O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que o governo federal vai investir R$ 6,4 milhões em programas de tratamento de dependentes químicos na capital paulista. Ele visitou a cidade hoje (18) para discutir ações para a recuperar a área que ficou conhecida como Cracolândia.
Em seu perfil oficial no Facebook, o ator Fábio Assunção manifestou repúdio à postura de autoridades e de parte da sociedade que defendem a ação policial na região da Cracolândia, no centro de São Paulo. Assunção, que recentemente foi internado numa clínica para dependentes químicos, escreveu que a discussão em torno do assunto “deixa evidente a dificuldade do homem em assumir e ser honesto frente à questão da dependência”. Leia seu texto na íntegra:
O governador de São Paulo parece ser um daqueles que rezam pelas virtudes curativas do porrete da polícia. Não é de hoje que ele expõe a sociedade às "ações enérgicas das forças da ordem", mesmo que a eficácia de tais ações muitas vezes seja próxima de zero.
Um importante debate sobre o enfrentamento ao crack aconteceu no último dia 9 durante a 4ª Conferência Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, promovida pela Comissão de Direitos Humanos, Cidadania, Segurança Pública e Relações Internacionais da Câmara, presidida pelo vereador Jamil Murad.
Debaixo de sol e chuva, a segunda edição do “Churrascão Diferenciado” chegou a lotar o final da rua Helvétia, próxima à Estação Júlio Prestes, área conhecida pelo consumo de crack no centro de São Paulo.
Por Wálter Maierovitch
A Polícia Civil de São Paulo tem uma folha de bons serviços e por ela passaram delegados de polícia competentes, honestos e com acendrado espírito público.
Os moradores da Luz, na região também conhecida como Cracolândia – no centro de São Paulo – foram os verdadeiros popstars do Churrascão da Gente Diferenciada, realizado neste sábado (14). O protesto irreverente uniu movimentos sociais, agentes da saúde e usuários de crack para protestar contra a Operação Sufoco e mostrar que é possível ocupar o centro com muita arte e cultura.
Neste sábado (14), centenas de pessoas compareceram ao "Churrascão da Gente Diferenciada", entre as esquinas da rua Helvética com a Dino Bueno, na região conhecida como Cracolândia, centro de São Paulo. Nas imagens realizadas pelo jornalista e social mídia Lauri Castro*, colaborador especial do Vermelho, você confere alguns momentos do evento que trouxe, além do churrasco, música e arte para protestar contra a Operação Sufoco.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse neste sábado (14), em um evento no Hospital Heliópolis, que a polícia será mantida na operação da região da cracolândia, onde há grande concentração de usuários de crack e outras drogas, moradores de rua e traficantes
A tal política de combate ao crack pela "dor e sofrimento", inaugurada pelo governo do Estado de São Paulo (aparentemente de forma coordenada com a prefeitura paulista), é mais um capítulo da política higienista que foi a marca dos governos José Serra e Gilberto Kassab na prefeitura da capital, nos últimos quase oito anos.
Por Maria Inês Nassif*
A Polícia Militar ocupou a cracolândia. Ocupou? Por que o uso desse termo militar? Há dois possíveis motivos para isso.
Por Pedro Abramovay*
Quase quatro mil pessoas confirmaram presença no Churrascão de Gente Diferenciada, na região da Luz, conhecida como cracolândia, onde usuários de crack consomem crack nas ruas, no sábado (14), a partir das 16h, na esquina das ruas Helvétia e Dino Bueno. O evento, segundo movimentos que organizam, é para dizer não a Operação Sufoco da Polícia e mostrar que o local pode ser ocupado de maneiras diferentes.