Camaradas, o que podemos fazer para marcar lindamente esse ano, a 12 de abril, o 41º aniversário da Guerrilha do Araguaia? Será que dava pra promover debates? Será que as pessoas sabem o preço em vidas que o pequenino PCdoB pagou para a democracia brasileira existir? Qual o peso do PCdoB na lista de mortos(as) e desaparecidos(as) da Ditadura que esperam Verdade e Justiça?
Por Paulo Vinicius*
A partir de quantos lugares é possível olhar a tragédia da ditadura militar argentina que arrasou o país entre 1976 e 1983? Quantos filmes já foram feitos para abordar e processar a dor e quantos ainda restam para serem feitos?
Por Oscar Guisoni*, na Carta Maior
A Comissão Estadual da Verdade de São Paulo ouviu nesta sexta-feira (12) os depoimentos de parentes de desaparecidos políticos que participaram da Guerrilha do Araguaia, grupo armado de resistência à ditadura militar instalado no Pará na década de 1970. Foram discutidos os casos de nove militantes nascidos em São Paulo ou que tiveram atuação no estado.
Os arquivos e prontuários do extinto Departamento Estadual de Ordem Política e Social de São Paulo (Deops), órgão de repressão do país no período da ditadura, podem ser acessados na internet. Ao todo, cerca de 1 milhão de páginas de documentação foram digitalizadas.
Em reportagem do portal UOL Esporte desta quinta-feira (11), o atual presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, tem sua vida pregressa na política revelada através de documentos da ditadura. Sua ligação com a ala mais radical do governo militar na época, além de conexões com órgãos de vigilância e de repressão são divulgados, fortalecendo a campanha por sua saída do posto de presidente da entidade.
O Ministério Público Federal (MPF) vai encaminhar ao Superior Tribunal de Justiça uma denúncia contra o coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra e o delegado Dirceu Gravina, ainda na ativa na Polícia Civil de São Paulo. É a primeira vez que uma denúncia contra agentes da ditadura militar poderá ser analisada pelo STJ.
A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) convidou o Comitê Baiano pela Verdade e o Grupo Tortura Nunca Mais para audiência que discutirá as atividades de investigação dos crimes cometidos durante a ditadura militar. O requerimento, feito pelo deputado Marcelino Galo (PT), foi aprovado na terça-feira (9/4), durante reunião da bancada. A audiência, ainda a ser agendada, contará com as presenças dos coordenadores das entidades, Joviniano Neto e Diva Santana.
Abro aspas: "Queremos prestar nossos melhores cumprimentos a um homem que, de há muito, vem prestando relevantes serviços à coletividade, embora nem sempre tenha sido feita justiça ao trabalho (…) Queremos trazer nossos cumprimentos e dizer do nosso orgulho em contar na polícia de São Paulo com o delegado Sérgio Paranhos Fleury".
Por Ivo Herzog*
Documentos mostram que o ex-diretor da Polícia Federal brasileira, general Nilo Caneppa Silva efetuou prisões e extradições ilegais a pedido do departamento anti-drogas americano (DEA). No dia 17 de outubro de 1973, o embaixador americano no Brasil, John Crimmins, escreveu um telegrama confidencial urgente ao Departamento de Estado chefiado por Henry Kissinger.
De acordo com reportagem desta terça-feira (9) publicada no jornal Folha de S.Paulo, a Fifa quer tirar o presidente da CBF, José Maria Marin, da presidência do Comitê Organizador Local (COL), órgão responsável pela organização da Copa de 2014.
Peritos da Polícia Federal exumaram nesta terça-feira (9), no Cemitério de Inhaúma, na zona norte, a ossada que seria do militante de esquerda Alex de Paula Xavier Pereira, morto aos 22 anos por agentes do regime militar em 1972, em São Paulo. Os peritos coletaram fragmentos do fêmur e do úmero, além de dentes, para submeter a exame de identificação.
Em longa conversa, em Salvador, há poucos meses, Waldir Pires e eu relembramos alguns companheiros de exílio, como Darcy Ribeiro e Leonel Brizola – além, é claro, da personalidade afável e sempre solidária de João Goulart. Retorno a esse encontro, agora, diante do comovido protesto de Marcelo Rubens Paiva contra a nomeação de um desembuçado defensor do regime militar para o círculo íntimo de poder do governo de São Paulo.
Por Mauro Santayana, no Jornal do Brasil