No começo da década de 1970, as bancas de jornal eram a representação da batalha ideológica que dividiu o Chile. Os diários mais tradicionais faziam oposição ferrenha ao projeto da Unidade Popular do presidente Salvador Allende, mas este tinha também seus defensores, sobretudo em publicações voltadas ao público operário, que cresceram justamente por apoiar o governo.
Por Victor Farinelli*, no Opera Mundi
Interessante, antes e após a queda do regime de Pinochet, ditadura cruel e implacável, foi a defesa, por certos órgãos da mídia internacional e brasileira, do regime chileno como modelo para o Brasil.
Por Samuel Pinheiro Guimarães*, na Carta Maior
Às vésperas do aniversário de 40 anos do golpe no Chile, manifestantes saíram às ruas neste domingo (8) em memória às vítimas da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990). A polícia, então, reprimiu com gás lacrimogêneo milhares de pessoas, nas ruas de Santiago, a capital do país. A ação foi feita pelos Carabineiros chilenos – grupo tradicional das Forças Armadas, que foi braço direito do ex-ditador.
Nesta quarta-feira (4), comemora-se 43 anos desde que Salvador Allende chegou à presidência do Chile. Para prestigiar a data, as secretarias de Relações Internacionais do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e do Partido dos Trabalhadores (PT) realizarão um debate com a presença do sociólogo Emir Sader sobre a experiência da Unidade Popular chilena. O evento será realizado na sede do PT nacional, em São Paulo, às 19 horas.
Por Vanessa Silva, do Portal Vermelho
Faleceu na madrugada desta terça-feira (13), no Rio de Janeiro, o brigadeiro Rui Moreira Lima, aos 94 anos. Ele estava internado no Hospital Central da Aeronáutica, no Rio de Janeiro, há um mês e meio, em decorrência de complicações de um AVC sofrido este ano. Ele teve uma parada cardíaca às 4h30. O corpo do militar será velado no Instituto Histórico da Aeronáutica, às 14h, e o enterro será às 16h, no Cemitério São João Batista.
João Goulart morreu no exílio, cercado pelas ditaduras do Brasil, do Uruguai e da Argentina. Deposto em 1964, Jango teve de deixar o país e rumar a Montevidéu. Em território uruguaio, os militares interromperiam a democracia nove anos depois. Já em Buenos Aires, viu companheiros políticos serem assassinados pela Operação Condor, aliança repressiva que já sobrevoava o cone-sul do continente.
A avenida 11 de Setembro, uma movimentada rua de Santiago cujo nome lembra a data do golpe de Estado dado por Augusto Pinochet em 1973, voltará a ser chamada por seu nome original, Nova Providência, após uma polêmica votação.
‘Festa’ de marujos com direito a apoio às Reformas de Base, em 25 de março de 1964, teria contribuído para a deposição do presidente João Goulart, dias depois
Por Anderson da Silva Almeida (*)
Desejo de lembrar. De reviver o que a gente quer esquecer. Desse modo a diretora Tata Amaral define Hoje, seu novo filme, mais um entre inúmeros projetos que esmiúçam as circunstâncias e consequências do golpe militar de 1964.
Cerca de um ano antes que se completem os 50 anos do golpe de 1964, o documentário "O Dia que Durou 21 Anos", de Camilo Tavares, traz à luz diversos documentos inéditos, sobre os quais por vários anos pesaram cláusulas de sigilo, que comprovam o decisivo envolvimento dos EUA na derrubada do presidente João Goulart e na instalação da ditadura militar no Brasil. O filme estreia em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Curitiba, Florianópolis e Salvador.