Nesta segunda-feira (28), a Faixa de Gaza, que entra no feriado islâmico para o fim do Ramadã (Eid al-Fitr), já contava 1.062 pessoas mortas pelos 20 dias de bombardeios israelenses. O maior hospital do enclave palestino, Al-Shifaa, também foi alvo de ataques, de acordo com fontes médicas locais, no domingo (27), e cerca de 10 crianças foram mortas no campo de refugiados Al-Shati. Enquanto isso, aliado incondicional do governo israelense, o presidente dos EUA, Barack Obama, pede "cessar-fogo".
Entre quatro e cinco mil pessoas voltaram às ruas de São Paulo, neste domingo (27), para protestar contra o massacre dos palestinos e contra a contínua política opressiva de Israel. Neste que foi o 20º dia da atual ofensiva, o número de mortos pelos bombardeios israelenses passava de mil. Diversos movimentos sociais e partidos manifestaram-se contra a ocupação da Palestina e o genocídio do seu povo pelos sucessivos governos sionistas de Israel, pedindo inclusive a ruptura de relações.
O doutor Belal Dabour parece jovem, mas sua voz soa cansada. Por telefone, ele conta ao Vermelho, entre turnos dobrados no maior hospital da Faixa de Gaza, Al-Shifaa, sobre as condições do seu trabalho. No início da conversa, antes de qualquer pergunta, ele lista as vítimas palestinas dos bombardeios israelenses: “O número total de vítimas fatais é 860, são 5.500 feridos e 76 pessoas morreram até as 23h00 de hoje,” sexta-feira (25).
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
O Partido Comunista de Israel (CPI, na sigla em inglês) e a Frente Democrática para a Paz e a Igualdade (Hadash) divulgaram diversas notas contra a ofensiva israelense na Faixa de Gaza e expressaram solidariedade ao povo palestino. Nesta quinta-feira (24), a nota publicada afirmava a oposição a um “governo cruel, cuja única intenção é manter a ocupação e a colonização dos territórios palestinos ocupados e manter o cerco a Gaza.” Leia o texto a seguir.
Queria partilhar histórias de amor em Gaza, de coragem, de resistência e de luta pela liberdade. Mas já não há. Tudo morreu em Gaza. Todas as palavras morreram em mim.
Por Shahd Wadi*
Khaled Meshaal, secretário-geral do Hamas, partido à frente do governo da Faixa de Gaza, deu uma entrevista à emissora britânica BBC, nesta quinta-feira (24), sobre as negociações para um “cessar-fogo” com Israel. Meshaal voltou a afirmar que qualquer acordo neste sentido precisa incluir mudanças significativas, como o fim do bloqueio imposto por Israel ao território litorâneo há oito anos. Nesta sexta-feira (25), mais bombardeios israelenses mataram cerca de 30 palestinos.
Cerca de 10 mil palestinos saíram às ruas da Cisjordânia nesta quinta-feira (24) para protestar contra a violência israelense no território ocupado e contra o massacre na Faixa de Gaza. Dois manifestantes foram mortos pela repressão israelense em Qalandyia e, no início da semana, mais três palestinos morreram. O número de vítimas fatais em Gaza ultrapassa o de 800 pessoas, mas o governo de Israel garante que manterá a ofensiva.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
A nota emitida pela Chancelaria do Brasil nesta quarta-feira (23) sobre a situação na Faixa de Gaza foi respondida de forma raivosa e ofensiva pelo governo de Israel e setores virulentos no próprio Brasil. Em coluna na Veja, Reinaldo Azevedo usa a reação do governo ao massacre dos palestinos para atacá-lo de forma oportunista e manipuladora, enquanto a Confederação Israelita do Brasil (Conib) volta a atuar como agência da liderança sionista por trás dos crimes de guerra israelenses.
Benjamin Netanyahu, o premiê de Israel, respondeu à condenação mundial contra o massacre dos palestinos de Gaza: a “operação Margem Protetora” deve continuar “com toda a sua força”, disse nesta quinta-feira (24), durante a reunião de gabinete. A ONU prepara uma comissão de investigação dos crimes de guerra enquanto os palestinos seguem tentando denunciar a devastação e contando seus mortos: já são 779, com 85 pessoas mortas apenas nesta quinta.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
Um relatório divulgado pela Organização para a Libertação da Palestina (OLP) nesta quarta-feira (23) indica que já são 655 vítimas fatais entre os palestinos da Faixa de Gaza, bombardeada há 16 dias por Israel. As condições humanitárias agravam-se rapidamente, mas ao contrário da intenção do governo israelense, as lideranças de Gaza e da Cisjordânia afirmam unidade na resistência, enquanto a ONU decide investigar as denúncias de crimes de guerra.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
Navi Pilay, alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, fez uma declaração abrangente sobre a situação na Palestina. O texto divulgado nesta quarta-feira (23) pela página oficial da ONU analisa as consequências da ocupação israelense e dos ataques contra lares e civis na Faixa de Gaza, além de outras ações que constituem crimes de guerra. O Conselho de Direitos Humanos, que inclui o Brasil, debaterá uma resolução ainda nesta quarta.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
O presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama, é cúmplice da matança que o exército de Israel está perpetrando em Gaza, que já provocou a morte de pelo menos 410 pessoas e três mil feridos, a esmagadora maioria dos quais civis, segundo fontes concordantes [nesta quarta-feira (23), já são mais de 650 pessoas mortas].
Por Christopher Wadi, de Gaza para o Jornalistas sem Fronteiras