O governo italiano, tão empenhado na extradição de Cesare Battisti, adota postura diferente no caso do uruguaio Jorge Troccoli.
A decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de negar a extradição para a Itália do ex-militante do PAC (Proletários Armados pelo Comunismo) Cesare Battisti é uma medida difícil e talvez impopular, mas que, em sua essência, está correta.
Por Haroldo Ceravolo Sereza*
Desde o anúncio brasileiro de 31 de dezembro, de que Cesare Battisti não seria extraditado, a Itália lançou na mídia um grande número de bravatas, que encontraram repercussão no Brasil apenas na classe alta europeizada e na classe média revanchista.
Por Carlos Lungarzo*
Autor do pedido original para que fosse concedido status de refugiado político ao italiano Cesare Battisti, o ex-ministro da Justiça e hoje governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, reagiu duramente à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de manter o ex-ativista preso em Brasília. Ao iG, Tarso disse com que a Corte age de maneira "ilegal" e "ditatorial", causando um "prejuízo institucional grave" e um "abalo à soberania nacional".
Após o ex-presidente Lula ter decidido não extraditar o ex-ativista Cesare Battisti, o governo italiano retirou seu embaixador no Brasil e ameaçou entrar com um processo na Corte Internacional de Haia. O premiê Silvio Berlusconi classificou a decisão como “inaceitável”. Segundo professores do Instituto de Relações Internacionais (IREL) da UnB, as possíveis consequências serão mínimas. Eles consideram equivocada a postura diplomática da Itália.
O advogado de Cesare Battisti, Luís Roberto Barroso, afirmou nesta quinta-feira (6) em nota que a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cezar Peluso, de não soltar o ex-ativista italiano é “uma espécie de golpe de Estado, disfunção da qual o país acreditava já ter se libertado”.
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Cezar Peluso, decidiu nesta quinta-feira (6), em caráter individual, manter preso o ex-ativista italiano Cesare Battisti. Com a decisão, ele negou os apelos da defesa, encabeçada pelo advogado Luís Roberto Barroso, para que o italiano fosse colocado em liberdade imediatamente.
Um grupo de intelectuais italianos radicados na França lançou na última terça-feira (4) documento apoiando a decisão do Brasil de não extraditar o ex-ativista Cesare Battisti e desmascarando os argumentos do governo ditreitista de Sílvio Berlusconi. A mídia italiana e alguns políticos que conforme a ocasião se apresentam como de “esquerda” são aqui submetidos a severa crítica
A advogada Renata Saraiva, que compõe a banca de defesa do ex-ativista Cesare Battisti, protocolou na tarde desta segunda-feira (3) um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para que o presidente da Corte, ministro Cezar Peluso, assine imediatamente o alvará de soltura em favor do italiano.
"Eu assisti de camarote o teu fracasso, palhaço, palhaço" (B. Lacerda/H. Martins, "Fracasso")
Deu na Folha de S. Paulo que "países da União Européia articulam um ato de solidariedade à Itália", no bojo da decisão brasileira de negar a extradição do escritor Cesare Battisti por haver grande possibilidade de sofrer humilhações e maus tratos naquele país (além, acrescento eu, de correr risco de ser assassinado, já que um sindicato de carcereiros o jurou de morte).
Por Celso Lungaretti*
Entrevistado nesta 6ª feira (03/12) por correspondentes internacionais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou já ter chegado a uma conclusão sobre o pedido italiano de extradição do escritor e perseguido político Cesare Battisti, devendo anunciá-la ainda neste mês de dezembro. Ele frisou, no entanto, que ainda não pode antecipar o teor da decisão.
por Celso Lungaretti (*)
Está próximo do desfecho justo o caso do escritor e perseguido político Cesare Battisti, preso há 45 meses no Brasil por causa de crimes ocorridos há mais de três décadas na Itália.
Por Celso Lungaretti*, no blog Náufrago da Utopia