"Se tivesse um pingo de respeito pela opinião pública, o presidente golpista Michel Temer não teria outra alternativa a não ser demitir imediatamente o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, e pedir desculpas ao povo pela comprovada prática de coação e pressão por interesses próprios, dentro do Governo Federal".
Diante do ambiente de crise institucional, instalada devido à interferência da Polícia Federal no Senado que feriu o princípio de separação entre os Poderes e foi motivo de discussão nos últimos dias, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), esclareceu que o fato ocorre enquanto “praticam-se grandes corrupções contra a soberania nacional e contra conquistas sociais e democráticas”.
A mídia brasileira se refugia no fenômeno mundial de enfraquecimento dos jornais e revistas diante da internet para fugir da razão específica que fez com que a crise da mídia no Brasil tivesse sido mais rápida e acentuada: sua perda de prestígio, de credibilidade.
Por Emir Sader*, no Brasil 247
A instabilidade política e econômica em curso no Brasil não é algo genérico. Ela se materializa em uma série de medidas restritivas e de perda de direitos em várias áreas. Trata-se de uma investida coordenada de desmonte do legado da Carta Constitucional de 88, como marco civilizatório.
Por Andrea Caldas, na Carta Maior
Tornou-se impossível recompor o sistema. As crises, cada vez mais intensas e onipresentes, indicam: virá algo muito melhor ou muito pior. É aí que podemos intervir
Por Immanuel Wallerstein (*)
A ADUFC-Sindicato e a Secretaria Regional da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência no Ceará (SBPC) promovem nesta quinta-feira (25/08), às 18h, no auditório da Faculdade de Direito da UFC, a palestra ”Soberania Nacional e a Crise Institucional”, que será proferida pelo ex-ministro Ciro Gomes. O evento é aberto ao público.
A causa da crise brasileira não é fiscal, como alardeiam alguns economistas e o atual governo provisório. A opinião é de Felipe Rezende, professor assistente do departamento de Economia de Hobart e William Smith Colleges, em Genebra. “Essa não é uma crise do setor público, é uma crise do setor privado”, defendeu, em audiência no Senado, na terça (16). A partir deste diagnóstico, ele avalia que um ajuste fiscal – como propõe o interino Michel Temer – não é a solução para os problemas do país.
Renato Janine Ribeiro, ex-ministro da Educação de Dilma e um dos principais filósofos do país, em vídeo, ressalta várias questões da atualidade, como a desigualdade social e a crise política. Para ele, a saída é refazer tudo. “O Brasil foi um país que sempre varreu para baixo do tapete as suas mazelas. Nós convivemos por mais de 400 anos com uma desigualdade social gritante, e que é tão forte que a gente tem que dizer: foi planejado para ser assim. Não é uma coisa que aconteceu por acaso.”
Entre sexta (15) a domingo (17), 500 lideranças estudantis de Diretórios Centrais, Uniões Estaduais e Executivas de Curso se encontram em São Paulo durante o 64º Conselho de Entidades Gerais da UNE (CONEG). O objetivo será discutir com o conjunto do movimento estudantil a crise política, os desafios na Educação e a defesa da democracia. O tema desta edição, “O Brasil se UNE pela democracia”, aglutinará ideias e vai pautar as ruas para as lutas do próximo período.
Há muita matéria comburente no ar e risco de qualquer faísca de um fio desencapado incendiar o ambiente. Refiro-me, para além da crise política interminável, à crise institucional que toma corpo.
Por Walter Sorretino*
Quem atribui a ascensão espantosa da direita no Brasil aos “erros” de Dilma deveria refletir sobre o que está acontecendo no continente Americano. Da Argentina aos EUA, as Américas estão guinando à direita…
Por Eduardo Guimarães*, no Blog da Cidadania
O golpe em andamento no Brasil foi articulado e implementado pelos conglomerados de mídia e entidades patronais associados inicialmente ao PSDB, acolhido pelo judiciário e ministério público, e viabilizado pelo parlamento com uma mãozinha do TCU e da Polícia Federal. De maneira que o jornalismo, ou melhor dizendo, a sua negação, assume um protagonismo indiscutível no movimento autoritário em curso.
Por Celso Schröder*