O cartunista Ziraldo afirmou esperar que a Comissão da Verdade, que deve começar seus trabalhos em breve, traga esclarecimentos à população brasileira sobre os crimes cometidos durante a ditadura no país.
Familiares, amigos, companheiros de luta e defensores da democracia lotaram o Teatro Vila Velha, em Salvador, na última segunda-feira (5/12), para celebrar o centenário de Carlos Marighella e ouvir o Estado Brasileiro pedir perdão ao líder guerrilheiro perseguido, preso e morto pelo regime militar. Este vídeo do Vermelho Bahia mostra um pouco do que foi esta sessão histórica da 53ª Caravana da Anistia.
Depois de dois dias, a 53ª Caravana da Anistia encerrou os trabalhos nesta terça-feira (6/12), em Salvador, com o julgamento de 17 processos e pedido de perdão aos presos e perseguidos políticos ou à sua família, como aconteceu no caso de Carlos Marighella, anistiado "post mortem" na segunda-feira. Com a anistia, o Estado Brasileiro reconhece oficialmente os erros cometidos contra os militantes, que lutaram contra duas ditaduras: o Estado Novo (1937- 1945) e o Regime militar (1964-1985).
A revista Época nº 706 traz uma boa reportagem sob o nome de “Os infiltrados da ditadura”. Antes de continuar, é bom esclarecer que a reportagem é boa pelo assunto e por alguma verdade que deixa escapar, apesar da pauta e direção da revista. O fato é que, num surto de bom tema, a reportagem traz a público os perfis breves de cinco agentes do Centro de Informações da Marinha, que se infiltraram na resistência à ditadura.
Por Urariano Mora*
A Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado do Ceará (Sejus) instala nesta terça-feira (06), no auditório da instituição (Rua Tenente Benévolo, 1055, Meireles) o Comitê Estadual de Prevenção e Combate à Tortura, dando posse aos seus membros e promove o lançamento de uma cartilha com orientações sobre o tema.
Antes tarde do que nunca. Depois de 42 anos o Estado Brasileiro finalmente pediu desculpas aos familiares de Carlos Marighella pela sua execução no dia 4 de novembro de 1969 em uma emboscada em São Paulo. A anistia ao líder guerrilheiro foi aprovada por unanimidade durante a primeira sessão da 53º Caravana da Anistia realizada nesta segunda-feira (5/12), no teatro Villa Velha, em Salvador, cidade onde nasceu e começou sua militância política. A data também marca o centenário de Marighella.
Uma foto inédita da presidente Dilma sendo interrogada em um tribunal da ditadura militar foi publicada pela revista Época neste sábado (3). Imediatamente foi reproduzida por milhares de usuários das redes sociais, principalmente no Facebook.
A documentação Rede de informações e Contrainformação do Regime Militar no Brasil (1964-1985), que integra o acervo do Arquivo Nacional recebeu o certificado internacional do Programa Memória do Mundo, da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).
Entre 1970 e 1988, durante a última ditadura militar no Brasil, mais de 140 livros nacionais chegaram a sofrer censura prévia. A partir do estudo dos atos censórios do Departamento de Censura e Diversões Públicas (DCDP), uma pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP) sistematizou pela primeira vez uma listagem das obras de ficção censuradas, além de identificar e analisar, a partir de alguns casos particulares, os mecanismos de censura utilizados.
Documento que chegou às mãos do deputado estadual Carlos Gianazzi (PSOL-SP), durante a audiência pública que aconteceu na segunda-feira (28), na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), sobre a presença da Polícia Militar (PM) no campus da Universidade de São Paulo (USP), aponta que reuniões do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), e da Associação dos Docentes da USP (Adusp), teriam sido monitoradas. Não foi revelado quem estaria no comando desse monitoramento.
O Tribunal Regional Federal da 3ª Região (São Paulo) decidiu que os militares acusados de torturar presos políticos na Operação Bandeirante (Oban) durante a ditadura militar (1964-1985) não podem ser condenados. O TRF entende que os crimes de lesa-humanidade cometidos durante o período prescreveram.
A ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência, Maria do Rosário, disse nesta segunda-feira (28) que civis e militares que participaram de tortura, desaparecimento e morte na ditadura militar devem ficar "atentos e contribuir para que a verdade venha à tona". Ela declarou que o Estado não impedirá que vítimas de violação de direitos humanos busquem seus direitos na Justiça.