Prisões ilegais, tortura, morte e desaparecimento de pessoas. O terror implantado pelas ditaduras militares na América Latina, entre 1964 e 1990, e a narrativa dos "anos de chumbo" no Brasil são tema de uma exposição aberta no Congresso Nacional, nesta quinta-feira (20).
Foi há 50 anos, mas as marcas do golpe militar, que deu na ditadura de 1964 a 1984, seguem vivas na memória – e na pele – de muitos brasileiros. O cerco político sofrido pelo então presidente da República, João Goulart (Jango), e detalhes da repressão, na cidade e no campo, foram contados pelo programa Caminhos da Reportagem, da TV Brasil, nesta quinta-feira, no primeiro episódio da série "1964 – Um Golpe na Democracia".
"Sentimento de orgulho cidadão" – assim a filha do deputado Rubens Paiva, Vera Paiva, definiu o que a família sentiu ao ouvir um discurso inédito do então deputado, feito na madrugada do dia 1º de abril de 1964 (com o golpe militar em andamento desde o dia anterior), na Rádio Nacional do Rio de Janeiro.
Entre os documentos estão cerca de 280 atas secretas de reuniões das cúpulas que integravam as juntas militares, além de listas com nomes de intelectuais e artistas como Julio Cortázar, Mercedes Sosa e Agustín Rossi
A Comissão da Anistia do Ministério da Justiça realizou na semana passada, em Recife (PE), o “Congresso Internacional 50 anos do Golpe e a Nova Agenda da Justiça de Transição no Brasil”. Dentre outras atividades, durante este evento ocorreu a primeira audiência pública de prestação de contas das Clínicas do Testemunho.
Por Dario de Negreiros e Rafael Schincariol, especial para o Viomundo
Cercado, ele, que engraçado, logo agora que o outro Samuel vinha rindo, de frente para ele, e esse Samuel ele compreendia, e como, era um homem cônscio de sua consciência, o melhor Samuel que ele, o Samuel cercado, poderia ser.
Por Urariano Mota
A Comissão Especial da Verdade da Assembleia Legislativa do Estado (AL-BA) vai devolver, simbolicamente, os mandatos de 13 deputados estaduais cassados durante a ditadura militar (1964-1985), em uma sessão especial no próximo dia 31. A data faz referência ao 31 de março de 64, dia em que foi aplicado o golpe dos militares, que completa 50 anos em 2014.
Três horas de julgamento bastaram para que um tribunal temporariamente instalado no Teatro Tuca, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, reunisse cinco décadas de luta pela memória, verdade e justiça no país e condenasse politicamente a interpretação oficial da Lei Nº 6.683, conhecida como Lei de Anistia.
O presidente da Câmara, deputado Henrique Alves (PMDB-RN), disse nesta terça-feira (18) que o general reformado José Antônio Nogueira Belham será convidado a depor na Casa para esclarecer sobre a localização dos restos mortais do ex-deputado Rubens Paiva, morto em 1971, após ser torturado pelas forças militares. O convite ao general será feito pelas comissões de Direitos Humanos (CDH); de Constituição e Justiça (CCJ); e de Relações Exteriores.
Em 31 de março, data em que o golpe de 1964 completa 50 anos, prefeituras de Minas Gerais pretendem realizar ações de impacto. O objetivo é excluir homenagens aos políticos desse período, que participaram de torturas e mortes de brasileiros. Com a mesma intenção, deputado estadual pede a mudança dos nomes de ruas de Belo Horizonte e também do “Mineirão”.
Hoje, quando abrimos jornais, ouvimos o rádio e vemos as TVs comerciais, o retrato é de um país à beira do abismo, tudo vai mal. Situação de quase pleno emprego, milhões de pessoas retiradas da miséria pelo Bolsa Família, pacientes atendidos em cidades que nunca haviam visto um médico antes são apenas alguns exemplos do Brasil ignorado pelo jornalismo “independente”.
Por Laurindo Lalo Leal Filho*
"Nunca Mais Brasilientage" ocorre de março a novembro em cidades alemãs e também no Rio e em São Paulo. Programação inclui debates, palestras, mostra de filmes e exposições.