A questão dos Direitos Humanos surge em tonalidades diversas nos "discursos" da direita brasileira, tão entusiasmada pela vitória do presidente eleito, Jair Bolsonaro.
Por Alexandre Weffort*
Em entrevista à Rádio Eldorado nesta quarta-feira (31), o futuro ministro da Defesa do governo Jair Bolsonaro, general Augusto Helena, não quis falar como titular da pasta, mas fez considerações sobre como acredita que o governo deve funcionar e defendeu que a pasta de Direitos Humanos seja tratada de forma diferente de como é tratada atualmente.
A Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, disse nesta segunda-feira que vigiará o respeito aos direitos humanos no Brasil após a vitória do candidato Jair Bolsonaro (PSL) nas eleições presidenciais
Pela internet, a atriz Regina Duarte difundiu uma mentira comparando o que chamou de “bolsa-presidiário” ao valor do salário mínimo.
Por José Carlos Ruy*
Após o anúncio da vitória de Jair Bolsonaro nas urnas neste domingo (28), a Anistia Internacional afirmou em nota que o discurso anti-direitos usado frequentemente por Bolsonaro não pode se tornar uma política governamental durante seu mandato. Para a entidade, a eleição do capitão da reserva representa um ‘enorme risco’ para as minorias, mulheres, jovens negros ativistas e organizações da sociedade civil.
Por Verônica Lugarini
O Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) manifestou preocupação nesta sexta-feira (19) com o acirramento da violência estimulada pela disseminação de fake news – notícias falsas – durante as eleições 2018.
O ex-secretário de Direitos Humanos, Paulo Sérgio Pinheiro, foi entrevistado, neste sábado (13), pelo site “Tutaméia” e alertou para os riscos apresentados pela candidatura de Bolsonaro ao Brasil. Afirmou que o discurso do candidato de extrema direita “é um indicador do nível de violência que estamos vendo”. Diante dessa possibilidade, afirmou que não podemos ficar neutros. Veja a entrevista na íntegra:
A organização Anistia Internacional considera que o uso de armas nos Estados Unidos, que provoca mais de 30 mil mortos por ano, deve ser encarado como um problema de direitos humanos e não apenas de saúde pública
Adotada após a Segunda Guerra Mundial, a Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU é considerada um marco legal na institucionalização desses direitos. Idealizado por representantes das esferas cultural e jurídica, o documento, que completa 70 anos em 2018, tem encontrado forte resistência e gerado debates acalorados no Brasil nos últimos anos.
Uma pesquisa do Instituto Sou da Paz aponta que a maioria dos jovens infratores que cumpriram pena sócio-educativa não frequentavam a escola e poucos deles conseguem emprego após terem passado pela Fundação Casa. Os dados constam do estudo Aí Eu Voltei Para o Corre – Estudo da Reincidência Infracional do Adolescente no Estado de São Paulo, divulgado nesta semana, que analisou a eficácia das ações daquela entidade no ressocialização dos menores.
Procuradores recorreram de duas decisões judiciais que rejeitaram denúncias contra agentes da repressão. E afirmam que a Lei de Anistia não pode impedir investigações sobre crimes de lesa-humanidade.
O Brasil ocupa o quarto lugar no ranking de países com maior número de pessoas presas, atrás apenas de Estados Unidos, China e Rússia. O dado foi apresentado em 2015 pelo Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen), do Ministério da Justiça. Em junho de 2016, ainda segundo o Infopen, o número de pessoas encarceradas no Brasil chegou a mais de 726 mil.