A economia da zona do Euro mostrou em abril seu maior crescimento dos últimos três anos e sinais de reanimação no mercado trabalhista, assegurou nesta quarta-feira (23) a empresa de consultoria Markit.
A Revolução de Abril portuguesa, que derrubou o regime fascista de António de Oliveira Salazar, comemora o seu 40º aniversário nesta sexta-feira (25), marcado pela ênfase nos valores revolucionários para a luta contra os efeitos dos ataques às conquistas sociais, com políticas de arrocho impostas aos povos dos países europeus mais afetados. Às vésperas da comemoração, o Partido Comunista Português (PCP) emite o comunicado intitulado “Os Valores de Abril no Futuro de Portugal”.
É preciso olhar de frente e sem ilusões: a social-democracia e o socialismo europeus acabaram. Acabaram como utopia, como ideologia e como projeto político autônomo.
José Luís Fiori*, na Carta Maior
Portugueses têm realizado ações enquadradas no contexto das comemorações da Revolução de Abril, a que derrubou um governo ditatorial em 1974, para protestar contra as medidas de "arrocho" impostas pelos credores internacionais e aplicadas pelo governo de direita no país. Em sua última edição, o jornal do Partido Comunista Português (PCP) Avante! ressaltou algumas das manifestações recentes, como a dos pensionistas e idosos e a da juventude.
Em Portugal, parlamentares comunistas apresentaram um projeto que recomenda ao governo a renegociação da dívida pública do país. A iniciativa, de acordo com o presidente do grupo parlamentar do Partido Comunista Português (PCP), João Oliveira, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (3), também propõe políticas de defesa e reforço da produção e do investimento que assegurem o crescimento da economia e combatam o desemprego. A proposta cumpre o compromisso que o PCP assume desde abril de 2011.
A imprensa internacional está a dar destaque aos resultados da extrema direita na primeira volta das eleições locais em França. Tocam a rebate os sinos do “perigo dos extremismos na Europa”. Importa, portanto, conhecer desde já de que realidade estamos a falar, quais as suas causas e como lhe dar real combate.
Por Ângelo Alves*, no jornal Avante!
As drásticas medidas de arrocho na Grécia prejudicaram a criação de postos de trabalho durante 2013, quando aumentou a taxa de desemprego, segundo mostrou nesta quinta-feira a Autoridade grega de Estatísticas (Elstat).
As forças da esquerda portuguesa vêm denunciando a posição de um governo conservador e de direita pelos programas dos credores internacionais, com empréstimos condicionados ao arrocho, contra os direitos sociais e econômicos dos trabalhadores. Para o Partido Comunista Português (PCP), o país está pior do que em 2011, quando o governo assinou o acordo para o resgate financeiro, o “pacto de agressão” com a troika Fundo Monetário Internacional, Banco central Europeu e Comissão Europeia.
Na 11ª visita de avaliação a Portugal, o Fundo Monetário Internacional, a Comissão Europeia e do Banco Central Europeu – a troika de credores que vem minando o Estado de bem-estar social na Europa com medidas de arrocho incisivas – criticou o país em diversos pontos. Os enviados da troika deixam Portugal enquanto, nesta quinta-feira (27), os trabalhadores saíram novamente às ruas para pedir a demissão do governo, sabendo que o programa de “austeridade” pode não terminar na data prevista.
A Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses-Intersindical Nacional (CGTP-IN) convocou diferentes marchas para a quinta-feira (27), na capital de Portugal, Lisboa, e em duas outras cidades, Setúbal e Porto. Trabalhadores e cidadãos foram instados a manifestar-se contra as políticas de arrocho do governo de centro-direita, em acordo com os credores internacionais, enquanto a esquerda denuncia frequentemente o empobrecimento generalizado e a necessidade de alternativas.
“Exatamente 30 anos após a chama olímpica ser acesa em Saraievo, em 1984, a cidade foi novamente incendiada. Nas últimas semanas, manifestantes invadiram prédios do governo em uma demonstração de revolta contra a sua situação social, pobreza rampante, economia moribunda e uma vida política e social estagnadas,” escreve Igor Štiks, pesquisador bósnio-croata, em artigo para o jornal britânico The Guardian.
Na capital portuguesa, Lisboa, e em mais duas dezenas de cidades de todos os distritos e regiões autônomas, o dia nacional de luta levou às ruas milhares de pessoas contra a exploração e o empobrecimento, contra a política de direita e o terrorismo social, pela demissão do governo português e a antecipação das eleições legislativas, por uma ruptura com o memorando da troika de credores internacionais e uma alternativa de esquerda e soberana.