O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e instituições parceiras lançam, nesta sexta-feira (6), às 10 horas, a Campanha Nacional do Desarmamento 2011 – Tire uma arma do futuro do Brasil. A solenidade será no Palácio da Cidade, sede da prefeitura do Rio de Janeiro, com as presenças do governador Sérgio Cabral e do prefeito Eduardo Paes.
A diretora do Instituto Sou da Paz Melina Risso disse há pouco que existem cerca de 16 milhões de armas em circulação no Brasil, sendo que 8 milhões são ilegais.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, disse que manter controle de armas de pequeno porte é uma ação chave para identificar a origem do desvio de armas e munições. Segundo o secretário-geral, o mecanismo de rastreamento melhorará a segurança.
Inicia em maio a nova campanha do desarmamento. A meta do governo é superar os números anteriores, quando foram recolhidas mais de 1 milhão de armas.
A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado promoverá audiência pública sobre controle de armas na quinta-feira da próxima semana (28). O debate solicitado pelo deputado Alessandro Molon (PT-RJ) está marcado para as 10 horas, no plenário 6.
Hoje, 94 brasileiros morrerão depois de receber um disparo de arma de fogo. É como se a tragédia ocorrida há uma semana na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, no Rio de Janeiro, se repetisse oito vezes por dia. Todos os dias.
por João Paulo Charleaux, no Opera Mundi
O líder do PT e do Bloco de Apoio ao Governo, Humberto Costa (PE), afirmou nesta terça-feira (12/04), logo após o término da reunião de líderes, que a bancada do Partido dos Trabalhadores vai se posicionar favoravelmente à realização de um plebiscito que irá consultar os eleitores sobre a proibição do comércio de armas de fogo e munições no Brasil.
Parlamentares que tiveram campanhas financiadas pela indústria bélica são contra a ideia de rever o comércio de armas no país. Segundo eles, a bandeira levantada por Sarney tem motivação "oportunista".
A tragédia na escola de Realengo, no Rio de Janeiro, que resultou na morte de 12 crianças e do atirador, fez o Ministério da Justiça adiantar a campanha nacional do desarmamento para o dia 6 de maio. De acordo com o ministro José Eduardo Cardozo, um conselho, formado por representantes do governo federal e da sociedade civil, vai coordenar a implementação da campanha no país.
O controle sobre a fabricação e o comércio de munições no país praticamente inexiste. A denúncia é do deputado federal Mendonça Prado (DEM-SE), presidente da COmissão de Segurança da Câmara dos Deputados, que visitou nesta segunda-feira (11) a Escola Municipal Tasso da Silveira, local do massacre de 12 estudantes, na última quinta-feira (7).
O presidente do Senado, José Sarney, afirmou hoje que submeterá às lideranças partidárias uma proposta de revisão do estatuto do desarmamento. Ele mencionou também a possibilidade de realizar novo referendo para tratar do tema, de acordo com informações da Agência Senado.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, revelou nesta quinta-feira (7) que o governo vai iniciar neste ano uma nova campanha pelo desarmamento no Brasil. A declaração foi dada após o massacre de alunos da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, no Rio de Janeiro.