"O envolvimento dos Estados Unidos com a ditadura brasileira foi, durante tempos, apenas uma desconfiança. Mas a verdade sempre aparece." Assim começa uma postagem na página do Facebook de Dilma Rousseff nesta sexta-feira (28), em referência à participação norte-americana no golpe militar de 1964.
Às vésperas do aniversário de 50 anos do golpe que instaurou a ditadura militar no Brasil (1965-1985), Dilma Rousseff atualizou nesta quinta-feira (27) a imagem do seu perfil no Facebook com uma fotografia em que ela, aos 22 anos, aparece sendo interrogada por representantes do regime de exceção. A hashtag #DitaduraNuncaMais acompanha a fotografia.
Em memória dos 50 anos do golpe militar no país (1964-2014), o ex-deputado federal Haroldo Lima, que integra o Comitê Central do PCdoB e foi preso político durante a ditadura, lembrou da participação estrangeira na ação dos militares. Neste artigo, Haroldo trata do suporte dado pelos Estados Unidos, a quem chamou de “uma potência estrangeira agressiva”, ao golpe e do significado do apoio para a História. Confira.
Resolução 404/2014 de iniciativa do vereador George corrige uma injustiça histórica contra a democracia.
A UNEB (Universidade do Estado da Bahia), através do Núcleo de Pesquisa e Extensão (Nupe) do Departamento de Educação (DEDC) do Campus I, promove na próxima segunda-feira (31/3) e na terça (1/4), em Salvador, o Colóquio Resistência Popular 50 anos do Golpe Militar: Ditadura, lembrar para jamais repetir. A atividade faz parte das ações em memória dos 50 anos do golpe, que aconteceu em 31 de março de 1964.
Militantes perseguidos durante o período serão homenageados.
A verdade dói, mas precisa ser dita, reza o provérbio popular. Os generais dizem que houve uma guerra e que tinham, portanto, o direito de fazer com os adversários o que bem entendessem. Uma guerra sem declaração, de uma minoria fardada e armada até os dentes contra o povo indefeso, que se algum crime cometeu foi o de ter protestado e lutado contra uma ditadura infame.
Por Angelina Anjos, especial para o Vermelho
Após 50 anos, o golpe militar de 31 de março de 1964 é uma lembrança a cada dia mais tênue na memória nacional, mas também uma história sem ponto final que ainda hoje contamina com rancor e ódio o ambiente político.
Há 50 anos, no dia 13 de março de 1964, a sala do grêmio da Faculdade de Filosofia da USP, na Rua Maria Antônia, capital paulista, estava lotada. Os estudantes projetavam o filme “Cinco vezes Favela” e mantinham-se atentos ao rádio que trazia notícias do Comício pelas Reformas de Base, comandado pelo presidente João Goulart, o Jango, na Central do Brasil, no Rio.
Blog do Zé Dirceu
Exatos 50 anos depois do histórico comício da Central do Brasil, feito pelo ex-presidente João Goulart (Jango), no dia 13 de março de 1964, duas semanas antes do golpe militar que colocaria o país sob uma ditadura de 21 anos, militantes de partidos de esquerda, sindicatos e organizações estudantis fizeram manifestação nesta quinta-feira (13) para lembrar a data em que Jango anunciou as reformas de base que enviaria, em seguida, ao Congresso.
Há 50 anos, o Brasil foi capturado pela mais longa, mais cruel e mais tacanha ditadura de sua história. Meio século é mais que suficiente tanto para aprendermos quanto para esquecermos muitas coisas. É preciso escolher de que lado estamos diante dessas duas opções.
Por Antonio Lassance*, na Carta Maior