O texto a seguir foi divulgado pela primeira vez na revista “Carta Capital” de julho de 2008, sob o título de “Ubirajara calcula”. Acho que vale a pena vê-lo de novo 15 anos depois por sua verdade
No Recife, os afortunados conheciam-no por Padre Daniel, professor da UFPE, antiacadêmico por natureza. E dele falam aventuras dignas de Cervantes e de Camões, mas o Camões popular, cantado em rimas de cordel.
O Portal Vermelho publica um capítulo do novo livro de Urariano Mota, intitulado “Em busca de um carinho”, ainda em produção. Para o autor, “o romance tem sido o mais pesado que já escrevi até aqui”.
Em trechos do seu romance “A mais longa duração da juventude”, Urariano Mota reflete sobre o caráter dos lutadores contra a ditadura brasileira.
Eu, que tanto penso em literatura, nos romances, no mundo da cultura, nos amigos e nas mulheres heroicas da luta socialista, fui me encontrar com um comunista que só pensa na revolução.
As crônicas de Antônio Maria misturavam humor, crueldade e lirismo, a depender dos dias e da vida, que não eram iguais, para ele ou para ninguém
Os olhos que recuperam o passado não se deleitam nele, porque seguem para a transformação da cidade além do espaço físico, porque atingem os gostos e costumes do Recife
Se remorso houver em relação a Soledad, e a todos os socialistas que a tortura destruiu, se remorso houvesse, ele deveria perseguir o Cabo Anselmo.
No herói dos dicionários escapa a generosidade silenciosa, anônima, escapam os homens e mulheres que viveram como se nem nomes tivessem, entes de inscrições apagadas no cimento dos túmulos, sem rastro sequer do símbolo cristão da cruz.
Recupero um texto que publiquei em 2012. Mas não é possível, há 11 anos? Uma explicação é que talvez o tempo tenha passado muito depressa.
Urariano Mota traduziu* artigo de Eric A. Gordon** sobre um dos melhores romances de Álvaro Cunhal que usava o pseudônimo de Manuel Tiago
O frevo se renovou? Mas o que é mesmo renovar? — Certamente, não é repetir. Certo. Será algo então jamais visto, tão novo quanto seria um extraterrestre para o nosso convívio?