Imagens até agora inéditas do corpo do guerrilheiro Ruy Carlos Vieira Berbert, desaparecido em janeiro de 1972, aos 24 anos, revelam que, por duas décadas, três governos militares e dois civis sabiam de sua morte numa cadeia de Natividade, hoje município do interior do Tocantins, e nunca informaram o fato a seus parentes.
Ficha de Chico Buarque emerge dos porões da ditadura. Documentos liberados à consulta no Arquivo Nacional revelam como militares monitoravam compositor na ditadura
Para quem tem dinheiro ou diploma, a prisão política pode até ser uma medalha, tem algo de heroico. Mas para as pessoas humildes, como ele, que não se metia em política, a prisão é sempre uma humilhação
Por José Ribamar Bessa Freire, do Taqui Pra Ti
A revelação de que a presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram espionados pelos órgãos de inteligência, mesmo após a redemocratização do país (durantes os governos de José Sarney e Fernando Collor), “causou surpresa e desagrado” ao Palácio do Planalto. A afirmação foi feita nesta sexta-feira (6), pelo ministro Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência da República.
A deputada Luiza Erundina (PSB-SP), presidente da Comissão Parlamentar da Verdade afirmou que a tortura não pode ser resolvida com perdão, mas com punição. “Não se trata de uma vontade pessoal, mas de uma demanda da sociedade”, disse. A declaração foi dada durante o Seminário Internacional Operação Condor, promovido pela comissão, esta semana, em Brasília.
O presidente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, Paulo Abrão, quer que o governo brasileiro solicite aos Estados Unidos a liberação de todos os documentos que façam referência à ditadura militar brasileira entre 1964 e 1988. A declaração foi feita durante os debates do Seminário Internacional Operação Condor, realizado pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara, esta semana, em Brasília.
A Justiça do Chile condenou o ex-chefe da Direção de Inteligência Nacional (Dina), a polícia secreta da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), Manuel Contreras, a 10 anos de prisão pelo desaparecimento de dois opositores ao regime.
Em descontraída entrevista ao programa Ideias e Debates da Rádio Vermelho, Luiz Manfredini falou sobre o laçamento do seu livro Memória de neblina, que a partir de uma olhar literário retrata um dos momentos mais nebulosos de nossa história, a ditadura militar. Além disso, o comunista falou sobre a importância dos quadros do Partido na construção política do nosso país.
O advogado e professor Martin Almada, do Paraguai, diz que a constituição e bom funcionamento da Comissão da Verdade em todos os países é muito importante para “cortar as asas do Condor”. Ele participa, nesta quinta-feira (5), do Seminário Internacional Operação Condor, promovido pela Comissão Parlamentar da Verdade, ligada à Comissão de Direitos Humanos da Câmara.
O juiz federal da Argentina, Daniel Rafecas, afirmou que já foram identificadas dez mil vítimas da ditadura militar no país, durante a Operação Condor, na década de 1960. Ele afirmou que essas vítimas foram identificadas com a abertura de mil processos contra pessoas que atuaram na operação. Já o jornalista uruguaio Samuel Blinxen afirmou que houve retrocesso no Uruguai com relação à investigação da Operação Condor.
O presidente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, Paulo Abrão, disse nesta quarta-feira (4), no seminário sobre a Operação Condor iniciado na Câmara dos Deputados, que a sociedade precisa estar sempre vigilante e buscar entender as causas e o funcionamento das ditaduras para evitar que momentos de repressão da ordem democrática voltem a ocorrer.
A mobilização da sociedade é que vai permitir a apuração e punição dos crimes de tortura, morte e desaparecimento cometidos por agentes públicos aos presos políticos durante a ditadura militar no Brasil. A opinião foi manifestada pela presidente da Comissão Parlamentar da Verdade, deputada Luiza Erundina (PSB-SP), na abertura do seminário internacional sobre a Operação Condor, que ocorre na quarta e na quinta-feira (4 e 5) na Câmara.