Os europeus são incorrigíveis. Para não ficar mal com o império norte-americano são capazes de violar todos os princípios que defendem nos fóruns internacionais. O presidente boliviano Evo Morales foi o último a experimentar as consequências dessa política de palavras solidárias e gestos mesquinhos.
Por Eduardo Febbro*, na Carta Maior
A União Nacional dos Estudantes (UNE) divulgou nota em solidariedade ao povo boliviano depois dos governos europeus terem negarem o uso do espaço aéreo ao presidente do país, Evo Morales. Abaixo, o documento na íntegra.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, destacou nesta quinta-feira (4) que a agressão contra Evo Morales, que foi impedido de ingressar no espaço aéreo da Itália, França, Espanha e Portugal demonstra o nível de desespero dos Estados Unidos.
A reunião extraordinária marcada para esta quinta-feira (4) à tarde em Cochabamba, na Bolívia, para aprovar um ato de desagravo ao presidente Evo Morales, deve contar com a presença de sete presidentes, além dos representantes dos demais países, que integram a União de Nações Sul-Americanas (Unasul). O Brasil será representado pelo secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Eduardo dos Santos.
A classe trabalhadora, os povos e os governos progressistas da América Latina estão indignados com o constrangimento imposto ao presidente da Bolívia, Evo Morales, por alguns países europeus, entre eles França, Portugal, Itália e Espanha, que impediram o sobrevoo do avião presidencial boliviano por seus territórios depois de terem autorizado seu trânsito.
O presidente boliviano, Evo Morales, assegurou na sua chegada a La Paz, nesta quarta-feira (3), procedente da Europa, que o imperialismo norte-americano nunca conseguirá intimidá-lo porque faz parte de um povo que tem dignidade.
A presidenta Dilma Rousseff emitiu nota, nesta quarta-feira (3), em que expressou repúdio e indignação ao constrangimento imposto ao presidente da Bolívia, Evo Morales. Alguns países europeus impediram o sobrevoo do avião presidencial boliviano por seu espaço aéreo.
O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, conversou nesta quarta-feira (3), por telefone, com o chanceler da Bolívia, David Choquehanca, e expressou o repúdio do Brasil ao incidente com o avião do presidente boliviano Evo Morales, proibido de sobrevoar o o espaço aéreo de Portugal, da França, da Itália e da Espanha na noite desta terça-feira (2).
A Bolívia anunciou nesta terça-feira (3) que vai denunciar Portugal, Espanha, França e Itália na Comissão dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) por terem fechado o espaço aéreo ao avião do presidente Evo Morales.
O secretário executivo da Alternativa Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba), Rodolfo Sánz, qualificou como “arrogância imperialista” a ordem que os Estados Unidos deram para os países europeu para não permitirem o sobrevoo do avião de Evo Morales em seu espaço aéreo.
Ao abrir reunião da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR), nesta quarta-feira (3), o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) protestou contra a decisão de Itália, França, Portugal e Espanha de impedir pouso do avião do presidente da Bolívia, Evo Morales. Arruda considerou o ato criminoso e cobrou posição do governo brasileiro diante do assunto.
Depois de deixar a Rússia, o avião do presidente da Bolívia, Evo Morales, realizou nesta terça-feira (2) um pouso de emergência na Áustria, quando a França, a Espanha e Portugal negaram permissão para sobrevoar os respectivos espaços aéreos devido a rumores de que o ex-agente da Agência Central de Inteligência (CIA) Edward Snowden estava a bordo. Morales retornava do Foro de Países Exportadores Gás.