O DEM pode ter feito, nesta terça-feira (15), uma das últimas convenções nacionais de sua história — cujas origens remontam à antiga Arena do regime militar. A data-chave do DEM é a eleição municipal de 2012, após a qual a oposição deve abrir uma discussão sobre a fusão dos três partidos.
Em política, se é certo que tudo pode acontecer, é igualmente certo que em alguns casos é melhor esperar para conferir – sem precipitações. É o que se dá com a movimentação do prefeito Gilberto Kassab (DEM), de São Paulo, supostamente no sentido de formar nova legenda partidária e, desse modo, transferir-se para a base de apoio ao governo Dilma. No meio do caminho, a interlocução com correntes de esquerda, destacadamente o PSB do governador Eduardo Campos.
Por Luciano Siqueira, no Blog de Jamildo
O senador Agripino Maia (RN) assumiu a presidência do Democratas (DEM) na convenção nacional do partido, nesta terça-feira (15), em Brasília, com a alegada missão de “manter” o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, na legenda. Mas a ausência de Kassab no evento deixou claro que a primeira tarefa de Agripino já nasceu fracassada. Nos bastidores, as falas destoavam dos discursos oficiais: divisão no lugar de união.
A fundação do partido de Gilberto Kassab é a outra face da derrocada do DEM e pode atender ao instinto de sobrevivência de muitos políticos que não querem naufragar com o último herdeiro da ditadura militar.
Por José Carlos Ruy
Em mais uma tentativa de renovação, depois de um longo período de disputas internas e sob ameaça de grande debandada, o DEM elege nesta terça-feira (15) seu novo comando nacional. A expectativa é de se manter como o segundo maior partido de oposição ao governo.
Gilberto Kassab tem hoje bem menos certeza de que o DEM ficará quietinho quando começar a sangria de nomes para a legenda a ser criada pelo prefeito de São Paulo — o PDB (Partido da Democracia Brasileira). A sigla deve completar seu processo de validação em sete meses, como determina a legislação.
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, deixará o Democratas até o dia 30 de março. A decisão deve ser anunciada em meados de março, mas o político já articula a fundação de um novo partido, que será incorporado ao PSB.
A cúpula do Democratas (DEM) fechou nesta quarta-feira (16) um acordo com a ala dissidente em torno do lançamento de candidatura única do senador José Agripino Maia (RN) para presidir o partido a partir de março. Para contemplar o grupo do partido que está insatisfeito com os rumos do DEM, a direção da legenda abriu espaços na chapa para atender a oposição interna. A negociação, porém, excluiu o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.
O DEM aceita abrir espaço na cúpula do partido para aliados do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, caso ele decida manter sua filiação. Apesar da sinalização, feita também para outros dirigentes do grupo minoritário da legenda que defende mudanças no comando do DEM, a direção do partido duvida que Kassab aceite um acordo e continua apostando na sua saída.
Tratado como novo aliado pela presidente Dilma Rousseff, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, deverá enfrentar um batalha jurídica para manter o mandato se trocar o DEM pelo PMDB. Setores dos “demos” já admitem que vão pedir à Justiça a devolução do mandato caso o prefeito leve a ideia adiante.
O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) decidiu, na manhã desta quarta-feira, prorrogar por mais 30 dias o prazo para a conclusão de processo que investiga a suposta participação do ex-procurador de Justiça do Distrito Federal Leonardo Bandarra e da promotora de Justiça Deborah Guerner em esquema de corrupção.
As mais recentes revelações do site WikiLeaks mostram uma faceta do ex-senador Heráclito Fortes que muitos já imaginavam existir. O ex-senador prefere negar, como outros indicados pela WikiLeaks o fizeram.
Por Mário Augusto Jakobskind, no Direto da Redação