Que preço concreto Jair Bolsonaro pagou por ter cometido esse atentado contra a democracia? Nenhum. Nada. Zero.
O jornalista José Carlos Ruy resume as principais notícias da semana, publicadas no Portal Vermelho entre os dias 23 a 29 de fevereiro de 2020 .
Atitude do presidente da República de incitar ato contra o Congresso Nacional atenta contra a democracia e a Constituição.
Michel Temer é um político cuidadoso com as palavras. Mesmo assim, comete alguns deslizes. Na segunda-feira, ele incorreu num típico ato falho. Em entrevista ao Roda Viva, usou o termo “golpe” ao comentar o processo que o alçou à Presidência. “Eu jamais apoiei ou fiz empenho pelo golpe”, disse. “Eu não era adepto do golpe”, insistiu. “Eu não poderia ser o articulador de um golpe”, acrescentou.
Por Bernardo Mello Franco
Nunca haverá golpe nos Estados Unidos porque não há embaixada yankee em território do país norte-americano, diz ele.
Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Maria Thereza Goulart, esposa do ex-presidente João Goulart, deposto pelo golpe de 1964, ela lembra que há 55 anos deixava o Palácio da Alvorada com os dois filhos pequenos, João Vicente e Denize, carregando uma pequena mala de mão com duas mudas de roupa.
A determinação do presidente Jair Bolsonaro ao Ministério da Defesa, para que providenciasse “comemorações devidas” ao golpe de 1964, continua surtindo consequências jurídicas e políticas. Para Bandeira de Mello, ao celebrar golpe de 1964, presidente da República comete crime de responsabilidade.
Em entrevista ao Portal Vermelho, o experiente jornalista e analista politico Franklin Martins, ministro-chefe da Comunicação da Presidência da República nos anos de 2007 a 2010, afirmou que a mídia, principalmente a Rede Globo, atua como partido político que quer mandar no Brasil sem ter voto.
Por Dayane Santos
No último domingo, completou 54 anos do início da ditadura militar no Brasil. A data é referência de uma memória marcada pela opressão e pelo capítulo mais traumático da história recente do país.
Parecia uma manhã de domingo, a avenida Paulista fechada e ocupada por milhares de pessoas e vários grupos artísticos se apresentando, só que não. Na noite de quinta-feira (20), mais de 20.000 pessoas estavam lá em defesa da democracia brasileira e da soberania do seu povo. E não foi só em São Paulo. Em todo o país, o povo foi às ruas para defender a democracia, as Diretas Já e apoiar o ex-presidente Lula, condenado injustamente na semana passada.
A sessão da Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) que ocorreu em Cancún, no México, no dia 20 de junho, foi marcada por uma dura resposta da Venezuela ao governo brasileiro. O representante de Michel Temer questionava a democracia na Venezuela quando imediatamente foi interrompido pelo enviado venezuelano. Em sua fala, o diplomata disse que não pode levar a sério nenhum argumento de um governo resultado de um golpe de Estado. Assista a crítica do diplomata:
“Saio cheia de experiências, com garra para seguir lutando e esperança na mobilização estudantil.” É com esse sentimento que a presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Carina Vitral, encerrará sua gestão em junho. Com a voz doce e rouca já conhecida por muitos, a jovem santista de 28 anos relembrou os dois anos mais recentes de sua vida, período que envolveu um golpe de Estado, tentativas de criminalização da entidade e uma disputa à Prefeitura de Santos.
Por Laís Gouveia