Pouco mais de um ano depois do massacre de Curuguaty, ocorrido em 15 de junho de 2012 e que desencadeou o golpe contra o presidente Fernando Lugo, o Parlasul (Parlamento do Mercosul) deve abrir uma investigação para apurar quais foram os responsáveis pela ação que deixou seis policiais e 11 camponeses mortos no Paraguai. A informação foi divulgada na noite da quarta-feira (10) durante a abertura oficial da Cúpula Social do Mercosul, em Montevidéu.
Por Vitor Sion*, de Montevidéu, no Opera Mundi
Na tarde da última terça-feira (9), a Polícia Nacional paraguaia, por ordem do ministro do Interior, Carmelo Caballero, detiveram e maltrataram a militante do Partido do Movimento para o Socialismo (PMAS) e ativista social Malena Bareiro, que se manifestava pacificamente em frente a sede do Partido Liberal Radical Autêntico, onde Federico Franco iria realizar seu relatório de gestão para o diretório do partido.
O presidente paraguaio, Federico Franco, reconheceu nesta sexta-feira (5) a grave situação financeira que o país enfrenta enquanto se intensificam as demandas sociais por atrasos no pagamento dos salários e falta de recursos para adquirir medicamentos.
O Partido Comunista Paraguaio (PCP) afirmou que o caminho para seguir na atual conjuntura do país é a mobilização popular e a luta pela democracia com justiça social e contra a intervenção estrangeira.
A Procuradoria do Paraguai informou na última terça-feira (18) que está investigando possíveis abusos da polícia durante a operação de despejo de um grupo de sem-terras há um ano em Curuguaty, perto da fronteira com o Brasil, um massacre que foi o estopim do golpe de Estado contra o presidente Fernando Lugo.
O Grupo de Alto Nível da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) apresenta nesta terça-feira (18) a conclusão da missão que acompanhou as eleições presidenciais no Paraguai, em 21 abril.
No Paraguai, organizações sociais fazem jornadas de protestos, a partir desta sexta-feira (14), para lembrar o primeiro aniversário do sangrento despejo camponês de Curuguaty.
Nesta segunda-feira (3), começa no Paraguai a audiência preliminar sobre o “Massacre de Curuguaty” onde morreram 11 camponeses e seis policiais em junho de 2012. O caso foi um dos principais argumentos para o impeachment do então presidente Fernando Lugo.
Após o golpe, um dos primeiros órgãos afetados foi o Senave (Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Vegetal de Sementes). Segundo o relatório da Frente de Trabalhadores do Estado contra o Golpe, “bárias dezenas de trabalhadores contratados foram desvinculados a partir de primeiro de julho (sem sequer serem notificados sobre a medida) e uma quantidade de nomeados (com estabilidade) em 13 de julho”.
Por Daniella Cambaúva e Murilo Machado, no Opera Mundi
No próximo 21 de abril, o Paraguai realiza as primeiras eleições após o golpe de Estado parlamentar que destituiu o presidente democraticamente eleito, Fernando Lugo. Esta também será a primeira eleição na qual os paraguaios que vivem no exterior poderão participar. Os migrantes reconquistaram este direito em referendo realizado em 2011.
Por Mariana Serafini*, de Ciudad del Este
A Coordenadora das Organizações Camponesas e indígenas do Paraguai demandou nesta segunda-feira (15) esclarecimento do sangrento despejo camponês em Curuguaty e liberação dos presos sem julgamento, ao cumprir-se 10 meses do ato.
Dirigentes paraguaios denunciaram que foram vítimas de um despejo violento por policiais que destruiram 32 casas, na quarta-feira (10) em Tapiracuai Loma, no estado de San Pedro.