O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou uma carta a governantes do mundo todo essa semana para denunciar o golpe em curso. Na correspondência, enviada a todos os países com os quais o Brasil mantém relação, ele denuncia a investida de forças conservadoras para, "por meios escusos", comandar o Estado, "apossar-se do patrimônio nacional e desmontar a rede de proteção aos trabalhadores e aos pobres que foi ampliada e consolidada nos últimos treze anos".
Por 61 votos contra 20 o Senado aprovou nesta quarta-feira, 31 de agosto, o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Ela foi afastada definitivamente do cargo para o qual foi eleita em 2014, que será indevida e ilegitimamente ocupado até 2018 pelo vice usurpador Michel Temer.
Por Adilson Araújo*
Na medida em que não há crime de responsabilidade pública, os procedimentos empregados para promover o impedimento pertencem à definição de golpe como trama, ardil, estratagema, manobra desleal, busca indevida de proveitos próprios e uso de palavras acintosas e injuriosas contra a presidenta Dilma.
Por Marilena Chaui*, no Le Monde Diplomatique
Na medida em que não há crime de responsabilidade pública, os procedimentos empregados para promover o impedimento pertencem à definição de golpe como trama, ardil, estratagema, manobra desleal, busca indevida de proveitos próprios e uso de palavras acintosas e injuriosas contra a presidenta Dilma.
Por Marilena Chaui*, no Le Monde Diplomatique
O Partido Comunista Português divulgou em seu site nesta quarta-feira (31) uma nota condenando o golpe de Estado parlamentar que depôs a presidenta legítima Dilma Roussef e instalou no poder o golpista Michel Temer.
Para dizer não ao golpe de Estado que teve seu desfecho nesta quarta-feira (31) com o afastamento definitivo da presidenta legítima Dilma Rouseff, manifestantes seguem saindo às ruas, reivindicando a volta do regime democrático no país. No fim da tarde, cinco capitais promoverão atos contra o impeachment sem fundamentos legais que foi aprovado no Senado.
A mídia internacional qualifica o processo de impedimento da presidenta Dilma Rousseff como golpe. Jornais da Europa, dos Estados Unidos, da Ásia e da América Latina retratam o processo como ele realmente é, um golpe de Estado que procura depor a presidenta e "matar a Lava Jato", como acusa o britânico The Guardian.
A presidenta Dilma foi definitivamente afastada pelo Senado Federal, apesar de não ter sido provado nenhum crime de responsabilidade. O golpe na democracia afetará profundamente a vida dos trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade e dos brasileiros e brasileiras que mais precisam da manutenção e ampliação dos direitos e das políticas públicas, tanto hoje quanto no futuro.
Por Vagner Freitas*
A União Nacional dos Estudantes (UNE) entidade que há décadas luta em defesa da democracia e do povo brasileiro, lançou uma nota nesta quarta-feira (31) reafirmando seu posicionamento em não reconhecer o governo golpista de Michel Temer. A presidenta Dilma Rousseff foi afastada definitivamente da presidencia em votação que ocorreu no Senado nesta quarta-feira (31).
A União Brasileira de Mulheres (UBM) emitiu uma nota rechaçando a provação do impeachment ocorrido nesta quarta-feria (31) no Senado, que afastou definitivamente Dilma Rousseff da presidência. Segundo a entidade, é fundamental que a denuncia do golpe de Estado siga em frente, "A nossa luta, querida presidenta, não acaba hoje. Seguiremos denunciando o caráter machista, fascista, racista e misógino deste governo golpista", afirma um trecho do comunicado.
A presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Carina Vitral, e a presidenta da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Camila Lanes, somam forças aos manifestantes que prestam apoio à presidenta Dilma Rousseff, no Palácio da Alvorada, e que também lutam contra o golpe jurídico, parlamentar e midiático que chega ao seu desfecho no Senado nesta quarta-feira (31).
No momento em que o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff completa seu desfecho no Senado, manifestações multiplicam-se em todo país e no exterior para dizer não ao golpe em curso no país. Nesta quarta-feira (31), uma vigília promovida pelos movimentos sociais ocorre no Palácio da Alvorada, prestando apoio à presidenta e resistindo contra o fim do regime democrático.