O cada vez mais impopular presidente do Chile, Sebastián Piñera, aumentou a repressão aos estudantes e professores que protestam contra os descalabros do governo. A truculência policial sobre os manifestantes levou à prisão 552 pessoas em várias cidades.
Os conflitos entre manifestantes e policiais nesta quinta-feira (4) no Chile levaram à prisão 552 pessoas em várias cidades. Desobedecendo à proibição de protestos do governo chileno, estudantes lideraram as manifestações e ocuparam várias ruas de Santiago e do interior.
A polícia chilena reprimiu estudantes nesta quinta-feira (4) com bombas de gás lacrimogêneo e jatos de água, impedindo a realização de um protesto por melhorias no sistema educacional. Fontes afirmaram à agência de notícias italiana ANSA que os jovens se sentaram para demonstrar a natureza pacífica da manifestação. Porém, pelo menos 133 estudantes foram presos durante a operação policial.
O Chile deverá viver nesta quinta-feira (4) mais um dia de protestos violentos. Em protesto contra o presidente Sebastián Piñera — que proibiu, absurdamente, as manifestações no país —, estudantes e professores anunciaram que farão uma grande marcha pelas principais avenidas da capital Santiago.
O impasse envolvendo o governo do presidente do Chile, Sebastián Piñera, estudantes e professores pode estar próximo do fim. Na próxima sexta-feira (5), estudantes e professores irão se posicionar sobre a proposta apresentada nesta segunda-feira (1º) pelo Ministério da Educação. A decisão foi anunciada pela porta-voz da Confederação dos Estudantes do Chile, Camila Vallejo.
Nesta segunda (1), o ministro da Educação, Felipe Bulnes, responderá às exigências dos estudantes por meio de um documento oficial emitido pelo Congresso. O presidente do Chile, Sebastián Piñera, interviu pessoalmente no impasse ao anunciar neste domingo (31) que está disposto a fazer mudanças na Constituição para "garantir a qualidade da educação de nossas crianças e jovens", respondendo à exigência dos estudantes que mantêm os protestos contra a privatização do setor.
Filha de Reinaldo Vallejo e Mariela Dowling – membros do Partido Comunista perseguidos na ditadura –, Camila Vallejo Dowling, se destaca como uma das principais líderes da CONFECH (Confederação dos Estudantes do Chile), órgão recém criado para congregar as diversas federações estudantis responsáveis pela chamada “primavera estudantil chilena” e quer alimentar um movimento social que, segundo ela, já ultrapassou o âmbito meramente educacional.
Uma série de TV baseada em fatos reais, passados durante o regime do general Augusto Pinochet (1973-1990), no Chile, está gerando forte polêmica no país.
O seriado Os Arquivos do Cardeal, que estreou na semana passada na emissora pública TVN, lidera a audiência no Chile. A série, de 12 capítulos (1 por semana), é estrelada por atores famosos do grande público.
Os dirigentes dos partidos de oposição ao governo de Sebastián Piñera, do Chile, se negaram a participar da reunião convocada para debater uma solução à greve estudantil que já dura um mês e meio.
A greve na mina chilena Escondida, a maior de cobre do mundo, entrou no terceiro dia neste domingo (24) sem sinal de acordo para por fim à paralisação. Sindicatos já ameaçam estender o protesto para outras minas do país.
"A direita chilena quer mais poder", afirmou um dos principais analistas políticos do Chile, Francisco Javier Díaz, logo após a mudança de gabinete anunciada pelo governo de Sebastián Piñera. Na segunda-feira (18), o presidente formalizou a troca de oito ministro: porta-voz; Economia; Planejamento; Educação; Justiça; Obras Públicas, Mineração e Energia.
Jornadas de teatro, de música, maratona, intervenções artísticas, marchas. São diversas as tentativas dos estudantes para chamar a atenção do governo sobre a situação da educação no Chile. A paralisação já leva 45 dias e na última segunda-feira (18), implicou a saída do ministro da educação, Joaquim Lavín. No entanto, as reivindicações estudantis continuam sem respostas. Nessa quarta-feira (20), oito estudantes secundários, do município de Buin, região sul de Santiago, iniciaram greve de fome.