A esquerda bem informada
A esquerda bem informada

Luciano Siqueira

Médico, membro do Comitê Central do PCdoB e secretário nacional de Relações Institucionais, Gestão e Políticas Públicas do partido, foi deputado estadual em Pernambuco e vice-prefeito do Recife.
Bem-vinda a voz das ruas

Na presente década, iniciada com a assunção de Lula à presidência da República e pelo início da transição da ordem vigente a um novo projeto de nação, a possibilidade de expressão da vontade popular por meio de demonstrações de rua esteve relativamente amortecida.

Sem tapar o sol com a peneira

Não se pode tapar o sol com a peneira, advertiram líderes oposicionistas e colunistas econômicos idem, dias atrás, após o anúncio do PIB do primeiro trimestre deste ano – 0,6%, bem abaixo do desejado. Isto apesar deste número projetar o crescimento anual de 2,5%, também aquém do necessário, mas nada desprezível no atual cenário mundial, sobretudo porque aqui a economia evolui ofertando emprego.

Dilma e o Congresso real

Ninguém governa com o parlamento que quer – nem escolhe deputados e senadores, quem os escolhe é o eleitorado. Tão obvio quanto a luz do dia – menos para quem teima em analisar o evolver da cena política tão somente a partir de supostas motivações e atributos individuais. No caso, da presidenta Dilma – acusada de leniência no trato com sua base partidária e parlamentar; e de lideres de bancadas governistas – supostamente incapazes de controlar seus liderados.

Um dado significativo da última década

Certamente por muitos ângulos é se deve examinar a última década em nosso País – desde que a eleição de Lula, em 2002, interrompeu o reinado neoliberal patrocinado por FHC aos dias atuais. Em que medida o Brasil vem se afirmando, no concerto internacional, como nação soberana; como tem sido possível preservar nossa débil e distorcida democracia; qual a dimensão das conquistas sociais alcançadas.

Uma preferência natural e previsível

Dentre os muitos componentes do comportamento do eleitorado, o pertencimento a uma determinada classe social tem peso em geral negado ou obscurecido. No máximo se considera a “classe” na classificação mercadológica (sem lastro teórico) baseada no cruzamento dos níveis de renda e escolaridade, que distingue os segmentos A, B, C, D e E.

Reivindicações justas e oportunas

A despeito da queda de ritmo em 2012 e da modesta recuperação anotada nos três primeiros meses deste ano, o ambiente econômico mostra-se favorável tanto ao incremento da produção (inclusive a novos empreendimentos), como à consolidação e ampliação de conquistas obtidas, nos últimos dez anos, pelos trabalhadores.

Bonequinha de louça

Estatura mediana, esguia, diria até muito magra, de alvura quase leitosa, olhos azuis, batom vermelho vivo igual ao matiz das unhas. Olhar vago, mirando a janela da aeronave como quem enxerga o nada. Mesmo quando percebeu que eu a observava e fazia comentários com meu companheiro de viagem, Tadeu, sequer um sorriso discreto, algum gesto o mais tímido que fosse.

Primeiro de Maio em tempo de conquistas

 Desde que a data tornou-se o Dia a Internacional do Trabalhador por proposição da Internacional Socialista, em 1889, o 1º. de Maio registra mundo afora um misto de protesto e celebração. Protesto contra a exploração capitalista em suas diversas dimensões, que aqui e ali se fazem mais agudas, ao sabor da correlação de forças entre os detentores do capital e os que possuem a força de trabalho; celebração pelas enormes conquistas alcançadas desde então.

Acesso ao trabalho e opção eleitoral

Dentre as muitas diferenças entre o desempenho da economia nos países capitalistas centrais (Europa principalmente) e o Brasil, em tempo de crise global, está o fato de que lá há uma combinação maléfica de retração econômica com exclusão social, levando o desemprego a taxas absurdas, como na Espanha, que chega a 30% da população economicamente ativa; e aqui, ainda que insuficiente em função de nossas imensas demandas, há crescimento econômico com ampliação de postos de trabalho.

A torcida contra faz ouvido de mercador

A turma do contra parte de uma premissa tão simples quanto falsa: o Brasil é inviável; logo, tem que sair tudo errado. Por consequência, se a despeito da crise global – que afunda na incerteza e na regressão social “os que dão certo”, feito os países centrais da Europa -, resistimos e vamos em frente, os arautos do pessimismo sapecam defeito em tudo, todos os dias, a todo instante.

Coragem é preciso

Início dos anos setenta. Fazíamos nossa primeira viagem de ônibus no pinga-pinga da linha Maceió-Juazeiro do Ceará. Longo percurso, trechos enormes em estrada de barro. Calor, poeira, choro de criança, cacarejar de galinhas.

Convergentes ou conflitantes?

Os investimentos do governo no Nordeste são direitos do povo, afirma a presidenta Dilma Rousseff, ao anunciar a ampliação de medidas emergenciais destinadas aos estados nordestinos que sofrem com uma das mais severas secas da história.

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