A despeito da queda de ritmo em 2012 e da modesta recuperação anotada nos três primeiros meses deste ano, o ambiente econômico mostra-se favorável tanto ao incremento da produção (inclusive a novos empreendimentos), como à consolidação e ampliação de conquistas obtidas, nos últimos dez anos, pelos trabalhadores.
Estatura mediana, esguia, diria até muito magra, de alvura quase leitosa, olhos azuis, batom vermelho vivo igual ao matiz das unhas. Olhar vago, mirando a janela da aeronave como quem enxerga o nada. Mesmo quando percebeu que eu a observava e fazia comentários com meu companheiro de viagem, Tadeu, sequer um sorriso discreto, algum gesto o mais tímido que fosse.
Desde que a data tornou-se o Dia a Internacional do Trabalhador por proposição da Internacional Socialista, em 1889, o 1º. de Maio registra mundo afora um misto de protesto e celebração. Protesto contra a exploração capitalista em suas diversas dimensões, que aqui e ali se fazem mais agudas, ao sabor da correlação de forças entre os detentores do capital e os que possuem a força de trabalho; celebração pelas enormes conquistas alcançadas desde então.
Dentre as muitas diferenças entre o desempenho da economia nos países capitalistas centrais (Europa principalmente) e o Brasil, em tempo de crise global, está o fato de que lá há uma combinação maléfica de retração econômica com exclusão social, levando o desemprego a taxas absurdas, como na Espanha, que chega a 30% da população economicamente ativa; e aqui, ainda que insuficiente em função de nossas imensas demandas, há crescimento econômico com ampliação de postos de trabalho.
A turma do contra parte de uma premissa tão simples quanto falsa: o Brasil é inviável; logo, tem que sair tudo errado. Por consequência, se a despeito da crise global – que afunda na incerteza e na regressão social “os que dão certo”, feito os países centrais da Europa -, resistimos e vamos em frente, os arautos do pessimismo sapecam defeito em tudo, todos os dias, a todo instante.
Início dos anos setenta. Fazíamos nossa primeira viagem de ônibus no pinga-pinga da linha Maceió-Juazeiro do Ceará. Longo percurso, trechos enormes em estrada de barro. Calor, poeira, choro de criança, cacarejar de galinhas.
Os investimentos do governo no Nordeste são direitos do povo, afirma a presidenta Dilma Rousseff, ao anunciar a ampliação de medidas emergenciais destinadas aos estados nordestinos que sofrem com uma das mais severas secas da história.
Faça o teste. Vá ali ao boteco da esquina, onde se conversa sobre futebol e amenidades várias, e tente puxar uma discussão sobre a redução da taxa básica de juros como fator de superação dos condicionantes macroeconômicos herdados da era FHC e de geração de um ambiente favorável aos investimentos produtivos no País. Ninguém vai topar a parada e ainda haverá quem o acuse de pedante ou de falar grego.
Aberta a temporada de especulações sobre o pleito de 2014, tudo é legítimo e nada estranho – afinal, democracia tem de tudo e todos são livres para sonhar. Mas ninguém, por mais confiante e afoito que seja, pode desdenhar da definição exata do espaço que pretende ocupar no espectro político. É como um quebra-cabeça: cada peça tem que se encaixar onde cabe.
Se fôssemos julgar pelo que se veicula nos noticiários, o Brasil não teria governo – ou, dito de outra forma, o governo da presidenta Dilma estaria na lona, sob o efeito de golpes fulminantes dos adversários. Mas a realidade é outra, como atestam pesquisas de opinião que continuam conferindo à presidenta e à sua gestão índices de popularidade avantajados.
Parece-me uma obviedade dizer que o próximo dia 8, quando se comemora em todo o mundo o Dia Internacional da Mulher, assinala inúmeras conquistas e também renovação da luta pela igualdade de gênero. Idem registrar que essa luta, de caráter político, ideológico e cultural, se projeta em longo curso e tem caráter estratégico e decisivo no processo civilizatório das nações. Obviedades que nunca é demais reafirmar.
Improvisação é com a gente mesmo. Sempre ouvi falar que estudiosos de diversos saberes atestam que o brasileiro é o ser mais criativo da face da Terra. Daí o valor de nossa mão de obra qualificada em outros países. Também a capacidade dos nossos operários manusearem equipamentos importados, de ponta, dando solução eficaz, inclusive, em caso de pane.