"Se eu estivesse em Washington, correria pela Avenida Pennsylvania, desde a Casa Branca até o Capitólio, com uma grande bandeira brasileira, como fazem os jovens que invadem a Avenida Paulista em São Paulo durante uma partida de futebol, gritando 'Gooooool!'". Quem escreve é o economista americano Robert Naiman.* Veja a íntegra.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou na manhã desta segunda-feira (17) que houve acordo sobre a questão da energia nuclear do Irã. O acerto prevê que o Irã entregará 1.200 quilos de urânio à Turquia e receberá 120 quilos do produto enriquecido com monitoramento de organismos internacionais. O acordo entra na história como uma das mais emblemáticas vitórias da diplomacia brasileira e projeta o Brasil e o presidente Lula como protagonistas de primeira linha na política global.
O presidente brasileiro, Luiz Inacio Lula da Silva, está em Moscou nesta quinta-feira (13) e desembarca em Teerã no domingo com uma missão que gera urticárias, principalmente em Washington: achar uma saída negociada e pacífica para a crise nuclear iraniana, desarmando a pressão por sanções, que os Estados Unidos querem para "o quanto antes". A tarefa não é fácil. Mas Lula já obteve o apoio da França e da Rússia, que antes apoiavam a linha dura americana.
O encontro entre os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e do Paraguai, Fernando Lugo, nesta segunda-feira (3) na cidade fronteiriça de Ponta Porã, indicou o desenvolvimento dos dois países como caminho para o combate à criminalidade. "A sorte do Paraguai é a nossa sorte", disse Lula, depois de se reunir a portas fechadas com Lugo.
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, defendeu nesta terça-feira uma possível mediação do Brasil na crise nuclear entre seu país e os Estados Unidos. Em entrevista coletiva dada em Teerã, ele disse que o Brasil é um "bom amigo", que, tal como o Irã, "procura mudar as coisas" e avaliou que os esforços brasileiros de mediação "seriam frutíferos".
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse nesta segunda-feira (15), em Madri que o Brasil continua disposto a mediar o diálogo entre a Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) e o Irã, "respeitando o direito do país de ter seu programa pacífico". Os Estados Unidos e outras potências do Ocidente ameaçam o Irã com sanções devido a seu programa nuclear.
O novo embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, chegou nesta sexta-feira (8) a Brasília. Por oito meses, o Senado norte-americano protelou sua aprovação. Shannon foi indicado pelo presidente Barack Obama em maio do ano passado, mas só em 24 de dezembro de 2009 houve a aprovação pelo Senado. O veto de dois senadores ao nome do diplomata atrasaram a chegada dele.
Quando Lula não apenas discordou da mandatária alemã Ângela Merkel e também disse que as potências atômicas não têm moral para exigir que o Irã não tenha direito ao seu programa nuclear, percebemos novamente como opera a linha editorial subproduto do princípio ideológico do “Eixo do Mal”. Há uma ausência sistemática de sintonia entre o eco internacional positivo das falas presidenciais e o tratamento editorial negativo que a mídia nacional lhe atribui, quase por unanimidade.
Por Beto Almeida*
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, estará no Cairo nos dias 27 e 28 quando se reunirá com o presidente egípcio Hosni Mubarak. Na pauta, além das relações bilaterais, a situação do Oriente Médio. Amorim também terá reuniões com o chanceler Ahmed Aboul Gheit e com o Secretário-Geral da Liga dos Estados Árabes, Amre Moussa.
Em sua última sessão antes do recesso de Natal, depois de votar a reforma da saúde, o Senado dos Estados Unidos aprovou o nome de Thomas Shannon como novo embaixador americano no Brasil. A minoria republicana na Casa deu uma canseira de sete meses na indicação do presidente americano, Barack Obama.
Nos intervalos de suas lides no DEM, o senador Demóstenes Torres (GO) gosta de escrever artigos, com predileção pela política externa. Nesta véspera de Natal (24), ao comentar a Cúpula de Copenhague, conclui que "o problema das cúpulas da ONU" é não terem "hierarquia". E propõe que valham mais os votos dos que chama "países guarda-chuva" – EUA, União Europeia e Japão…
Por Bernardo Joffily
As idéias de Lula sobre política externa, ao contrário do que tentam propagar notórios embaixadores e articulistas da grande imprensa, não apontam para a “partidarização petista" da cúpula do Itamaraty. Pelo contrário, partindo da complexidade do cenário internacional, o governo formula uma agenda que reafirma a soberania da diplomacia brasileira, sem contemporizar com hegemonismos de qualquer ordem.
Por Gilson Caroni Filho, na Carta Maior*