A União Nacional dos Estudantes (UNE) emitiu uma nota nesta quinta-feira (2) onde repudia a ação da polícia militar que feriu a estudante Deborah Fabri, militante do Levante Popular da Juventude, durante a manifestação pelo Fora Temer ocorrida em São Paulo nesta quarta-feira (31). Por consequência da ação da PM, a jovem perdeu a visão no olho esquerdo.
O golpe mal começou a ser colocado em prática e o presidente ilegítimo Michel Temer já mostra qual será o tom do seu governo. Manifestantes que saem às ruas na capital paulista pelo "Fora Temer", depararam-se com uma Praça de Guerra: Bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo, pessoas ensanguentadas, chegando ao ponto da jovem Deborah Fabri perder a visão do olho esquerdo, durante o ato de quarta-feira (31).
O usurpador Michel Temer não se enxerga mesmo. Sem voto – até como candidato a deputado federal ele ficou duas vez na suplência nos três pleitos em que disputou – e sem qualquer legitimidade – o seu partido, o PMDB, chega ao Palácio do Planalto pela terceira vez sem nunca ter vencido uma eleição presidencial -, o Judas ainda acha que está com a bola toda.
Por Altamiro Borges*, em seu blog
Bombas e gás de pimenta lançados pela Polícia Militar dispersaram novamente nesta quinta-feira (1º/9) manifestação na capital paulista que pedia a saída do presidente da República, Michel Temer, e protestava contra a perda de direitos sociais. Desde o início da semana, em São Paulo, ao menos três manifestações contra o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff e a posse de Michel Temer como presidente terminaram com ação truculenta e intolerante da polícia paulista.
Na carta, o movimento Médicos pela Democracia critica a declaração de Michel Temer ao afirmar que não “tolerará ser chamado de golpista”. Com uma série de argumentos, ratificam o adjetivo e a continuidade da luta em defesa da democracia e do SUS. Leia a seguir a íntegra da carta:
Na carta, o movimento cearense e apartidário Médicos pela Democracia critica a declaração do recém empossado presidente Michel Temer ao afirmar que não “tolerará ser chamado de golpista”. Com uma série de argumentos, ratificam o adjetivo e a continuidade da luta em defesa da democracia e do SUS. Leia a seguir a íntegra da carta:
O ex-senador Eduardo Suplicy (PT-SP) sugeriu, nesta quinta-feira (1º), que o presidente empossado Michel Temer proponha um plebiscito para perguntar à população se ele deve exercer o cargo de presidente da República até o dia 31 de dezembro de 2018, quando terminaria o mandato de Dilma Rousseff. Em sua conta no Twitter, o ex-presidente do STF Joaquim Barbosa disse que Temer está enganado se pensa que terá o respeito e a estima da população brasileira.
Três importantes organizações de direitos humanos do Brasil – Anistia Internacional, Conectas e Artigo 19 – emitiram nota na quarta (31), condenando a violência cometida pela Polícia Militar de São Paulo contra manifestantes que, desde a última segunda-feira (29), realizam protestos contra o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff.
O movimento Levante Popular da Juventude publicou nesta quinta-feira (1º/9) nota em solidaridade a estudante Deborah Fabri que perdeu o olho esquerdo após ser atingida por estilhaço de bomba jogado pela Polícia Militar de São Paulo em um dos protestos mais violentos desde as manifestações de junho de 2013. Na ocasião, Deborah participava da manifestação contra a destituição da presidenta Dilma Rousseff, pela democracia e pelo Fora Temer.
O dia em que a presidenta Dilma Rousseff foi definitivamente afastada através de um processo de impeachment fraudulento no Senado, milhares de pessoas indignadas com o golpe e contra o governo Temer, foram às ruas protestarem. As manifestações ocorreram ao longo da noite em quase todas as capitais do país, na maioria delas, houve forte repressão da polícia que usou de violência para dispersar os manifestantes.
Uma grande manifestação espontânea reuniu centenas de pessoas nos bairros da Gentilândia e do Benfica no começo da noite da última quarta-feira (31/08), em Fortaleza. O ato foi a resposta do povo cearense ao golpe, ao desrespeito ao voto de 54,5 milhões de brasileiros e à quebra da democracia no País. Desde as 16h os manifestantes se concentraram na Praça da Gentilândia, tradicional espaço de lutas pela liberdade, por avanços políticos e contra a retirada de direitos.
Para dizer não ao golpe de Estado que teve seu desfecho nesta quarta-feira (31) com o afastamento definitivo da presidenta legítima Dilma Rouseff, manifestantes seguem saindo às ruas, reivindicando a volta do regime democrático no país. No fim da tarde, cinco capitais promoverão atos contra o impeachment sem fundamentos legais que foi aprovado no Senado.