Reportagem de hoje do jornal o Globo revela troca de torpedos e trechos de um telefonema entre o famoso Carlinhos Cachoeira e Eliane Gonçalvez Pinheiro, que vem a ser a chefe de gabinete do governador tucano de Goiás, Marconi Perillo. Num dos momentos da conversa, Cachoeira pergunta a Eliane se ela conversou com o maior. Ela diz estar com ele.
Por Renato Rovai*
Depois de ter seu nome envolvido em suposta ligação com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, a chefe de gabinete do governo de Goiás, Eliane Pinheiro, pediu exoneração do cargo ao governador Marconi Perillo (PSDB) na noite desta terça-feira (3). A possível ligação de Eliane com Cachoeira apareceu em relatório da Polícia Federal, que afirma que a chefe de gabinete recebeu informações sigilosas sobre operações policiais envolvendo o contraventor.
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse nesta terça-feirae (3) que não há qualquer ilegalidade nas apurações da Polícia Federal que levaram à conexão entre o senador goiano Demóstenes Torres (ex-DEM) e o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Um dos principais argumentos para dizer que o ex-Presidente Lula tinha conhecimento dos esquemas de depósitos ilegais de dinheiro para parlamentares em seu primeiro governo é o fato de que o governador de Goiás, Marconi Perillo, afirma tê-lo avisado de que estaria ocorrendo o “mensalão”.
Por Fernando Brito*
O senador Demóstenes Torres foi, na prática, expulso do DEM nesta terça-feira (3), embora a versão oficial diga que ele decidiu sair do partido. Conhecido pelo discurso da moralidade, de combate à corrupção, o senador tinha o costume de denunciar membros do governo Dilma. Agora ele é acusado de ser cúmplice de negócios ilegais controlados pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira, em um esquema que envolve diretamente o governador tucano de Goiás, Marconi Perillo.
O rumoroso caso Demóstenes Torres (DEM-GO) não é apenas mais um caso de corrupção denunciado pelo Ministério Público. É uma chance única de reavaliar o que foi a política brasileira na última década, e de como ela – venal, hipócrita e manipuladora – foi viabilizada por um estilo de cobertura política irresponsável, manipuladora e, em alguns casos, venal. E hipócrita também.
Por Maria Inês Nassif
O senador Demóstenes Torres (DEM-GO), acusado pela Polícia Federal (PF) de ser sócio de empresas que exploravam jogos ilegais em Goiás, pediu para sair do partido Democratas nesta terça-feira (3). Ele encaminhou uma carta ao gabinete do líder do DEM no Senado e presidente da sigla, José Agripino Maia (RN).
A cúpula do Democratas decidiu nesta segunda (2) pela abertura do processo de expulsão do senador Demóstenes Torres (DEM-GO). Para o presidente do Democratas, senador José Agripino Maia (RN), a saída do senador é dada como certa. Para Agripino, Demóstenes foi “uma decepção” e “dificilmente o partido não tomará essa posição” de expulsá-lo.
Nota publicada na imprensa nesta terça-feira (3) informa que a Câmara Federal terá que escolher entre Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) da Privataria Tucana e a do caso Cachoeira. Segundo a nota, ambas, que continuam paradas na Câmara, aguardando decisão de instalação exclusiva do presidente da casa, deputado Marco Maia (PT-RS), possuem alto grau de influência nas eleições municipais deste ano.
De São Paulo, Joanne Mota com agências
Restritas ao noticiário local de Goiânia, as informações sobre uma “minirreforma” no secretariado do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), são o primeiro sinal de que suas ligações com o esquema conjunto do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) e do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, prometem levar a crise para dentro do governo goiano.
Por Leandro Fortes*
O senador Demóstenes Torres seria apenas mais um caso de promiscuidade entre políticos e interesses privados – criminosos ou “apenas” escusos -, somente um dos muitos que a gente sabe que há por aí.
Por Fernando Brito*
Gravações da Polícia Federal, divulgadas sexta-feira (30), mostram que o empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, pediu a ajuda ao senador Demóstenes Torres (DEM-GO) para impedir a convocação do empresário Fernando Cavendish, dono da construtora Delta, para depor numa comissão da Câmara, em maio do ano passado.