"A crise durará mais um ano e acabará em 2010". Quem o disse foi Dominique Strauss-Kahn, o ex-diretor geral do FMI, em outubro de 2009, afirmando que os efeitos da crise econômica durariam mais um ano e que se sairia da recessão no primeiro semestre de 2010.
Por Ângelo Alves, no Avante!
O Departamento de Tesouro, que é o Ministério da Fazenda dos Estados Unidos, vai detalhar o que fará com os 100 milhões de cheques que emite todos os meses se o Congresso não aumentar o teto de endividamento público. Isso vai abrir a cortina de um plano mantido em segredo e que pode ter consequências dramáticas para a economia, a nota de crédito dos EUA e a situação política do país.
O governo publicou nesta quarta-feira Medida Provisória (MP) no Diário Oficial que permite a taxação em até 25% sobre operações de derivativos feitas por investidores brasileiros e estrangeiros no país. A medida tem como alvo as operações com derivativos cambiais, que têm grande influência na formação de preços da moeda americana no mercado à vista.
O risco de que os EUA não possam fazer face aos seus pagamentos a partir de dois de agosto é neste momento absolutamente seguro.
Por António Caño
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu nesta quinta-feira (25) que os americanos pressionem seus congressistas a “colocarem a política de lado” e a se comprometerem com um plano “equilibrado” de redução do déficit e aumento do limite de endividamento do país, em um momento em que o impasse se aproxima de uma data crítica
A crise global, desde 2008, passou a enunciar a constituição de outra ordem internacional, uma vez que os chamados países ricos apresentam capacidade crescentemente contida de protagonizar novo padrão de desenvolvimento mundial. Em virtude disso, economias não desenvolvidas, como China, Brasil e Índia, assumem papel convergente e central no dinamismo global.
Por Marcio Pochmann*
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta segunda (25) que o impasse na discussão sobre o aumento do limite de endividamento público dos Estados Unidos “é uma insensatez”. Para ele, governo e parlamentares precisam chegar logo a um acordo porque um possível calote norte-americano poderia causar um “problema muito sério” à economia mundial.
Desde Paris e Estrasburgo, de Berlim e de Frankfurt, meia dúzia de banqueiros exigiu, e os intermediários Nicolas Sarkozy e Angela Merkel repassaram a ordem às gerências títeres de Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha: corte imediato de 5% nos salários dos funcionários públicos da periferia da Europa, aproveitando-se da sigla formada pelas iniciais dos nomes em inglês dos países ora com a corda do déficit público no pescoço: Piigs, ou "porcos", na língua britânica.
A Fitch Ratings vai declarar a Grécia em default (não pagamento) temporário de sua dívida, devido às medidas acertadas num novo pacote de resgate da zona do euro, mas deve assinar os novos ratings com baixo grau especulativo, uma vez que a troca de bônus for concluída, disse a agência de classificação de risco nesta sexta-feira (13).
Os jornais estão repletos de presságios catastrofistas que procuram incutir o medo. São anunciados milhões de euros de prejuízos nas empresas públicas. Assistimos à reposição do velho filme — versão “desvio colossal” — em que o novo Governo descobre um buraco deixado pelo governo anterior, para a seguir aumentar impostos que jurara nunca aumentar.
Por Vasco Cardoso
Ex-presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), Carlos Lessa comenta o delicado momento das economias norte-americana e europeia. Em entrevista, ele não poupa o Banco Central (BC) brasileiro e o caracteriza de "estúpido" por ter se tornado o terceiro maior comprador de títulos da dívida dos Estados Unidos, atrás apenas da China (1º) e do Japão (2º).
Os países imperialistas da Europa protagonizam uma corrida contra o tempo para chegar a um acordo para a crise da dívida. Nesta quarta-feira (20) os líderes da França e da Alemanha, Nicolas Sarkozy e Angela Merkel, encontram-se numa reunião preparatória a dois às vésperas da crucial cúpula europeia que será realizada em Bruxelas.