Cerca de 7 milhões de bolivianos foram às urnas neste domingo (20) nas eleições gerais que escolherão o próximo presidente do país, bem como a composição do Congresso bicameral de 166 assentos. A votação se encerrou às 16 horas (17 horas em Brasília). Segundo o Tribunal Supremo Eleitoral (TSE), a votação ocorreu com normalidade, com poucos incidentes, e a apuração deve começar nas próximas horas. Favorito na disputa, o atual presidente Evo Morales busca seu quarto mandato consecutivo.
O que está em jogo neste domingo (20) na Bolívia é retroceder ou avançar no processo de libertação nacional, coincidem o pesquisador e cientista social Porfírio Cochi, o renomado cinegrafista Andrés Salari e o jornalista Mariano Vázquez, para quem o resultado eleitoral também impactará diretamente o processo de integração regional, implodido pelos neoliberais.
Por Leonardo Wexell Severo *, de La Paz (Bolívia)
“A vitória do povo boliviano nas eleições do próximo domingo será a derrota do imperialismo e dos vende-pátria, será a derrota do neoliberalismo, do FMI e do Banco Mundial. Será a vitória dos que se unem, organizam e mobilizam contra a submissão ao estrangeiro, contra a pobreza e a desigualdade”, afirmou o presidente Evo Morales, no comício de encerramento realizado na quarta-feira (16) em El Alto, vizinha à capital, La Paz.
Por Leonardo Wexell Severo/ComunicaSul*, de El Alto, Bolívia
O presidente da Bolívia, Evo Morales, informou que logo depois de ter “enviado agentes da inteligência” para dar orientações à oposição ao seu governo, em julho deste ano, a Embaixada dos Estados Unidos decidiu apelar, financiando obras em troca de votos contra o Movimento Ao Socialismo (MAS) nas eleições do próximo domingo, 20 de outubro.
Por Leonardo Wexell Severo, de La Paz, Bolívia
A presidenta do Senado da Bolívia, a jovem Adriana Salvatierra, de 29 anos, afirmou que mais do que uma disputa eleitoral, as eleições do próximo dia 20 de outubro em seu país serão “um marco”, “refletindo as tensões vividas nos processos da América Latina entre o aprofundamento da democracia política e econômica ou as limitações que pode deixar a administração de um novo modelo”.
Por Leonardo Wexell Severo, de Santa Cruz, Bolívia
Para Álvaro García Linera, 56, vice-presidente da Bolívia desde 2006, os novos projetos neoliberais, “que surgiram para supostamente derrotar a ‘onda vermelha’”, não oferecem horizonte real pois “são projetos de vingança”. Em entrevista à Folha de S.Paulo, o ensaísta, sociólogo e matemático, que concorre junto a Evo Morales pela quarta vez, refere-se aos atuais governos de Brasil e Argentina.
O presidente da Bolívia, Evo Morales, rechaçou as agressões realizadas na quinta-feira (12) por mercenários, que invadiram e depredaram sedes de campanha do Movimento ao Socialismo (MAS) em Santa Cruz, deixando várias pessoas feridas, qualificando de “conspiração contra a democracia e, sobretudo, contra os seus defensores, que são os movimentos sociais”.
Por Leonardo Wexell Severo, da Hora do Povo
“É importante ressaltar que 54% dos bolivianos têm uma imagem positiva do presidente Evo Morales – nas mesmas proporções que manifestam ter sentimentos como confiança, respeito e afeto por sua pessoa. Além disso, após 13 anos de mandato, 72% avaliam positivamente sua gestão, sete pontos superiores ao levantamento de março de 2018. Esse contexto favorável ao atual líder se contrasta com as opiniões da população de setores de oposição”
Por Alfredo Serrano Mancilla, Gisela Brito e Sergio Pascoal
O presidente boliviano repeliu as insinuações recentes de Jair Bolsonaro de uma aproximação entre os dois. Ele não quer proximidade com o presidente repudiado mundialmente. Diz que se relaciona com todos os presidentes eleitos do mundo, mas que os caminhos de ambos são radicalmente diferentes: "Há uma diferença ideológica importante entre nós".
Na primeira pesquisa após o início oficial do período eleitoral na Bolívia, o atual presidente Evo Morales desponta na liderança. Evo, do Movimiento al Socialismo (MAS), tem 35% das intenções de voto para o primeiro turno, marcado para 20 de outubro. O ex-presidente Carlos Mesa (2003-2005), da coalizão Comunidad Ciudadana, aparece em segundo com 27%, seguido pelo senador Óscar Ortiz, com 11%.
Um anúncio de alegria irrompeu mais de um milhão militantes do MAS, movimentos sociais, indígenas e camponeses e proletários, bem como profissionais, professores e mineiros que se reuniram nos cinco quilômetros, onde 20 telas gigantes e dezenas de alto-falantes foram instalados.
O ministro do Trabalho, Emprego e Assistência Social da Bolívia, Héctor Hinojosa Rodríguez, destaca os importantes avanços obtidos nos 13 anos do governo Evo Morales para os trabalhadores e a sociedade. Conquistas econômicas, políticas e sociais que, sustentadas na nacionalização dos setores estratégicos e na industrialização, fortalecem a independência e a soberania da nação andina, que se afirma cada vez mais como ponto de referência para os nossos países e povos.
Por Leonardo Severo, de La Paz