão da sabedoria popular – e ao longo da vida, bem que cada um tem a chance de comprová-lo, nas boas ou más situações.
Amiga querida, escrevo esse breve comentário tão somente porque a admiro e acredito em suas potencialidades; jamais para induzi-la a pensar igual a mim. Jamais! Ninguém faz a cabeça de ninguém, no máximo pode ajudar a refletir. Como ensina o poeta Rilke, “para que duas criaturas se aconselhem, são necessários muitos encontros e muitas realizações”. Como já conversamos bastante várias vezes…
Nesta quinta-feira ocorre o Dia Nacional de Luta, organizado pelas entidades gerais mais representativas dos movimentos sociais e partidos de esquerda, com enraizamento em suas bases locais.
Um observador estrangeiro pouco afeito à cultura política brasileira, responderia de pronto que todos a querem – baseado em declarações reiteradas de líderes de todas as correntes, agora e sempre. Mas basta apurar a análise para chegar à conclusão oposta: se todos dizem que a querem, na prática a maioria a impede.
Uma imensa insatisfação com a qualidade dos serviços públicos e um sentimento de rejeição a tudo o que aparece como expressão da política tradicional – eis as duas pontas desse gigantesco iceberg que surge e se espraia pelas ruas do País através de manifestações de protesto.
Na presente década, iniciada com a assunção de Lula à presidência da República e pelo início da transição da ordem vigente a um novo projeto de nação, a possibilidade de expressão da vontade popular por meio de demonstrações de rua esteve relativamente amortecida.
Não se pode tapar o sol com a peneira, advertiram líderes oposicionistas e colunistas econômicos idem, dias atrás, após o anúncio do PIB do primeiro trimestre deste ano – 0,6%, bem abaixo do desejado. Isto apesar deste número projetar o crescimento anual de 2,5%, também aquém do necessário, mas nada desprezível no atual cenário mundial, sobretudo porque aqui a economia evolui ofertando emprego.
Ninguém governa com o parlamento que quer – nem escolhe deputados e senadores, quem os escolhe é o eleitorado. Tão obvio quanto a luz do dia – menos para quem teima em analisar o evolver da cena política tão somente a partir de supostas motivações e atributos individuais. No caso, da presidenta Dilma – acusada de leniência no trato com sua base partidária e parlamentar; e de lideres de bancadas governistas – supostamente incapazes de controlar seus liderados.
Certamente por muitos ângulos é se deve examinar a última década em nosso País – desde que a eleição de Lula, em 2002, interrompeu o reinado neoliberal patrocinado por FHC aos dias atuais. Em que medida o Brasil vem se afirmando, no concerto internacional, como nação soberana; como tem sido possível preservar nossa débil e distorcida democracia; qual a dimensão das conquistas sociais alcançadas.
Dentre os muitos componentes do comportamento do eleitorado, o pertencimento a uma determinada classe social tem peso em geral negado ou obscurecido. No máximo se considera a “classe” na classificação mercadológica (sem lastro teórico) baseada no cruzamento dos níveis de renda e escolaridade, que distingue os segmentos A, B, C, D e E.