Crianças afastadas dos pais, presas junto com eles, usadas como ameaça nas sessões de tortura e muitas vezes obrigadas a assistir as agressões contra eles. Nova série da Record mostra a história das crianças vítimas da ditadura.
O presidente da Comissão Estadual da Verdade do Rio de Janeiro e da Comissão Nacional de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Wadih Damous, defendeu a demissão do diretor adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Ronaldo Martins Belham. Ele é filho do general da reserva José Antônio Nogueira Belham, que comandou o DOI-Codi do Rio na época em que o ex-deputado federal Rubens Paiva foi assassinado, após ser preso e levado para o departamento.
Só no Rio de Janeiro, foram 111 mortos e desaparecidos durante a ditadura militar (entre 1964 e 1985), entre eles o caso emblemático do deputado Rubens Paiva. O presidente da Comissão da Verdade do Rio de Janeiro e ex-presidente da OAB/RJ, Wadih Damous, concedeu entrevista ao Jornal do Brasil e o Portal Vermelho reproduz abaixo:
Um laudo pericial produzido para a Comissão Nacional de Verdade desmonta a versão oficial de que o ex-militante da Ação Libertadora Nacional (ALN) Luiz Eurico Tejera Lisbôa tenha se suicidado com um tiro na cabeça num quarto de uma pensão, em São Paulo, em 1972. Três peritos assinam o documento que contesta versão do regime militar sobre Eurico, primeiro desaparecido político a ter seu corpo encontrado.
Causou estranheza o fato de a Comissão Nacional da Verdade ao apresentar um balanço sobre um ano de atividades dedicasse pouca informação relacionada com a participação do setor empresarial na ditadura. Para se passar o país a limpo será necessário ir fundo nessa questão, porque muitos apoiadores do regime de força hoje se apresentam como democratas desde criancinha, na prática enganando a opinião pública.
Por Mário Augusto Jakobskind*, no Direto da Redação
A Comissão Nacional da Verdade (CNV), o Ministério Público Federal no Rio Grande do Sul (MPF-RS) e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH) conduzirão os esforços multidisciplinares nacionais e internacionais para a exumação dos restos mortais do presidente João Goulart, morto na Argentina em 6 de dezembro de 1976.
A historiadora Dulce Pandolfi, presa e torturada na década de 1970, durante a ditadura militar (1964-1985), afirmou em depoimento à Comissão da Verdade do Rio de Janeiro, nesta terça-feira (28), que foi "cobaia" em aulas de tortura para agentes do Estado.
O membro do Comitê Central do PCdoB e ex-deputado federal Haroldo Lima disse ter recebido com otimismo a notícia da implantação da Comissão Especial da Verdade na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), no último dia 14. O objetivo da comissão é investigar, na Bahia, os casos de violações dos direitos humanos durante a ditadura militar (1964-1985).
A Comissão da Verdade e Memória da Universidade de Brasília (UnB) abriu suas portas no início da tarde desta terça-feira (21) realizando sua primeira audiência pública. O evento, que ocorreu no auditório da reitoria, teve a participação do ex-reitor Antônio Ibañez Ruiz e do jornalista e ex-aluno da Universidade, Romário Schettino
Uma das primeiras ações da Comissão Especial da Verdade da Assembleia Legislativa do Estado (AL-BA), instalada oficialmente na última terça-feira (21/5), foi apresentada à Mesa Diretora da Casa, pelo presidente do colegiado, Marcelino Galo (PT). Trata-se do projeto que pretende devolver os mandatos aos deputados cassados durante o período da ditadura militar (1964-1985).
“A anistia foi concedida no Brasil de forma recíproca, mediante ampla negociação entre o regime e a oposição, como parte […]
Integrantes da Comissão Nacional da Verdade indicaram nesta terça (21) a intenção do colegiado de recomendar em seu relatório final a revisão da Lei de Anistia, que impede a responsabilização de agentes públicos envolvidos nas mortes, torturas e desaparecimentos da ditadura militar (1964-1985).