Penas variam entre 100 e 255 anos de prisão pela morte de 17 pessoas; familiares das vítimas não têm apoio, diz ativista.
Com saldo de 17 mortes, réus irão a júri popular na região metropolitana de São Paulo. Trata-se da maior chacina já registrada no estado. Conhecida como Chacina de Osasco, o assassinato de 17 pessoas na periferia da região metropolitana de São Paulo em 13 de agosto de 2015 começou a ser julgado na segunda-feira (18).
Por Victória Damasceno*
Começa nesta segunda-feira (18) em São Paulo o júri popular de dois policiais militares (PMs) e um guarda civil envolvidos no caso que ficou conhecido como Chacina de Osasco. O fato ocorreu no dia 13 de agosto de 2015, na região metropolitana da capital. Segundo a denúncia do Ministério Público (MP), 17 pessoas foram mortas e sete baleadas em um intervalo de aproximadamente duas horas.
Em maio, 10 trabalhadores rurais que ocupavam uma fazenda no Pará foram assassinados por policiais militares, que estão soltos. À princípio, os PMs relataram troca de tiros, mas perícia da PF concluiu que houve execução sumária dos sem-terra.
No dia 18 de setembro começa o julgamento de três policiais militares e um guarda civil acusados pelos ataques que resultaram em 19 mortes
O promotor de Justiça Leonardo Caldas, do Ministério Público do Pará, que acompanha as investigações da chacina de Pau D’Arco, no sudeste do Estado, criticou a soltura dos 13 acusados de participar da execução de 10 trabalhadores rurais em maio.
As investigações do Massacre de Pau D’Arco sofreram um forte revés no dia de ontem (8), com a decisão do juiz substituto Jun Kubota de libertar os 13 policiais presos temporariamente acusados do crime.
O prefeito de Tucuruí, Jones William (PMDB), foi morto nesta terça-feira (25) foi morto por dois homens que estavam em uma moto e atiraram contra ele. O partido destaca que esse caso não é isolado e vem acontecendo com frequência no estado do Pará
Por Alex Rodrigues* repórter da Agência Brasil
A morte de dez camponeses, dia 24 de maio deste ano, em uma operação policial em Pau D´Arco, no Pará, não pode cair no esquecimento nem ficar impune. O pedido foi feito por lideranças sociais que acompanham o caso e parentes das vítimas, durante ato público na noite desta quarta-feira (5), na sede regional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), no Rio de Janeiro.
O vice-governador do Pará, Zeca Marinho, recebeu nesta segunda-feira (19) das mãos de ativistas de direitos humanos e entidades de trabalhadores rurais um manifesto exigindo providências por parte do estado em resposta ao clima de violência rural e urbana, intensificadas no Estado nos últimos anos. O documento “Não há paz sem Justiça” se refere, especialmente, aos 10 camponeses assassinados em Pau D’Arco em maio e também às cinco pessoas mortas em um tiroteio na periferia de Belém.
Ao longo desta segunda-feira (19), movimentos populares do campo e de direitos humanos realizam diversas atividades, em Belém (PA), para denunciar a escalada de violência no campo no estado, como a chacina de Pau D’Arco, no sudoeste do estado, quando nove posseiros e a presidenta do sindicato de trabalhadores rurais do local foram assassinados pela polícia, no mês de maio.