O novo diretor paraguaio da usina hidrelétrica binacional de Itaipu, Franklin Boccia, anunciou nesta sexta-feira (20) a demissão de 80 funcionários da empresa, todos eles contratados ainda sob a administração do presidente deposto Fernando Lugo . Segundo o jornal paraguaio ABC Color, outros 120 nomes de trabalhadores na mesma condição constam em uma nova lista de dispensa a ser anunciada a médio prazo.
No Paraguai, estamos resistindo desde a manhã do dia 15 de junho, quando aconteceu a matança no distrito de Curuguaty. Resistência ao medo que a direita quis impor, resistência ao temor de uma esquerda muito cautelosa e imobilizada.
Por Pelao Carvallo*, especial para o Portal Vermelho
“O Paraguai já desempenhou na sua história papéis funcionais ao imperialismo dos Estados Unidos. Durante a guerra fria, por exemplo, depois da Segunda Guerra Mundial, era considerado um ‘Estado tampão’. Servia justamente para frear o avanço do comunismo [na América do Sul]. Então o país tem uma história de aliança com os Estados Unidos para seus planos estratégicos”. A declaração é da socióloga paraguaia Olga María Zarza, em entrevista ao Vermelho.
Por Vanessa Silva, para o Portal Vermelho
Uma das primeiras medidas tomadas por Federico Franco no Paraguai foi a liberação do cultivo de sementes transgênicas de algodão da multinacional Monsanto. A ação indica a dimensão que tem a questão agrária no país, que tem a maior proporção de população campesina da América Latina. Para falar sobre esta questão, o Portal Vermelho entrevistou a socióloga, professora universitária e pesquisadora do Base Investigaciones Sociales, Marielle Palau.
Por Vanessa Silva, para o Portal Vermelho
O Partido Liberal Radical Autêntico (PLRA), que liderou o golpe contra o presidente Fernando Lugo, no Paraguai, está rachado e poderá compor a chapa da candidatura apresentada pela Frente Guazú, agrupamento de partidos de esquerda e movimentos sociais no Paraguai. Em entrevista à jornalista Marilu Cabañas, da Rádio Brasil Atual, a possível candidata à vice-presidência nesta chapa, Rafaela Guanes de Laíno, detalha o descontentamento de setores do PLRA com o golpe ocorrido no país.
A destituição do então presidente do Paraguai, Fernando Lugo, em junho, levou a União Europeia a interromper as negociações em curso não só com os paraguaios, como também com os demais países do Mercosul. A decisão foi anunciada na última quarta-feira (18) pela missão de deputados do Parlamento Europeu, que visitou nos últimos dias a capital paraguaia. Porém, serão mantidos os programas de apoio e cooperação já existentes com o país.
Em declarações à Prensa Latina e Telesur a deputada espanhola Ana Miranda afirmou que o julgamento político e a destituição do presidente paraguaio, Fernando Lugo, constituíram um golpe parlamentar encoberto.
Após repudiar o golpe de Estado que destituiu do poder o presidente Fernando Lugo, organizações argentinas, brasileiras e paraguaias lançaram um comunicado assinalando os pontos que possam ferir as grandes conquistas conseguidas ao longo do mandato de Lugo, a respeito da soberania energética e financeira que envolvem as questões binacionais como Itaipu e Yacyretá.
Nesta semana, o Vermelho lança um sub-site especial sobre o aniversário de um mês do golpe de Estado que derrubou o presidente legitimamente eleito, Fernando Lugo, no Paraguai no dia 22 de junho.
O governo paragauaio deu nesta quarta (18) apoio final à polêmica resolução congressional que nega o voto direto para as eleições do 2013, o que desatou em meses anteriores grandes mobilizações de indignados paraguaios.
Em 22 de junho, o Senado paraguaio invocou uma cláusula na Constituição que autoriza destituir o presidente por “fraco desempenho de suas funções”. O presidente era Fernando Lugo, que foi eleito três anos antes e ia terminar seu governo em abril de 2013. De acordo com as leis, estava limitado a apenas um mandato.
Por Immanuel Wallerstein
Dia de protestos relacionados com a rejeição à destituição do presidente Fernando Lugo, constituiu o último dia da missão do Parlamento Europeu, no Paraguai, que foi informar-se sobre a situação no país.