O desmonte promovido pelo governo Michel Temer parece não ter fim. Depois de anunciar a venda de ativos que vão da Eletrobrás à Casa da Moeda, a gestão já fala abertamente em privatizar também os Correios. Em Nova York, o ministro Moreira Franco, da Secretaria Geral da Presidência, declarou que a venda dos Correios está, sim, em estudo. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, confirmou que o tema está em análise
A Federação Interestadual dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect), que movimenta mais de 75% do fluxo operacional dos Correios, reafirmou a posição de manter a negociação com a empresa, com o prazo limite para apresentação da proposta até esta quinta-feira (21).
As dificuldades enfrentada pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos foi tema de audiência pública na Câmara dos Deputados na quinta-feira (17). Entre os participantes do evento estavam o Presidente dos Correios, Guilherme Campos, e presidente da Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios – FINDECT, José Aparecido Gimenes Gandara.
No Brasil, um processo de desmonte dos Correios segue na velocidade das encomendas expressas. Esse sucateamento dos serviços postais, ao qual todos estamos expostos, visa provavelmente tentar a privatização de uma das maiores e mais eficazes empresas públicas brasileiras e transferir uma atividade lucrativa, sigilosa e estratégica para as mãos do mercado.
Por Igor Venceslau*, em Outras Palavras
No próximo dia 12 de junho, segunda-feira, nosso mandato, em parceria com o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios no Estado de São Paulo (Sintect-SP), realizam uma Audiência Pública em Defesa dos Correios, às 19 horas, no auditório Paulo Kobayashi.
A situação dos Correios foi tema de audiência pública realizada na última quinta-feira (11), na Comissão de Legislação Participativa, na Câmara dos Deputados. Guilherme Campos, presidente da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), e José Rivaldo da Silva, Presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores (Fentect), estiveram entre os participantes, assim como o deputado federal Chico Lopes (PCdoB-CE), integrante da Comissão.
Após apresentação de proposta da empresa, trabalhadores votam o destino da greve em assembleias. Para sindicatos, pontos reivindicados não foram efetivamente atingidos.
Em reunião realizada nesta quarta-feira (29), em Brasília, a FINDECT e demais federações definiram a data da greve para o dia 26 de abril. A ação é em resposta as medidas arbitrárias anunciadas por Guilherme Campos, atacando os direitos dos trabalhadores dos correios, e a possibilidade de privatização declarada pelo ministro das Comunicações, Gilberto Kassab.
Os rumores sobre a privatização da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), intensificados pelas declarações de Gilberto Kassab, que atualmente ocupa a cadeira do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, provocou reação de servidores e dos parlamentares comprometidos com o fortalecimento das empresas estratégicas para o Brasil.
A população brasileira precisa exigir do Governo Federal investimento e qualidade para os Correios, com respeito aos trabalhadores, e não cair no discurso da privatização. A avaliação é do deputado federal Chico Lopes (PCdoB-CE), que denuncia a tentativa de o Governo Federal privatizar a empresa, divulgando de forma parcial e descontextualizada problemas vivenciados pelos Correios e tentando responsabilizar os trabalhadores, ameaçados de demissão.
Representantes de sindicatos de trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) se reuniram nesta segunda (27) com o presidente da instituição, Guilherme Campos, em São Paulo. Em pauta, medidas da empresa de restrição de direitos históricos da categoria, como a possível cobrança de mensalidade para a manutenção dos planos de saúde e a suspensão de férias para os funcionários até abril de 2018.
Presidente da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, Guilherme Campos, anunciou nesta quinta (10) um plano de demissão voluntária (PDV) que deve atingir entre 6 e 8 mil empregados. Não há previsão de realização de concurso para preencher as vagas, a ideia é justamente reduzir o quadro de pessoal. Segundo o tesoureiro do Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos de São Paulo (Sintect/SP), Vagner Nascimento (Guiné), a decisão irá agravar o já existente déficit de funcionários.