A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) divulgou um novo relatório, nesta quarta-feira (6), sobre os resultados da ofensiva israelense contra a Faixa de Gaza. No mesmo dia, o representante palestino na Organização das Nações Unidas, Riyad Mansour, instou o Conselho de Segurança a adotar uma resolução sobre o massacre dos palestinos. Em menos de um mês de bombardeios, a OLP estima que 1.875 pessoas foram mortas – cerca de 400 são crianças – e 9.567 feridas.
O protesto contra a impunidade dos sucessivos governos israelenses e a inação diante da repetição de massacres, despojo e expulsão dos palestinos levou redes populares a criarem suas alternativas para o julgamento dos responsáveis por crimes de guerra e crimes contra a humanidade. Um exemplo é o Tribunal Russel, ativo desde a década de 1960, mas alternativas populares, como a rede recém-criada na Bolívia, têm tomado força, sobretudo no último período, com a ofensiva contra a Faixa de Gaza.
O silêncio assustador das mais de 400 crianças palestinas assassinadas nas ruas, praias e casas de Gaza, fala mais alto que a propaganda israelense. As mais de dez mil casas destruídas em Gaza destroem para sempre a falsa imagem de Israel, ameaçado e perseguido.
Por Abdel Latif*
Nesta terça-feira (5), Saeb Erekat, o chefe palestino nas negociações, urgiu os partidos e movimentos na Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e fora dela a endossarem a candidatura do Estado da Palestina ao Tribunal Penal Internacional, onde poderá acusar as autoridades israelenses pelos crimes de guerra. No mesmo dia, a OLP divulgou um documento com dados importantes para a compreensão do quadro mais amplo da ofensiva israelense.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
Na madrugada dessa quarta-feira (30), Israel cometeu mais um crime: atacou uma escola da ONU, que abrigava 3.300 refugiados do recente massacre israelense. Mais de 15 palestinos foram mortos, a maioria crianças e mulheres. Há 100 feridos e muitos em estado grave.
Por Abdel Latiff*, para o Vermelho
Nour El Borno tem 21 anos e estuda Literatura Inglesa na Universidade Islâmica de Gaza. Como Youssef Aljamal, ela respondeu ao pedido por algumas palavras sobre a ofensiva de Israel e a repetição da experiência que relataram, junto com outros 15 autores, no livro “Gaza Escreve de Volta”. Seus contos abordaram a ocupação da Palestina, a sobrevivência e a morte, com foco para personagens da última grande ofensiva, em 2008-2009, que matou 1.400 pessoas.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
O lobby israelense nos EUA, Comitê Americano de Relações Públicas de Israel (Aipac, na sigla em inglês) comemora nesta quarta-feira (30) uma resolução aprovada pelo Senado estadunidense para apoiar o governo de Israel na ofensiva contra Gaza. O texto promete mais fundos ao sistema antimíssil israelense e critica o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas por condenar a ofensiva israelense. Na Palestina ocupada, o massacre e a opressão seguem acelerados.
Além dos 5.000 lares de famílias numerosas destruídos, da única planta de energia, poços de água e hospitais abarrotados, as forças israelenses atingem escolas na Faixa de Gaza. O Exército de Israel negou relatos recentes, mas a agência das Nações Unidas no território palestino sitiado voltou a denunciar o bombardeio de uma das suas escolas, na noite terça-feira (29), onde 3.300 pessoas se abrigavam. Ao menos 16 pessoas foram mortas, entre crianças, mulheres e funcionários da agência.
Enquanto a ONU apelava novamente por um “cessar-fogo” devido às “condições críticas na Faixa de Gaza”, com mais de 1.150 mortos, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou nesta segunda-feira (28) que sustentará o massacre dos palestinos. Em discurso, advertiu os israelenses para se prepararem para um “longo conflito”, apesar das graves denúncias de crimes de guerra perpetrados contra os palestinos e dos protestos globais contra a ofensiva.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
Novamente, Israel ataca Gaza. O mais recente capítulo da limpeza étnica que Israel promove continuamente contra os palestinos, há quase setenta anos, tem os mesmos objetivos de sempre.
Por Abdel Latif* para o Vermelho
Nesta segunda-feira (28), a Faixa de Gaza, que entra no feriado islâmico para o fim do Ramadã (Eid al-Fitr), já contava 1.062 pessoas mortas pelos 20 dias de bombardeios israelenses. O maior hospital do enclave palestino, Al-Shifaa, também foi alvo de ataques, de acordo com fontes médicas locais, no domingo (27), e cerca de 10 crianças foram mortas no campo de refugiados Al-Shati. Enquanto isso, aliado incondicional do governo israelense, o presidente dos EUA, Barack Obama, pede "cessar-fogo".
A Organização das Nações Unidas estima que ao menos 1.129 pessoas foram mortas e cerca de 3.500 ficaram feridas no leste da Ucrânia desde que o governo central em Kiev lançou uma operação militar contra os rebeldes da região, em abril, atingindo diretamente os civis. A estimativa foi calculada em um relatório divulgado pela missão de monitoramento da ONU na região e pela Organização Mundial da Saúde.