Contra a Medida Provisória (MP) que propõe a reforma do Ensino Médio, encaminhada às pressas na última quinta-feira (22) pelo ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM-PE), movimentos sociais e secundaristas independentes ocuparam a Avenida Paulista, no início da noite desta segunda-feira (26), para dizer que não se sentem representados por um projeto que sucateia ainda mais a educação, é antidemocrático e penaliza professores e alunos.
O governo golpista de Michel Temer editou Medida Provisória com um pacote de reformas para o ensino médio sob a justificativa da necessidade de reduzir a elevada evasão e a qualidade nessa etapa da educação básica.
Por Paulo Pimenta*
Unidos à luta dos professores e dos trabalhadores, os estudantes realizaram nesta quinta (22), o Dia Nacional de Paralisação e Mobilização. Com ação em suas escolas, os jovens falam sobre o anúncio do Ministério da Educação que anunciou a reformulação do Ensino Médio por meio de uma Medida Provisória (MP), sem diálogo com os movimentos educacionais.
A direção do Sindicato APEOC lançou uma Nota Oficial sobre a reforma do Ensino Médio do governo de Michel Temer encaminhada ao Congresso Nacional na última quinta-feira (22). O documento faz uma análise crítica da proposta e aponta as arbitrariedades tanto da forma quanto do conteúdo do projeto.
O ministro da Educação, Mendonça Filho, integrante de um governo não legitimado pelo voto popular, anunciou uma ampla reforma no ensino médio por meio de uma Medida Provisória, o que significa que ela entrará em vigor no dia de sua publicação no Diário Oficial da União (no caso, neste dia 22 de setembro de 2016), sem diálogo ou reflexão.
Por Cleo Manhas e Marcia Acioli*
O Museu de Arte de São Paulo receberá nesta segunda-feira (26), as 17h, um ato em protesto contra a reforma educacional imposta pelo governo sem votos de Michel Temer. As mudanças arbitrárias apresentadas pelo governo golpista para o Ensino Médio vão ao encontro da política de retirada de direitos em curso nas áreas trabalhistas e nos direitos sociais. Secundaristas de São Paulo vão debater ocupações nas escolas do Estado contra a medida.
Pegou muito mal a medida provisória 746, com proposta de reformulação do ensino médio. Com a reação popular, o governo golpista se viu forçado a recuar. Principalmente por causa do retrocesso da MP. E a intenção de enxugar o currículo e de tornar as matérias de artes, educação física, sociologia e filosofia como facultativas.
Crítica à alteração curricular do Ensino Médio, a medalhista olímpica vê prejuízos inclusive para a saúde pública.
Por Ingrid Matuoka, da Carta Capital
Alguns podem até julgar como exagero ou "terrorismo" meu o que vou expor nessa reflexão. Mas não! Não são normais os dias que estamos vivendo nesse país, apesar dos "ares democráticos" que parecem ainda inflar nos nossos pulmões.
O anúncio de mudança do ensino médio feito pelo governo ilegítimo de Michel Temer tem apenas efeito midiático. E a apresentação da proposta por meio de Medida Provisória enviada ao Congresso demonstra o caráter autoritário do governo golpista. O professor da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB), Remi Castioni, explica a avaliação que é feita por especialistas como ele e compartilhada por parlamentares da oposição.
A Medida Provisória enviada pelo Governo Federal impondo uma reforma do Ensino Médio de forma apressada e atrapalhada é desastrosa para a educação brasileira e precisa ser retirada. A avaliação é do deputado federal e professor Chico Lopes (PCdoB-CE), para quem os prejuízos para estudantes, professores e pais serão extremamente graves, caso a medida não seja contornada, após forte reação negativa das entidades atuantes na educação e de inúmeros setores da sociedade.
Foi com surpresa e indignação que a comunidade docente recebeu o anúncio da Medida Provisória, assinada na última quinta-feira (22) pelo presidente Michel Temer. A MP propõe a reestruturação do Ensino Médio que, dentre outras questões, possibilitará a escolha de diferentes formações.