O presidente da Federação de Estudantes da Universidade Católica de Chile (FEUC), Giorgio Jackson, advertiu nesta terça (16) que o movimento estudantil não deporá suas demandas. Relembrou que as mobilizações, após três meses, não se vão baixar "se se vai voltar ao estado zero" sem garantias de avanços para as reivindicações.
A escritora Isabel Allende manifestou apoio às manifestações de estudantes chilenos, defendendo uma educação gratuita e de qualidade para todos. Ela criticou a lógica do lucro que prevalece nas instituições de ensino, como parte do sistema neoliberal. A autora cancelou as viagens que ia realizar ao país, uma vez que as escolas estão fechadas.
A Confech (Confederação de Estudantes do Chile) descartou sua participação em uma mesa de diálogo no Congresso sobre suas reivindicações de educação pública, gratuita e de qualidade e manteve a convocação para uma greve nacional na próxima quinta-feira (18).
A secretária-executiva do Conselho do Livro e da Leitura, Tatiana Acuña, foi removida de seu cargo pelas polêmicas declarações que enviou via Twitter durante manifestação estudantil e que foram associadas a ameaças à líder do grupo, Camila Vallejo.
O movimento estudantil chileno programou para esta sexta (12) uma série de mobilizações por uma educação pública e de qualidade, e anunciou para a quinta-feira próxima (18) uma greve nacional. A presidenta da Federação de Estudantes do Chile (FECH), Camila Vallejo, disse que neste fim de semana os jovens e seus familiares se reunirão para continuar exigindo uma reestruturação profunda do sistema educativo do país.
Através de uma série de massivas manifestações pacíficas o movimento estudantil, liderado pela Confederação de Estudantes do Chile (CONFECH), expressou sua insatisfação com o projeto de reforma educacional proposto pelo atual governo, mostrando à sociedade chilena que este não satisfaz as necessidades da educação científica, tecnológica, artística e humanista de seus habitantes.
Por Jaime Massardo, no Le Monde Diplomatique
Os estudantes chilenos, que se encontram em luta e mobilizados por uma educação de qualidade, estão dispostos a abrir o diálogo com o Congresso de seu país, declarou a presidente da Federação de Estudantes do Chile (Fech), Camila Vallejo. Os presidentes da Câmara e do Senado propuseram criar uma mesa de diálogo com a Federação dos Estudantes Chilenos.
A capital do Chile, Santiago, vive nesta quinta-feira (11) mais um dia confrontos entre manifestantes e policiais em frente ao prédio principal da Universidade Tecnológica Metropolitana. O tráfego na área foi interrompido por um grupo de homens encapuzados. Na tentativa de desbloquear as avenidas, os policiais entraram em choque com os encapuzados.
Estudantes chilenos que vivem na Argentina saíram às ruas de Buenos Aires nesta terça-feira (09) em apoio ao protesto de seus compatriotas e pediram mudanças no sistema educacional chileno. Centenas de jovens marcharam do Obelisco até a sede do consulado chileno, aos gritos de "e vai cair, e vai cair, a educação de Pinochet", em referência ao modelo implantado durante o governo do ditador Augusto Pinochet (1973-1990).
Pelo menos 300 detidos em nível nacional, 39 feridos e milhões de pesos em perdas por depredação do patrimônio público e privado. Este foi o balanço oficial das manifestações estudantis ocorridas nesta terça-feira (9) no Chile para exigir uma educação gratuita e de qualidade.
Cerca de cem mil estudantes chilenos marcharam nesta terça-feira (9) pelas ruas de Santiago e pelas principais cidades do país, exigindo educação pública e gratuita para todos. Os estudantes também exigem que o governo obrigue as universidades privadas a serem instituições sem fins lucrativos, como determina a lei.
O presidente do Chile, Sebastián Piñera, assinou nesta terça-feira (9) um projeto de lei que autoriza a união civil de casais homossexuais, cumprindo uma promessa de campanha que beneficiará mais de dois milhões de pessoas no país.