Eduardo Cunha (PMDB-RJ) convocou coletiva de imprensa para anunciar a renúncia à presidência da Câmara dos Deputados. Afastado do cargo desde 5 de maio por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que também suspendeu seu mandato parlamentar por tempo indeterminado por conta das investigações da Lava Jato, Cunha fez o anúncio da decisão em um pronunciamento no Salão Verde da Câmara.
De acordo com informação publicada pelo jornal Folha de S. Paulo nesta quarta-feira (6), o relator do recurso de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o deputado Ronaldo Fonseca (Pros-DF) acertou com Michel Temer (PMDB) a indicação para a Direção Geral do Arquivo Nacional de José Ricardo Marques antes de propor que seja feita uma nova votação, no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, do processo que decidiu pela cassação do mandato de Cunha.
A Petrobras encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um documento afirmando que o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), teria se locupletado do dinheiro desviado de contratos da estatal.
Parlamentares rechaçaram o parecer apresentado pelo deputado Ronaldo Fonseca (Pros-DF) que atende ao recurso de Eduardo cunha (PMDB-RJ), presidente afastado da Câmara, e anula a votação no Conselho de Ética que foi favorável à cassação do parlamentar por quebra de decoro.
O relator na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o deputado Ronaldo Fonseca (Pros-DF), responsável pelo recurso de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) sobre a votação do relatório do Conselho de Ética que decidiu pela cassação do mandato, recomendou a anulação da votação do caso de Cunha.
Ronaldo Fonseca (Pros-DF), relator do recurso do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), contra o processo disciplinar no Conselho de Ética, entrega parecer lacrado e sessão é marcada para quarta-feira (6). Manobra é criticada por parlamentares.
Por Christiane Peres, do PCdoB na Câmara
Prestes a ser cassado pela Câmara dos Deputados por quebra de decoro, o deputado afastado e réu no Supremo Tribunal Federal (STF) Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ainda tenta uma sobrevida parlamentar. Ele articula com o presidente ilegítimo, Michel Temer, um acordo em torno do nome para sucedê-lo na presidência da Casa. “Mesmo proibido de circular pela Câmara, Cunha continua promovendo encontros clandestinos e com o beneplácito de Temer para se salvar”, criticou o deputado Wadih Damous (PT-RJ).
O presidente usurpador Michel Temer tem a estranha prática de reunir nas noites de sábados e domingos com os personagens mais controvertidos – para não dizer de outra forma – da política nacional.
Por Jeferson Miola*, na Carta Maior
Por meio de sua página no Twitter, a presidenta Dilma Rousseff comentou o encontro secreto de Michel Temer com Eduardo Cunha, ambos do PMDB, no Jaburu. “O presidente interino não consegue nem governar sem conversar com o presidente suspenso da Câmara dos Deputados, que já foi denunciado pelo STF 2 vezes”, postou a presidenta.
O ex-governador do Rio Grande do Sul Tarso Genro (PT) avalia que o sistema político chegou ao “último grau de desmoralização” após o encontro entre presidente interino, Michel Temer, e o deputado federal Eduardo Cunha (RJ), ambos do PMDB.
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou pedido de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente afastado da Câmara dos Deputados, para circular pela Casa Legislativa para pedir votos e tentar convencer os deputados de que é inocente no processo de cassação de seu mandato. Cunha é investigado na Lava Jato e réu em duas ações por crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e falsidade ideológica com fins eleitorais.
Ex-presidente da Câmara, responsável pelo início do processo de impeachment de Dilma, passa a ter duas acusações acolhidas no Supremo por corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.