O senador Demóstenes Torres (DEM-GO), acusado pela Polícia Federal (PF) de ser sócio de empresas que exploravam jogos ilegais em Goiás, pediu para sair do partido Democratas nesta terça-feira (3). Ele encaminhou uma carta ao gabinete do líder do DEM no Senado e presidente da sigla, José Agripino Maia (RN).
A cúpula do Democratas decidiu nesta segunda (2) pela abertura do processo de expulsão do senador Demóstenes Torres (DEM-GO). Para o presidente do Democratas, senador José Agripino Maia (RN), a saída do senador é dada como certa. Para Agripino, Demóstenes foi “uma decepção” e “dificilmente o partido não tomará essa posição” de expulsá-lo.
Restritas ao noticiário local de Goiânia, as informações sobre uma “minirreforma” no secretariado do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), são o primeiro sinal de que suas ligações com o esquema conjunto do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) e do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, prometem levar a crise para dentro do governo goiano.
Por Leandro Fortes*
O presidente do Democratas (DEM), Agripino Maia (RN), terá nesta segunda (2) "uma conversa definitiva" com o senador e ex-líder do partido no Senado, Demóstenes Torres (GO), para ouvir dele as explicações sobre as denúncias de envolvimento em negócios ilícitos conduzidos pelo empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Gravações da Polícia Federal, divulgadas sexta-feira (30), mostram que o empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, pediu a ajuda ao senador Demóstenes Torres (DEM-GO) para impedir a convocação do empresário Fernando Cavendish, dono da construtora Delta, para depor numa comissão da Câmara, em maio do ano passado.
A abertura de inquérito e a quebra de sigilo bancário de Demóstenes Torres (DEM-GO) já eram procedimentos esperados pelos colegas do senador goiano no Senado. Para o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), a decisão do Supremo Tribunal Federal é consequência dos indícios apresentados pela Procuradoria-Geral da República.
Investigado pela Procuradoria-Geral da República por suspeita de envolvimento com o empresário de jogos ilegais Carlos Cachoeira, o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) disse nesta quarta (28) a pessoas próximas que "está morto" politicamente, mas que não vai renunciar nem se licenciar do cargo. A informação é da Folha de S.Paulo.
O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) pediu afastamento da liderança do DEM no Senado, na tarde desta terça (27), em carta enviada ao presidente nacional da legenda, José Agripino Maia (RN). Acuado pelas denúncias de envolvimento com o contraventor Carlinhos Cachoeira – preso recentemente pela operação Monte Carlo, da Polícia Federal – Demóstenes diz na carta que se afasta para acompanhar "a evolução dos fatos noticiados".
A Polícia Federal tem conhecimento, desde 2006, das ligações do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com o senador Demóstenes Torres, do DEM de Goiás.
Por Leandro Fortes, em Carta Capital
A bancada do PMDB na Câmara dos Deputados anunciou hoje (21) obstrução no plenário em razão da falta de uma data para a votação do Código Florestal. Quem anunciou a obstrução foi o líder do PMDB na Casa, Henrique Eduardo Alves (RN): "O PMDB entra em obstrução, não para radicalizar mas para abrir espaço de negociação". Por enquanto, a decisão foi acompanhada pelo "independente" PSD e pelo oposicionista DEM.
O líder do PT na Câmara, deputado Jilmar Tatto (SP), anunciou apoio à criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as práticas criminosas desvendadas pela Operação Monte Carlo, da Política Federal. A CPI está sendo proposta pelo deputado Delegado Protógenes (PCdoB-SP).
A revista Época, que sempre deu generosos espaços para o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) posar de paladino da ética, acaba de perder mais um entrevistado. O demo foi flagrado em suas intimas relações com um dos maiores corruptos do país, o famoso Carlinhos Cachoeira. O próprio sítio da revista confirmou ontem a denuncia. Só falta agora sair no Jornal Nacional da TV Globo. Será?