Uma missão internacional do Fórum Social Mundial (FSM) será enviada à Tunísia e ao Egito para acompanhar a formação de novos governos nos dois países. O objetivo é dar apoio à transição para aconteça de forma democrática e rearticular os movimentos sociais que estavam na ilegalidade após anos de ditadura, informou a entidade.
Há um medo crescente alimentado, em grande parte, pelas elites conservadoras do Ocidente e do Oriente de que futuros acontecimentos no Egito poderão trilhar os mesmos caminhos da revolução que aconteceu no Irã em 1979 tais como: elegeu Israel como o grande inimigo, se envolveu em ações antiamericanas no mundo inteiro, privou as mulheres e as minorias dos seus direitos (como se tivessem direitos sob a ditadura de Mubarak).
Por Reginaldo Nasser*, na Carta Maior
Milhares de manifestantes retornaram à Praça Tahrir, no centro da capital do Egito, Cairo, neste domingo (13), para se unir a lideranças que continuam acampadas no local, a quem o Exército está tentando remover. O clima chegou a ficar tenso, com empurra-empurra entre populares e militares.
O Conselho Supremo das Forças Armadas, responsável pelo governo de transição no Egito, proibiu que 43 integrantes do atual governo e que também participavam da gestão do então presidente Hosni Mubarak deixem o país. A ordem determina ainda que sejam investigadas várias denúncias contra essas autoridades. Há informações de que um dos ministros do governo Mubarak é mantido em prisão domiciliar.
Em entrevista à Carta Maior, o embaixador Celso Amorim, ex-ministro das Relações Exteriores do Brasil, analisa os recentes acontecimentos no Oriente Médio e norte da África e suas possíveis repercussões. O ex-chanceler chama a atenção para o fato de que as revoltas populares ocorrem em países considerados “amigos do Ocidente” que não eram alvo de nenhum tipo de crítica ou sanção.
Milhares de manifestantes voltaram à Praça Tahrir neste domingo (13) depois que o Exército ameaçou dispersar a mobilização do centro do Cairo, onde eles prometeram ficar até que o novo governo do Egito se comprometa com reformas políticas.
Por duas fortes razões o Oriente Médio tornou-se um pilar da política externa do império norteamericano: a necessidade estratégica do abastecimento de petróleo seguro e barato para os EUA, a Europa e o Japão, e a proteção a Israel – aliado fundamental dos EUA na região, cercado por países árabes.
por Emir Sader, em seu blog
Com a partida de Mubarak, a idade da maturidade política está de volta ao Egito e ao mundo árabe. Uma noite alegre no Cairo. Que felicidade estar vivo, ser egípcio e árabe. Na Praça Tahrir estão a cantar: "O Egito está livre" e "Vencemos!"
Por Tariq Ali*
Uma noite alegre no Cairo. Que felicidade estar vivo, ser egípcio e árabe. Na Praça Tahrir estão a cantar: "O Egito está livre" e "Vencemos!"
Por Tariq Ali*
A vitória do povo egípcio contra o ditador Hosnin Mubarak, que renunciou ao poder nesta sexta-feira (11), estimulou manifestações pela democracia em pelo menos dois países árabes neste final de semana: Argélia e Iêmen.
Organizadores dos protestos que derrubaram o presidente do Egito Hosni Mubarak afirmaram neste sábado (12) que estão formando um conselho para defender a revolução e negociar com o conselho militar que atualmente comanda o país.