O presidente Hugo Chávez comemorou nesta sexta-feira (30) a votação na Comissão de Relações Exteriores do Senado brasileiro, que aprova a entrada da Venezuela no Mercosul. Chávez disse que a decisão foi a “melhor coisa que o Lula trouxe” – referindo-se à visita do presidente brasileiro.
A visita a Brasília do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, marcada para o dia 23 dde novembro, motivou um duro ataque de Eliot Engel, líder da Subcomissão de Hemisfério Ocidental da Câmara dos Representantes dos EUA. Ele pediu que a Casa Branca "deixe claro" que a visita do "ditador" ao Brasil "é um erro". Em reunião com Engel, o embaixador brasileiro em Washington, Antonio Patriota, repeliu a intromissão.
Em comemoração pelo 60º aniversário da Revolução Chinesa, dirigentes do PCdoB, PT e PSB debaterão com o embaixador chinês no Brasil, Qiu Xiaoqi, “A China ontem e hoje”. O evento será na sede do PT em Brasília, na próxima segunda-feira (26).
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva exemplificou com o golpe de Honduras para defender uma reforma que fortaleça os organismos multilaterais. “Em Honduras, o que a OEA (Organização dos Estados Americanos) fez? Fez as reuniões, tomou as decisões, e simplesmente o golpista não atendeu a nada", argumentou Lula, ao comentar para a imprensa a escolha do Brasil para o Conselho de Segurança da ONU, nesta quinta-feira (15).
O Brasil foi eleito nesta quinta-feira (15) pela Assembleia Geral das Nações Unidas membro não-permanente do Conselho de Segurança da ONU. Foram 182 votos e nenhum contrário, de um total de 183 países votantes. É a décima vez que o Brasil ocupa um assento eletivo no Conselho – frequência só igualada pelo Japão. O país permanece em campanha por uma cadeira de membro permanente, dentro de uma reforma que democratize o Conselho de Segurança.
Os negociadores do diálogo em Honduras anunciaram nesta quarta-feira (14) que "consensuamos um texto sobre o ponto 6" do Pacto de San José", que trata da recondução do presidente eleito, Manuel Zelaya. Ainda é preciso o aval do usurpador Roberto Micheletti, que refuga. Mas tudo indica que é o começo do fim do golpe de 28 de junho. Caso se confirme, será um gol de placa da democracia na América Latina: gol de Zelaya, numa jogada onde o Brasil teve um papel chave.
Por Bernardo Joffily
O chanceler Celso Amorim passou a tarde desta terça-feira (29) debatendo com senadores a crise em Honduras e a situação "única e singular" do presidente Manuel Zelaya, abrigado desde o dia 21 na embaixada brasileira em Tegucigalpa. Otimista, Amorim defendeu que a atitude brasileira, ao abrigar Zelaya, "reconduz à retomada do diálogo".
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, descreveu as ameaças à Embaixada do Brasil em Tegucigalpa como "inaceitáveis" e "intoleráveis". Ele disse, durante entrevista coletiva na sede da entidade em Nova York, nesta terça-feira (29), que está "profundamente preocupado" pelos últimos acontecimentos em Honduras.
A pressão internacional sobre o governo de facto de Honduras ainda não foi "suficientemente forte" para resolver a grave crise no país, disse nesta segunda-feira o assessor para assuntos internacionais do governo brasileiro, Marco Aurélio Garcia. Ele criticou uma declaração do representante interino dos Estados Unidos na OEA (Organização dos Estados Americanos), taxando de "irresponsável" o retorno do presidente Manuel Zelaya a Tegucigalpa.
"O Brasil não irá tolerar um ultimato de um governo golpista", disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse neste domingo (27), rechaçando o prazo de dez dias dado pelo regime militar de Honduras para o Brasil definir o status do presidente constitucional hondurenho, Manuel Zelaya. Lula fez a afirmação numa entrevista coletiva em Porlamar, na Venezuela, onde participa da Cúpula América do Sul-África.
O governo golpista de Honduras deu prazo de dez dias para que o Brasil defina o status do presidente deposto Manuel Zelaya, que está abrigado na embaixada brasileira, em Tegucigalpa, desde segunda-feira (21) . Em nota da sua Secretaria de Relações Exteriores, transmitida em cadeia de TV na noite de sábado (26), os golpistas ameaçam com "medidas adicionais" caso o Brasil não se curve. O Itamaraty respondeu que não reconhece o ultimato.
O discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na ONU, denunciando os golpistas de Honduras, trouxe a memória o sindicalista Lula de quatro décadas atrás. A análise é do jornalista baiano Vitor Hugo Soares, no texto A camiseta de Lula e a ONU, no Terra Magazine.*