Medida entra em vigor em abril e faz parte de ofensiva tarifária dos EUA; mercados reagem com alta nos preços do petróleo
O governo Bolsonaro, ungido pelos militares em suas escolas de formação, lamentavelmente, não está à altura dos desafios que se apresentam e adota a estratégia do diversionismo para distrair a atenção da população, enquanto a boiada passa. A sociedade civil organizada, o povo e as instituições precisam reagir.
Um grupo de representantes do governo equatoriano reuniu-se, esta semana, com os deputados Jô Moraes (PCdoB-MG) – presidenta da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional – e Edinho Bez (PMDB-SC) para discutir a homologação pelo Brasil de sentença pronunciada pela justiça do Equador, condenando a gigante do petróleo Chevron ao pagamento de US$ 9 bilhões por danos causados ao meio ambiente e populações indígenas daquele país.
Movimentos vítimas da petroleira Chevron prometem grandes manifestações em várias partes do mundo nesta quarta-feira (21). O Dia Internacional Anti-Chevron exigirá que a petroleira mude suas práticas e reconheça suas responsabilidades por graves crimes ambientais cometidos ao longo de toda a sua história. Liderada por movimentos equatorianos, a manifestação também deve ocorrer em outros países impactados pelas ações da empresa como Argentina, Estados Unidos, Nigéria e Romênia.
O carro que nos acompanhava teve um problema técnico e fomos obrigados a parar em um desses povoados da Amazônia equatoriana que dificilmente aparecem nos mapas do Google. Para nossa sorte, ao lado da mecânica havia uma barraquinha, onde pedimos refrescos para acalmar o calor. Ao lado, uma senhora vendia bugigangas na porta de sua casa.
Por Hernando Calvo Ospina*, no Le Monde Diplomatique
A primeira demanda em nome de aproximadamente 30 mil habitantes, a maioria indígenas da província equatoriana de Sucumbíos, foi apresentada em 1993 perante um tribunal federal dos Estados Unidos contra a empresa petroleira Texaco, pelo terrível legado de contaminação deixado por suas operações na Amazônia, entre 1964 e 1990.
Por Jim Lobe, da Envolverde/ IPS
Mais de 100 personalidades mexicanas expressaram seu apoio à luta contra a petrolífera estadunidense Chevron pelos prejuízos ocasionados aos mais de 30 mil moradores da Amazônia equatoriana.
A organização britânica Amigos do Equador difundiu uma carta aberta em apoio aos moradores da Amazônia do país sul-americano, que, durante duas décadas, levam adiante uma batalha legal contra a companhia petroleira Chevron, a qual acusam de ser a responsável por graves danos ambientais.
Diante da negativa da Chevron de se responsabilizar pela contaminação causada na Amazônia e seus ataques contra a justiça local, o Equador empreendeu, em 2013, uma campanha de denúncia que ganhou o apoio de dezenas de países.
Por Néstor Marín*, na Prensa Latina
A Justiça canadense considerou nesta terça-feira (17) legítima a ação de um grupo de 47 equatorianos contra a petroleira Chevron Corp. Uma corte de Ontário determinou que os requerentes têm direito a receber ativos da empresa. A decisão é um revés ao veredicto dado em 1º de maio, que afirmava que a empresa não possuía ativos no Canadá.
O presidente do Equador, Rafael Correa, assegurou neste sábado (14) que o seu governo vai demonstrar que a transnacional petroleira dos Estados Unidos, Chevron (antiga Texaco) “destruiu a Amazônia”, e que agora pretende desprestigiar o país andino.
O Ministério Público Federal assina nesta sexta-feira (13) um termo de ajustamento de conduta (TAC) com a Chevron Brasil, a Chevron Latin America e a Transocean Brasil, apontadas como responsáveis pelos vazamentos de petróleo no Campo de Frade, entre novembro de 2011 e março de 2012. O TAC poderá extinguir as duas ações civis públicas contra as empresas depois do acidente.