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Publicado 13/02/2009 21:08 | Editado 13/12/2019 03:29
Sinto os dias como engrenagens carcomidas
Que rangem descompassadas gritando a insignificância da vida
Meus pensamentos desesperados criam enorme tumulto em minha cabeça enquanto minha poesia aparece como o sorriso do gato de Alice, sempre por ali… sempre ciente de tudo.
As engrenagens se desencaixam e rompem as veias do meu cérebro
Em um derrame inebriante assisto ao baile das multidões que destroem o mundo freneticamente, um vício doentio e insuperável
Como uma música que perdeu a melodia, ouço os gritos desesperados emitidos pela lucidez dos dias. Ignoro-os.
Em meio ao balé alucinado, percebo uma nuvem com formato de caos… quem se importa¿ Detalhes são chatos.
E então todo o vermelho do mundo despenca sobre meu teto. Estrondos de vermelho, escombros de teto. Mania de cinza. Tudo se acalma cinza…
E aí já posso voltar à vida… mais cinza do que nunca…!