Parece que o projeto neoliberal que tentam implementar uma vez mais na América Latina já começa a dar os primeiros sinais de fracasso. O presidente Mauricio Macri, que impôs aumentos de até 500% nas tarifas de energia elétrica e gás, justificou a medida como forma de fazer as pessoas economizarem. E sugeriu que ao invés de ligar os aquecedores, diante das temperaturas baixíssimas do inverno argentino, as pessoas “usem suéter dentro de casa”.
Na Argentina tudo é exagerado. Eles são mais intensos que todo o restante da América Latina. Como descreveram em um trecho do livro Buenos Aires Ajena, “cada um vive sua própria loucura, passam da depressão à euforia em segundos. Se sentem os reis do mundo hoje e amanhã os insetos mais desprezíveis. São personagens de Dostoievksi: loucos para ser mais claro”. E assim segue o futebol e a política seguem por lá, num tango dramático.
Por Guadalupe Carniel*
Uma manifestação diferente e, no mínimo, divertida, tomou conta das ruas de Buenos Aires nesta terça-feira (12). Centenas de argentinos se reuniram em frente à Assembleia Legislativa para dançar! Ao som de tangos e milongas, os bailarinos protestaram contra o aumento abusivo de tarifas de serviços básicos desencadeado pelo governo Macri, que hoje já ameaça o funcionamento de vários centros culturais no país.
Neste sábado (9) a Argentina comemorou 200 anos de independência da coroa da Espanha. O presidente Mauricio Macri, porém, só faltou pedir desculpas ao rei Juan Carlos, que assistia à cerimônia. Ele falou sobre a “angústia” dos libertadores da América ao se separar dos colonizadores.
Desde que Mauricio Macri assumiu a presidência da Argentina, em dezembro de 2015, estima-se que haja entre 4,5 e 5 milhões de pessoas que perderam consideravelmente o poder de consumo e voltaram às classes menos abastadas.
Eleito com um discurso de “criar empregos para todos”, melhorar a economia e combater o narcotráfico, o presidente da Argentina se vê em apuros e admite que não será possível cumprir as promessas este ano. Mauricio Macri passou o primeiro semestre inteiro a prometer um “segundo semestre” repleto de bonanças e já nos primeiros dias deste tal período magico que estaria por vir, ele admite que não será possível melhorar o cenário político.
As Avós da Praça de Maio, grupo que busca bebês roubados por agentes do Estado argentino durante a ditadura (1976-1983), anunciaram esta semana terem encontrado o neto número 120: José Luis Segretin, que hoje tem 39 anos e é filho de Rubén Maulín e Luisa Pratto, que sobreviveram à repressão da ditadura e estão vivos. “Na minha família faltava uma peça, e essa peça era eu”, disse José Luis ao jornal argentino Página/12 em entrevista publicada neste domingo (03).
No último domingo a Argentina perdeu para o Chile. Pela segunda vez consecutiva para o Chile numa Copa América. Pela terceira vez seguida uma final (contando com a Copa de 2014). Tem uma seleção com nomes de dar inveja. Mas não parecia nem de longe que estava jogando uma final ou tentando algo maior: tirar a maldição de pecho frío e dos 23 agoniantes anos sem títulos.
Por Guadalupe Carniel*
Depois de um processo um tanto atropelado, o sinal da emissora multiestatal Telesur será oficialmente retirado da Argentina. “Atropelado” porque os diretores da empresa de comunicação só souberam da decisão do governo de Mauricio Macri por meio das notícias dos jornais e não foram notificados formalmente desde o início sobre a decisão governamental.
O líder da Centra dos Trabalhadores da Argentina Autônoma (CTA), Pablo Micheli, convocou para esta quarta-feira (29) uma manifestação nacional contra a onda de aumentos abusivos das tarifas básicas impulsionada pelo governo de Mauricio Macri.
O Clube Atlético Atlanta, argentino de Buenos Aires, foi fundado em 1904 e começou a disputar os campeonatos de futebol em 1906.
Por Thiago Cassis
Desde que Mauricio Macri assumiu a presidência, em dezembro passado, a Argentina vai de vento em popa rumo ao naufrágio. Uma pesquisa divulgada nesta semana mostrou que a insatisfação dos argentinos com o novo presidente já aumentou 18% em apenas seis meses de governo e agora são cerca de 43% que desaprovam o neoliberal.