O advogado e professor Martin Almada, do Paraguai, diz que a constituição e bom funcionamento da Comissão da Verdade em todos os países é muito importante para “cortar as asas do Condor”. Ele participa, nesta quinta-feira (5), do Seminário Internacional Operação Condor, promovido pela Comissão Parlamentar da Verdade, ligada à Comissão de Direitos Humanos da Câmara.
O juiz federal da Argentina, Daniel Rafecas, afirmou que já foram identificadas dez mil vítimas da ditadura militar no país, durante a Operação Condor, na década de 1960. Ele afirmou que essas vítimas foram identificadas com a abertura de mil processos contra pessoas que atuaram na operação. Já o jornalista uruguaio Samuel Blinxen afirmou que houve retrocesso no Uruguai com relação à investigação da Operação Condor.
O presidente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, Paulo Abrão, disse nesta quarta-feira (4), no seminário sobre a Operação Condor iniciado na Câmara dos Deputados, que a sociedade precisa estar sempre vigilante e buscar entender as causas e o funcionamento das ditaduras para evitar que momentos de repressão da ordem democrática voltem a ocorrer.
A mobilização da sociedade é que vai permitir a apuração e punição dos crimes de tortura, morte e desaparecimento cometidos por agentes públicos aos presos políticos durante a ditadura militar no Brasil. A opinião foi manifestada pela presidente da Comissão Parlamentar da Verdade, deputada Luiza Erundina (PSB-SP), na abertura do seminário internacional sobre a Operação Condor, que ocorre na quarta e na quinta-feira (4 e 5) na Câmara.
Nos anos 1990, na vigência da democracia e com presidente eleito por voto direto, os órgãos de informação do governo continuaram monitorando pessoas, partidos e movimentos sociais, entre outros alvos.
O cemitério de Perus, onde os torturadores enterraram tantos heróis, vai ficar conhecido como a Colina dos Mártires. João Amazonas pronunciou essas palavras para definir o Cemitério dom Bosco, em Perus, um dos locais em que muitas vítimas fatais da barbárie que tomou conta do país com o regime de 1964 foram sepultadas em São Paulo.
Documentos secretos produzidos pelo extinto Estado-Maior das Forças Armadas (Emfa) durante a ditadura militar revelam que o governo brasileiro forneceu armamentos militares ao Chile para a repressão interna no regime do general Augusto Pinochet (1973-1990).
Uma equipe multidisciplinar, encabeçada pelo juiz Horacio Cattani conseguiu a identificação de quatro jovens desaparecidos na década de 70, pela ditadura militar argentina. A formalização deste processo foi realizada pela Câmara Federal de Apelações no Criminal e no Correcional da Capital Federal, que identificou estas pessoas e cujos corpos tinham sido sepultados como NN. Os restos identificados foram entregues as suas famílias, informou o Centro de Informação do Poder Judiciário.
O Ministério da Defesa informou na tarde desta sexta-feira (29), que localizou em seu arquivo documentação sigilosa produzida ou acumulada pelo extinto Estado-Maior das Forças Armadas (EMFA) entre 1946 a 1991. Em nota, o Ministério explica que esses arquivos foram encontrados durante levantamento realizado para atender as determinações da lei de Acesso à Informação.
O livro 68 a geração que queria mudar o mundo, lançado em agosto de 2011, é um calhamaço de 690 páginas que, em vez de assustar pelo peso e volume, deixa em toda a gente um fascínio. Explico, ou tento explicar. De agora em diante, ele será um volume de consulta obrigatória, para que não se cometam mais tantos atentados à história e à verossimilhança em telenovelas, peças e filmes no Brasil, quando o assunto for ditadura.
Por Urariano Mota
A presidenta da Comissão da Verdade da Câmara, deputada Luíza Erundina (PSB-SP), disse nesta segunda (29) que os debates que ocorrerão em meio ao Seminário Internacional Operação Condor, marcado para os dias 4 e 5 de julho, podem trazer à tona informações sobre desaparecidos políticos no período da ação, ocorrida nos anos 1960.
Documentos do Arquivo Nacional guardam dossiê produzido pelo regime militar contra Angelo Pezzuti, principal líder do Comando de Libertação Nacional (Colina), conhecido como Gabriel e Cabral.