Os líderes políticos e religiosos do Egito se comprometeram nesta quarta-feira (11) a cumprir os objetivos da revolução, a transferir o poder para uma autoridade civil e a respeitar os resultados das eleições legislativas.
Um ano depois da revolução que tirou do poder o ex-presidente Hosni Mubarak, muitas mulheres do Egito passam por um momento de decepção com a política do país.
Algumas figuras políticas laicas do Egito temem que o país se converta numa teocracia, após a esmagadora vitória dos partidos islâmicos no segundo turno das eleições legislativas. Mas muitos analistas não acreditam que ocorram mudanças radicais.
Os egípcios foram às urnas nesta terça-feira (3), na terceira e última rodada das eleições parlamentares que até o momento vêm dando aos partidos islamistas o maior número de cadeiras na assembleia que conduzirá a transição para um governo civil.
O Tribunal do Cairo, onde o ex-presidente egípcio Hosni Mubarak está sendo julgado, decidiu nesta segunda-feira (2) começar a ouvir as alegações da acusação e da defesa, considerado o último passo antes da sentença, a partir de terça-feira (3). Na audiência desta segunda (2), Mubarak, de 83 anos, chegou de maca.
Um dos altos cargos da Irmandade Muçulmana egípcia, Sobhi Salé, afirmou nesta quinta-feira que o partido Liberdade e Justiça aplicará a Chariá no país e proibirá o consumo de álcool, segundo indica o diário egípcio Al-Masry al-Youm.
Milhares de egípcios responderam nesta sexta-feira (23) ao chamado de cerca de vinte de organizações políticas para "recuperar a honra" e exigir a renúncia da Junta Militar, responsabilizada pela morte violenta de pelo menos 16 manifestantes.
A capital do Egito, Cairo, foi palco de choques entre manifestantes e policiais pelo quinto dia consecutivo nesta terça-feira (20), quando centenas de mulheres saíram às ruas para protestar contra a violência usada pelo regime para reprimir manifestações.
Os enfrentamentos entre manifestantes que exigem a renúncia do governo provisório que assumiu após a queda de Hosni Mubarak são os mais graves ocorridos no último mês. Médicos e ativistas políticos disseram que há 498 feridos. Com as vítimas deste domingo, o número de mortos nesta nova escalada de violência chegou a 42. Durante os protestos foram incendiados os fundos da Academia Científica do Egito, uma das maiores bibliotecas do país.
Militares egípcios atacaram pelo quarto dia seguido manifestantes na Praça Tahrir, no Cairo, matando ao menos três pessoas, de acordo com agências de notícia internacionais. O subsecretário de Saúde, Adel Adaui, afirmou que 201 ficaram feridas no domingo (18) e a estimativa é de que dez pessoas tenham morrido e mais de 500 tenham sofrido ferimentos nos últimos quatro dias.
Dez pessoas morreram, quase 500 ficaram feridas e mais de uma centena foram detidas em três dias de confrontos entre manifestantes civis, polícia e militares no centro do Cairo, a capital egípcia. O clima de violência instalou-se na cidade. Manifestantes se opõem à liderança militar, no poder desde a saída do presidente Hosni Mubarak.
Oito pessoas morreram na sexta-feira (16) e 299 ficaram feridas no Egito, numa ação do Exército para conter manifestantes que protestavam em frente à sede do Conselho de Ministros, no centro do Cairo. Uma fonte dos serviços de segurança contou às agências internacionais de notícias que os soldados prenderam diversas pessoas. Mas não se sabe ao certo qual o número de detidos.