A questão é trabalhar para que os órgãos representativos eletivos se articulem e complementem a representação da sociedade civil em várias arenas de interação socioestatal. Isso pode contribuir para a total relegitimação global da política democrática e para sairmos do impasse entre políticos e cidadãos.
Por Franklin Ramírez Gallegos*, no Le Monde Diplomatique
A luta por uma consciência verde, pela preservação da natureza, vem se tornando uma temática cada vez mais comum no mundo contemporâneo. Muitas pessoas, com o passar do tempo, estão se dando conta de que o modo como as coisas estão nos leva a um caminho sem volta. Mobilizações como a das mulheres dirigentes e líderes de diferentes nacionalidades, federações e comunidades ligadas ao Governo das Nações da Amazônia Equatoriana (Gonoae), vem surgindo e engrossando a luta por um planeta melhor.
Várias organizações sociais uruguaias convocaram, para a próxima quinta-feira (17), um ato de solidariedade com o Equador pelo dano ambiental e humano provocado pela multinacional Chevron-Texaco.
Junto com o futuro desse parque amazônico – uma das principais reservas de biodiversidade do planeta – está em jogo uma questão muito cara a todos os partidários da ideia de um “outro mundo possível”: quando os ideais da preservação ambiental entram em choque com as necessidades humanas da sobrevivência, dignidade e bem-estar, qual dos dois lados deve prevalecer?
Por Igor Fuser*, no jornal Brasil de Fato
Com 108 votos a favor e 25 contra, a Assembleia Legislativa do Equador aprovou nesta quinta-feira (3) a exploração de petróleo na região amazônica, dentro do Parque Nacional Yasuní. Com a decisão, o país poderá iniciar a extração de petróleo, antes uma área de preservação ambiental, que tem reservas de 920 milhões de barris. A sessão que liberou a exploração durou dez horas. Do lado de fora da Assembleia, manifestantes protestaram contra a decisão.
Nesta quinta-feira (3), o presidente da Bolívia, Evo Morales, recebeu seu homólogo equatoriano, Rafael Correa, na cidade de Cochabamba, onde discutiram vários temas de interesse comum. Durante o encontro a portas fechadas nas instalações do Gran Hotel Cochabamba, os mandatários abordaram assuntos relacionados ao comércio, imigração e a colaboração em ciência e educação.
O Equador demonstrou um alto compromisso com os esforços globais para mitigar as mudanças climáticas, reduzindo suas emissões de gases de efeito estufa derivadas do desmatamento e degradação florestal e promovendo a conservação e manejo sustentável dos bosques e o aumento das reservas de carbono, assinalou a FAO.
A juíza equatoriana, Lucy Blacio, determinou nesta terça-feira (1º) a prisão de seis generais e três coronéis da reserva por crimes contra a humanidade. A acusação partiu do procurador-geral, Galo Chiriboga, que denunciou a responsabilidade dos oficiais em atos de tortura, violência sexual e desaparições forçadas durante o governo do presidente León Febres-Cordero (1984-1988). Ao mesmo tempo, o Congresso do Equador aprovou uma lei para a judicialização das violações dos direitos humanos.
O governo do Equador anunciou uma contraofensiva contra a transnacional petroleira estadunidense Chevron durante a 68ª Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque (EUA). Segundo informou o chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, até o fim deste ano, serão apresentados à Corte Penal Internacional de Haia relatórios referentes aos danos ambientais provocados pela companhia durante os 26 anos em que explorou petróleo na Amazônia equatoriana.
“A democracia no Equador está muito fortalecida e vibrante, mas não isenta de perigo”, disse o presidente do país Rafael Correa, ao comentar a tentativa de golpe em 30 de setembro de 2010 – quando o governo do país declarou estado de exceção, depois que militares se recusaram a aceitar uma reforma legal proposta pelo presidente para reduzir os custos do Estado. Na época, ao menos seis pessoas morreram e outras 250 ficaram feridas.
O Equador não existia para nós. No máximo a linha – imaginária – do Equador, que nós nem assimilávamos bem a um pais. E na pergunta reiterada nas provas do colégio: "Quais os dois países da America do Sul que não tem fronteira com o Brasil?"
Por Emir Sader*, em seu blog
A América Latina não podia dar certo. Foi criada pelos colonizadores para não dar certo, para ser eternamente subalterna ao mundo “civilizado”. Para entregar-lhe suas matérias-primas e sua força de trabalho superexplorada e honrar seus senhores europeus. A América Latina foi colonizada para ser colônia e se sentir colonizada, para se subordinar às metrópoles e ao Império.
Por Emir Sader*, em seu blog