A ditadura militar na Argentina (1976-1983) não só cometeu crimes contra a humanidade, como também tentou ocultá-los. Os abusos perpetrados durante esse período da história do país estão ressurgindo e mostrando seu horror. O Centro de Informação Judicial (CIJ) revelou na semana passada a descoberta de uma nova vala comum no ex-arsenal Miguel de Azcuénaga em Tucumán, no norte do país. No dia seguinte, fotografias e documentos provando a existência dos “voos da morte” vieram a público.
Apesar dos avanços dos governos progressistas na América Latina nos últimos tempos, é notória a articulação das forças direitistas com intenção de plantar golpes de Estado e crises internas nos países da região para acabar com o sonho democrático e integracionista que vem sonhando o continente. Para falar sobre os planos da ultradireita latino-americana e analisar a atual conjuntura política do continente, o Observatório Sociopolítico Latino-Americano entrevistou a jornalista Stella Calloni.
No subsolo do prédio do Arquivo Nacional, em Brasília, centenas de caixas de papelão catalogadas guardam documentos que sobreviveram à desativação do Departamento de Censura de Diversões Públicas, em 1988. Entre as preciosidades, todas agora disponíveis para consultas, um parecer chama a atenção. No documento datado de 30 de dezembro de 1975, um censor propõe veto ao livro Dez Estórias Imorais, de Aguinaldo Silva.
Por Ana Ferraz, em Carta Capital
O Centro de Memória da Bahia apresenta na próxima sexta-feira (16/12), às 18h, no Palácio Rio Branco, no Centro de Salvador, o projeto “Memórias Reveladas das Lutas Políticas na Bahia”, iniciativa que representa um esforço nacional de recuperação da memória da resistência à Ditadura Militar. O evento contará com a presença de políticos como Waldir Pires, Emiliano José, Carlos Barros, Fábio Paes, Muniz Ferreira e Joviniano Neto, além do historiador Ubiratan Castro.
Juan Gelman não é só um dos maiores poetas contemporâneos, como também um incansável militante da causa contra o esquecimento dos crimes cometidos pelas ditaduras militares que ensanguentaram o cone Sul nos anos 70 e 80. O filho e a nora foram assassinados pelas ditaduras na Argentina e no Uruguai. A neta foi roubada por militares. Em entrevista, ele fala sobre sua busca por verdade e justiça, defende as comissões da verdade e fala da participação do Brasil na Operação Condor.
O restos mortais do hispano-venezuelano Miguel Sabat Nuet, morto sob tortura em 1973 pelo sistema de repressão da ditadura militar brasileira (1964-1985), foram entregues nesta segunda-feira (12) à sua família.
Os parentes de desaparecidos políticos entregaram nesta sexta-feira (9) cerca de 20 representações ao Ministério Público Federal (MPF) sobre os casos de desaparecimentos forçados durante a ditadura militar. Os parentes pediram o fim da impunidade dos responsáveis pelas torturas e mortes dos ativistas políticos, durante audiência pública na 2ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF.
O cartunista Ziraldo afirmou esperar que a Comissão da Verdade, que deve começar seus trabalhos em breve, traga esclarecimentos à população brasileira sobre os crimes cometidos durante a ditadura no país.
Familiares, amigos, companheiros de luta e defensores da democracia lotaram o Teatro Vila Velha, em Salvador, na última segunda-feira (5/12), para celebrar o centenário de Carlos Marighella e ouvir o Estado Brasileiro pedir perdão ao líder guerrilheiro perseguido, preso e morto pelo regime militar. Este vídeo do Vermelho Bahia mostra um pouco do que foi esta sessão histórica da 53ª Caravana da Anistia.
Depois de dois dias, a 53ª Caravana da Anistia encerrou os trabalhos nesta terça-feira (6/12), em Salvador, com o julgamento de 17 processos e pedido de perdão aos presos e perseguidos políticos ou à sua família, como aconteceu no caso de Carlos Marighella, anistiado "post mortem" na segunda-feira. Com a anistia, o Estado Brasileiro reconhece oficialmente os erros cometidos contra os militantes, que lutaram contra duas ditaduras: o Estado Novo (1937- 1945) e o Regime militar (1964-1985).
A revista Época nº 706 traz uma boa reportagem sob o nome de “Os infiltrados da ditadura”. Antes de continuar, é bom esclarecer que a reportagem é boa pelo assunto e por alguma verdade que deixa escapar, apesar da pauta e direção da revista. O fato é que, num surto de bom tema, a reportagem traz a público os perfis breves de cinco agentes do Centro de Informações da Marinha, que se infiltraram na resistência à ditadura.
Por Urariano Mora*
A Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado do Ceará (Sejus) instala nesta terça-feira (06), no auditório da instituição (Rua Tenente Benévolo, 1055, Meireles) o Comitê Estadual de Prevenção e Combate à Tortura, dando posse aos seus membros e promove o lançamento de uma cartilha com orientações sobre o tema.