Disputa da presidência revela o porquê da malhação de Renan

Nos últimos meses, o senador Calheiros passou por uma espécie de “malhação de Judas”. Dia e noite foi apedrejado pela mídia e pela oposição. Mesmo assim foi absolvido do primeiro processo. Absolvido, a “malhação” recrudesceu. Outros processos foram montados contra ele. A soma chega a seis. Nas últimas semanas, parte do PT, também, passou a participar do apedrejamento. Renan recuou e pediu licença da presidência.



Tendo conseguido a vitória parcial de afastá-lo da presidência, a “matilha” que está ao encalço do senador Calheiros, agora, fala em renúncia ou cassação.


 


O Vermelho ao longo dessa “caçada” se opôs à fórmula montada pelo conluio mídia-oposição: a mídia proclama o veredicto e depois exige que as instituições da República confirmem a sentença que previamente foi anunciada pelo conluio. Tal estratagema é uma afronta ao Estado democrático de direito.


 


E mais. O Vermelho denunciou que para além da ética, o que, verdadeiramente, alimenta tal “caçada” é a disputa pela presidência do Senado.



Essa abordagem agora é sobejamente confirmada pelos fatos. A sucessão da presidência do Senado passa a dominar a lógica da Casa. A oposição ambiciona o posto e tem no senador Jarbas Vasconcelos uma de suas alternativas. Notícias dão conta que setores do PT animam-se em querer transformar a interinidade do senador Tião Viana em solução definitiva. Na pior das hipóteses, o cálculo do DEM e do PSDB é conturbar e dividir a base aliada.


 


Essa situação instável e complexa no Senado foi fabricada e em si já é vitória do campo oposicionista. O Palácio do Planalto e as forças políticas que sustentam o governo do presidente Lula não podem subestimar os riscos que estão à vista.