A polêmica Operação Sufoco, na região conhecida como Cracolândia, deixou a população indignada e chamou a atenção das autoridades. A Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Vereadores de São Paulo se reuniu, nesta quarta-feira (11), com representantes dos governos municipal, estadual, federal e Poder Judiciário. Na reunião eles fizeram um balanço da operação. Para as autoridades, a ação é um desastre,
O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Antonio Ferreira Pinto, proibiu que a Polícia Militar utilize bombas de efeito moral e balas de borracha para dispersar usuários de droga na Cracolândia, como informa reportagem do jornal Folha de S. Paulo desta quarta-feira (11).
As comissões de Direitos Humanos da Câmara Municipal de São Paulo (CMSP) e da Assembleia Legislativa (Alesp) realizarão reunião conjunta nesta quarta-feira (11/01), às 15h, no Palácio Anchieta, para fazer um balanço da operação da Polícia Militar realizada no centro da capital paulista, região conhecida como Cracolândia.
Ex-moradores da região da Luz, no centro de São Paulo, conhecida como "cracolândia", criticam as ações da prefeitura e do governo estadual contra usuários de drogas. Reunidos nesta terça-feira (10) na Casa de Oração do Povo de Rua, eles cobraram um tratamento humano para os adictos e afirmaram, baseados nas próprias experiências, que o caminho para superar o problema não passa pela violência, mas pelo afeto.
O vereador percorreu as ruas, conversou com uma equipe de guardas-civis e visitou a Tenda Mauá, conveniada da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) que recebe crianças e adolescentes da região.
Cada vez mais nazistoide, o governo Geraldo Alckmin lança, de afogadilho, uma retumbante operação policial para dispersar viciados em crack por toda a cidade de São Paulo, apenas mudando de lugar um problema social.
Por Celso Lungaretti em seu blog
Desde terça-feira (3), a Polícia Militar comanda a Operação Sufoco contra o tráfico de drogas na Cracolândia, centro de São Paulo. Dividida em três fases, a medida pretende “criar um ambiente seguro” para ações sociais e de saúde a usuários de crack, além de manter a região da Nova Luz, que passará por uma revitalização a ser concluída em 2026, sem novos grupos de dependentes e criminosos.
Dois fatores fizeram os governos Alckmin e Kassab desencadearem uma operação policial na Cracolândia paulistana que não passa de vigarice político-eleitoral: as eleições municipais e – segundo informações da Folha de S. Paulo – o medo de que programa do governo federal previsto para começar em breve rotule prefeito e governador como “inoperantes”.
Por Eduardo Guimarães, em seu blog
Estamos assistindo ao desmonte de um conjunto de políticas modernas e revolucionárias na área da Saúde Mental e a reimplantação de um modelo cruel e historicamente falido.
Por Edmar Oliveira*
Para a defensora pública, Daniela de Albuquerque, os usuários de crack acabam sendo forçados a irem para outro lugar; "e em qualquer lugar que eles se encaminhem no centro da cidade existe violência física". Os moradores do centro de São Paulo já chamam a operação de "limpeza". "Teria que ser evidente que o que aconteçe aqui não é um problema de polícia. É um problema social. E de forma insistente o Estado tenta resolver isso com a polícia chegando em primeiro lugar", acrescenta Albuquerque.
Cerca de 100 policiais militares ocuparam a Cracolândia, região central da capital paulista, área conhecida pela concentração de usuários e traficantes de drogas, desde a manhã da terça-feira (3). O intuito da ação policial, batizada como Operação Nova Luz, é coibir o tráfico de drogas. Porém, especialistas alertam que a operação poderá abrir possibilidades de aplicação de uma política de limpeza social e risco de internação compulsória em massa.
O vereador Jamil Murad (PCdoB), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal, percorreu as ruas do centro de São Paulo, conversou com uma equipe de guardas-civis e visitou a Tenda Mauá, conveniada da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) que recebe crianças e adolescentes da região.